História da criação
da câmara"
ЛОМО-Компакт
" (LOMO-Kompakt) Artigo publicado no periódico corporativo “Panorama LОМО
" de 30.06.2003-08-01 O NASCIMENTO DA ESTRELA
Entre muitos fatos
importantes do passado, eis que há pouco mais de vinte anos, exatamente em
1983, saíam da linha de montagem as primeiras "
ЛОМО-компакт
" (LOMO Kompakt), que tem tido uma vida
insólita e longa. Queremos contar
aqui, sobre como veio ao mundo esta câmara fotográfica que se tornou famosa e
desejada entre os jovens de todos os rincões. O PLANETINHA DE COLÔNIA
Tudo começou em 1980, quando
a representação soviética encabeçada
pelo suplente do ministro da industria de guerra Igor Kornitskim
se encontrava na famosa exposição internacional de fotografia e cinema FOTO-KINA de Colônia na Alemanha. Tais viagens, adotadas desde os tempos de Pedro Grande, visava absorver o melhor da
experiência estrangeira. Regressando a
pátria, os membros da delegação compunham recomendações, que logo eram
generalizadas e se tomavam em conta obrigatoriamente para a composição do
plano de produção seguinte. Compravam-se os melhores modelos da produção
estrangeira, que serviriam de ajuda para a criação dos produtos, nacionais. Assim, chegou nesta feira de Colônia, às mâos dos representantes soviéticos uma câmara fotográfica automática pequena, de produção japonesa - "Cosina CX-2". Por ela se interessou o pessoal de Kornitskim, que tinha uma especial influência na industria soviética de aparelhos fotográficos. Neste momento, estava presente Anatoly Potemkin , fotógrafo aficionado e chefe da SKB (Bureau Especial da Construção) da industria soviética de foto câmaras. que declarou sobre a possibilidade de LOMO estar preparada para a criação de um análogo nacional. O vice-ministro apreciou a opinião de Potemkin, e pouco tempo depois a Associação recebeu a tarefa do Ministério - repetir as características da câmara fotográfica japonesa, trazida de Colônia. Os prazos estabelecidos foram bastante curtos - para a elaboração da câmara eram apenas permitidos 2 anos. O pessoal de Kornitskim controlava o curso dos trabalhos. (Na foto a câmara “Cosina” com a objetiva fechada e aberta).
OS DIAS DE TRABALHO
Os trabalhos de criação da
nova câmara fotográfica foram, naturalmente, levadas ao encargo do SKB sob a direção de
A.I.Potemkin. Diante dele havia um problema
complexo - elaborar um aparelho, que seria
por um lado, parecido ao máximo com o protótipo japonês, e pelo outro
- corresponder às possibilidades de
produção da LOMO. Fresca ainda na memória tinha-se a experiência da
tentativa de pôr-se em serie a câmara " Elektra-112
" com obturador eletromecânico - a câmara fotográfica era complicada
demais para a produção em massa. Nos quadros do escritório de desenhos e projetos foi criada a brigada de criação que trabalhava na construção da “LOMO - kompakt” encabeçado pelo construtor Mijaíl Holomjansky. Na composição desta equipe também entraram o investigador Mijaíl Bijushkin, o eletricista Sergey Dendobrenko, a tecnóloga Ada Zajtseva, o desenhista projetista Nikolay Panteleev, e os engenheiros dirigentes-de-montagem Irina Sovz, e Lev Sakin, além de outros especialistas. Muitos empregados do SKB foram também atraídos na criação desta câmara fotográfica. - a elaboração destes trabalhos eram prioritários , e o pessoal era contratado de acordo com a necessidade da demanda. (Na foto o protótipo T1).
Em primeiro lugar, naturalmente, estudou-se a fundo a câmara japonesa. " Já nesta etapa, - recorda Mihaíl Holomjansky, - era claro que reproduzir por completo a “Cosina” não era o objetivo. Fomos pela vía da criação, mantendo originalidade em sua construção ". Em particular, isto estava voltado à construção do obturador que ficou conhecido como "ФЗПЭ-10". Elaboraram-se e provaram-se sobre muitos modelos de maqueta o esquema do obturador que abastecesse com constância de exposição a superfície do filme, conjugando a uma só vez o diafragma e velocidade segundo as mudanças de iluminação do ambiente em harmonia com a fotoestesia (sensibilidade) da película aplicada. Isto era novidade. Assim, a LOMO kompakt se tornava a primeira câmara fotográfica nacional de dimensões reduzidas com obturador programado. Os autores de sua construção - M. E. Holomyanski e M.P.Bijushkin - receberam o certificado de invenção da invenção. A introdução do novo obturador era ainda, alem de tudo, econômico para produção.
Os prazos curtos
ditavam ritmos bastante altos. A aceleração do processo de criação da câmara
contribuía para que a documentação
fosse entregue em detalhes separados para as amostras experimentadas do
produto e em seguida desenhos diretamente a produção. (Na foto o modelo de produção em massa) O Olho do falcão
O coração de cada câmara
fotográfica é a sua objetiva. Até aqui tudo resultou a contendo. A tarefa do cálculo da objetiva não foi um
trabalho simples. A primeira variante da objetiva denominada "Minitar", foi elaborada sob a direção de Valery Tarabukin, chefe do
laboratório do departamento de desenvolvimento tecnológico de GOI (Instituto
Óptico do Estado). Após sua elaboração, enviaram-se as documentações de
produção a LOMO para sua produção em nível experimental. Mas
a oficina de óptica ficou descontente com o produto - a objetiva projetada
oferecia complexos problemas
tecnológicos para adequar-se a produção em massa.
Assim renunciou-se a criação
de Tarabukin, e começaram-se a estudar variantes
alternativas. O cálculo de uma delas foi realizado pelo professor Sergey Rodionov de LITMO (Instituto de Leningrado para a Tecnologia Mecânica e Óptica)
. Ele é indicado em muitas fontes como o fundador do objetivo "Комpакта".
Isto é profundamente errôneo, já que sua variante também não foi levada a
produção. Mesmo tendo sido, a elaboração da objetiva de Rodionov parte do programa de construção da câmara
“LOMO kompakt”. Voltou-se todavia a técnica da
"Miniembalagem". (diminui-la em suas
dimensões). Foi necessário portanto transformar-la. Este problema foi
desempenhado pelos cálculos ópticos de Lev Sakin empregado de SKB, que tomou por base o esquema
inicial. Resultou no " Minitar L ", que
se utiliza nas “LOMO kompakt” de nossos dias. (Na foto o modelo T3) SEU LUGAR AO SOL Como importante etapa dos
trabalhos havia uma defesa do projeto técnico. Era apoiado pelos representantes de GOI, S.I.Vavilova, do VNII
(Instituto de Toda a União para a Pesquisa Cientifica) pela estética
técnica, e pela Direção de comércio. " A Defesa mostrou que todas as exigências da tarefa
técnica, confirmadas pelo pessoal de I.P.Kornitskim, foram
basicamente cumpridas, - conta Mihaíl Bijushkin. -A Exceção era composta só pela exatidão do
acabado , da exposição e a tensão de
alimentação . Estes desvios foram reconhecidos e resolvidos no protótipo ТЗ
". Na primavera
de 1982 foram apresentadas e postas a prova as 6 primeiras unidades produzidas
da “LOMO - kompakt” . Estas suportaram o exame detalhado da comissão Interdepartamental estatal que recomendava a câmara para produção. Em 1983 foi produzida a
primeira partida industrial. A pedido de Kornishkov,
mudou-se o aspecto exterior da câmara. O Vice-ministro queria que o desenho
exterior da câmara correspondesse ao máximo ao modelo japonês,- recorda Mihaíl Holomjansky –isto para
nos diferia pouco , mas honestamente, nossa variante até hoje me é mais
simpática. Seja como seja, a “LOMO-kompact” tomou o
aspecto de que hoje é conhecida em todo o mundo. Na primeira partida
industrial revelou-se um defeito - O quadro brilhante delimitador provou-se
insuficientemente claro. O processo foi solucionado e LOMO iniciou a grande
serie produtiva da "Комpакта". Iniciou-se assim a história
da câmara fotográfica famosa que hoje propicia a alegria de milhões de
pessoas em todo o planeta Terra. LOMO NO PAÍS DE
SISSI Em 1991 dois estudantes
vienenses, Mathias Feigl e Wolfgang Stranzinger, descobriram uma LOMO kompakt
por acaso numa viagem a Praga, recentemente liberada da esfera comunista.
Imortalizando seu fascínio com a novidade , eles saíram dos canhões
fotográficos; nada de enquadramento,
nada de objetivo a fotografar, apenas a liberdade das férias e euforia de estarem juntos. Faziam fotos ,
sempre mais fotos. De retorno a capital Austríaca, puseram as fotos a revelar e copiar em pranchas de contacto, e como surpresa,
descobriram fotos incríveis, com cores psicodélicas e de contornos
suaves. Ai, nasceu a LOMOGRAFIA.
Esta nova maneira de
fotografar, se expande rapidamente nos melhores lugares de Viena, Cada um
querendo ter sua LOMO. Nos primeiros tempos, , Mathias Feigl
e Wolfgang Stranzinger, uniram seus esforços em
importar tais câmaras de modo particular, mas logo formaram uma rede
organizada - A Lomographic International
Society
fundada em 1993, a fim de promover a Lomografia
em todo o mundo. No inicio, de forma bastante artesanal e confidencial . A
empresa se desenvolveu abrindo sucursais em vários paises, O primeiro foi em
Berlim, Nestas “Embaixadas” os Lomógrafos se
reuniam para dividir sua paixão e discutir sobre filosofia LOMO. Esta se resume em dez regras de ouro, imaginadas pela Sociedade Lomográfica entre as quais << Leve sua LOMO onde
quer que V. vá>> ou ainda
<< Fotografe ao nível das pernas>> . De repente.... mais de 4
milhões de unidades vendidas....... Nikolay Vlasov, Tradução: Luiz Paracampo |
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