Crosley

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Vista geral do móvel e painel iluminado

 

 

 

O Fantástico Crosley Autoexpressionator

A partir de 1935 vários rádios topo de linha  e radio fonógrafos incluíam expansores de volume de diversas modalidades. Alguns empregavam circuitos auxiliares à válvula, outros lâmpadas comuns ou lâmpadas especiais que possuiam dois filamentos no mesmo bulbo.
Entre outros, a Crosley utilizava lâmpadas piloto do tipo 47 mas também empregou um tipo especial de válvula conhecida como "Phantom Conductor", "Conductor Ghost" ou "Auto Expressionator". A Crosley em seu modelo 955 usou lâmpadas convencionais mas os modelos 816 e 37 "WLW Special" empregaram uma válvula especial feita specialmente para a Crosley conhecida como W-41187, contendo dois filamentos de tungstênio em uma blindagem qe era ligada ao terr do chassis. A descrição encontrada na coleção Rider's Volume 7 diz o seguinte:

 

"Phantom Conductor (Auto Expressionator)"


"A válvula Phantom Conductor, figura #49, é conectada no circuito da bobina móvel do alto-falante. Durante o funcionamento, sua resistência sofre variações de forma a aumentar o volume nas notas altas, dando-nos uma maior variação de campo volumétrico ao reproduzir música, naturalmente compensando as limitações dos processos de transmissão encontrados nos equipaementos de radio difusão. "

Desta forma poderemos imaginar um maestro “fantasma” no interior do notável Auto Expressionator conduzindo a orquestra para o "fortissimo" e o "pianissimo", enquanto seus filamentos brilham e amortecem, brilham e amortecem ...


Por outro lado, os filamentos de tungstênio possuem um grande coeficiente positivo de temperatura. Isto é, sua resistência aumenta por um fator de dez à medida que a voltagem aumenta aumentando o volume nas passagens fortes e diminuendo nas passagens fracas. Daí a expressão "expansão".

Toda esta operação tem seus custos. Para começar, há certas perdas de potência no falante. Independentemente da temperatura do filamento sempre haverá expansão. Mas o filamento também possui uma inércia térmica o que torna lento o aumento e queda de sua resistência e isto é mau quando ouvimos instrumentos de percussão que rapidamente vão do fortissimo ao pianissimo. Mas leve em conta o dinheiro economizado num Crosley se compararmos ao preço de um expansor de qualidade superior tal como o RCA modelo D-22.

 

 

 

Modelo mais simples o 816

Abaixo o 1199

Modelo 1199

 

Paul Crosley foi o primeiro fabricante americano a produzir rádio receptores em massa para o consumo. Durante alguns anos tornou-se o maior fabricante mundial de rádios para o grande público.

 

 

 

Uma característica muitas vezes encontrada em rádios de alta qualidade dos anos 1930 e dos anos 40 foi o circuito expansor dinâmico de volume. Este circuito, basicamente um laço de realimentação, usava-se para restaurar a gama de alcance do volume num programa de transmissão, que era perdida devido à compressão. Para manter a rádio-transmissão dentro da largura de banda concedida à estação de transmissão (tipicamente 10kHz), os engenheiros tiveram de usar a compressão de volume para limitar o nível de áudio do material transmitido. Isto tendia a torná-lo como se as passagens mais suaves resultassem mais alto do que eram originalmente e vice-versa, devido a transmissão ser realizada em um nível de volume constante afetando o som reproduzido. Com um circuito expansor de volume, o programa reproduzido tornava-se mais "natural". O circuito também foi eficaz na música gravada, pois os registros eram sujeitos ao mesmo tipo de compressão de volume.

O método é bastante simples. O circuito começa com uma válvula eletrônica usada como um simples amplificador áudio, normalmente colocado na entrada principal. O sinal áudio de entrada amplificado é transformado em uma voltagem de controle de corrente contínua, por uma válvula duplo diodo. Esta voltagem irá controlar a intensidade do sinal áudio.

Normalmente esta voltagem de controle passa por um resistor de carga e condensador de filtro, indo controlar o amplificador principal que possui uma válvula com controle de ganho variável. Os valores destes componentes são escolhidos para a melhor constante – que governa o aumento e queda da voltagem, e assim tempos de decadência e o ataque. "Os estouros" que possam advir na saída de áudio são muitas vezes devido a constantes de tempo inadequadas.

O efeito final, ao ouvinte, é uma expansão dinâmica no transcurso da música atendendo o ouvinte para que as passagens fortes sejam mais fortes e as passagens fracas sejam bem suaves, restaurando até certo ponto, a variedade dinâmica original do programa, resultando na reprodução mais fiel. Foi como se alguém controlasse permanentemente o volume do sistema conforme o programa.

O uso dos expansores dinâmicos de volume desapareceu nos anos seguintes, mas o circuito reapareceu em alguns rádios de mesa europeus nos anos 1960. Hoje, o processamento áudio deste tipo é realizado com software, como por exemplo, o plug-in DFX popular de Winamp que tem um "auxílio dinâmico", controle que imita a funcionalidade dos antigos circuitos expansores.

 

Crosley Modelo 1336

 

À mesma época a Crosley produziu uma variante mais sofisticada utilizando o mesmo chassis e circuito, mas introduzindo a válvula W42419A que era uma indicadora neon de sintonia e um falante de 15” num gabinete ligeiramente mais alto.

 

Vista frontal e traseira do gabinete e painel de montagem do falante em forma de lira.

O falante é montado em painel de furos para melhor amortecimento e menor ressonância em gabinete aberto.

Dimensões do gabinete:

Altura = 1.08m

Largura = 0.64m

Profundidade = 0.31m

http://sfhobbies.com/sfhobbies/radio/images/myradio/Crosley1336/W42419A.jpg

http://sfhobbies.com/sfhobbies/radio/images/myradio/Crosley1336/index.html

 

http://www.radiomuseum.org/forumdata/users/133/Tune_a_Lite_schematic.png

 

Circuito de ligações: Terman Radio Physics Course

Funcionamento da W42419A

Agradecimentos a Joe Souza

 

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