Doppel Dynamisch ou amplificador com controle dos harmônicos ímpares.
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Segunda parte.
Nesta segunda parte vamos estudar o artigo de EduardoLima criador do Audiopax 88, que tanto sucesso vem obtendo mundialmente. Este artigo foi publicado pelo CPD da Universidade Federal de MG.
Observe que simplesmente poderemos alcançar o cancelamento das ditorções harmônicas do amplificador e da caixa acústica através de um mero ajuste entre fases.
Trecho do artigo:
Podemos olhar o que acontece com a distorção de segundo harmônico ao ser produzida em um dispositivo
- o amplificador - e a seguir passar por outro dispositivo - a caixa acústica - que também produz o
mesmo tipo de distorção. Qual será a distorção na saída do segundo dispositivo? A resposta está no apêndice 2 e a seguir tento resumir o seu significado intuitivo:
Assumindo que os dois dispositivos, amplificador e caixa, produzam apenas segundo harmônico em igual quantidade (por exemplo: 1%), qual seria a distorção total do sinal após ter passado por ambos? O resultado dependerá da diferença de fase com que é gerado este segundo harmônico em relação à freqüência inicial (fundamental) em cada um dos dispositivos. Esta diferença de fase pode ser qualquer uma entre 0º e 360º ou entre -180º +180º se assim preferirmos considerar - Se os dois dispositivos geram a distorção da mesma forma, com a mesma relação de fase entre a distorção e
a fundamental, o resultado será, como parece normal, 2% de distorção de segundo harmônico.
- Uma diferença de 30º a relação de fase do segundo harmônico com a fundamental, entre os dois dispositivos, produzirá um total de 1,93% de distorção. - Uma diferença de 60º produzirá 1,73%. – 90º produzirá 1,41%. – 120º produzirá 1%. Isto é, a mesma quantidade de distorção produzida por apenas um dos dispositivos. – 150º terá como resultado 0,52%, ou seja a distorção final será cerca da metade da distorção de um deles.
- Finalmente uma relação de 180º produzirá uma distorção final de segundo harmônico nula.
As figuras abaixo bem demonstram as rotações de fase entre os dois sistemas especialmente na segunda harmônica. Respectivamente, 90º,120º,150º. e 180º.
As senóides vermelhas nos desenhos com fundo em cinza correspondem ao sinal resultante do somatório dos harmônicos das duas fontes.
0º
30º
60º
90º
120º
150º
180º
Recomendamos a leitura de
http://www.audiopax.com/papers_part1.htm
http://www.audiopax.com/papers_part2.htm
Mas quais seriam as probabilidades de obtermos este cancelamento total de distorção de segundo harmônico entre dois dispositivos tão diferentes como um amplificador e uma caixa acústica? Mínima, da mesma maneira que seriam muito poucas as chances de obtermos a soma total de 2%. Como pudemos ver, se a diferença entre as fases estiver entre -120ºe +120º existirá um aumento da distorção final em relação a distorção de apenas um dos dispositivos até um máximo de 2%. Se a diferença estiver entre -120ºe – 180º ou entre +120ºe +180º teremos uma redução da distorção total para níveis abaixo dos níveis de distorção de um dos dispositivos até um mínimo de zero. Claro está que nada garante que a audibilidade da distorção siga linearmente estes números e existe até uma grande possibilidade de que a redução de distorção seja mais claramente percebida que seu aumento, especialmente se estivermos falando de altos valores, como 5%, em cada um dos dispositivos.
Considerações no comportamento de um PP 2A3.
Veja Anexo B 3ª parte.
Temos neste artigo do Electron Tube Manual RCA RC14 dicas de como melhorar o 3º harmônico no PP 2A3
Através do bias ou polarização de grade. Importante notar que esta variação não deve exceder os 20% de Corrente de Placa para cima e para baixo sob pena de encurtar sobremaneira a vida da válvula.
Quando Hafler & Keroes publicaram dados sobre os novos transformadores Ultra lineares, Willliamson e Walker demonstraram num estudo as vantagens do transformador com realimentação catodina sobre o Ultra linear. O Super Triodo ou Super-Ultra linear é uma conjugação de ambos.
O amplificador de Claus Byrith. 8WSE
http://www.lundahl.se/pdfs/claus_byrith/cb-amplifier_8wse.pdf
Ver em tamanho grande: http://www.lundahl.se/pdfs/claus_byrith/cb_seamp.jpg
Boletin “Valvo”
Versão de Peter Wendt
Vamos considerar o amplificador de Claus Byrith, o Amplificador do Boltin Valvo e a modificação de Peter Wendt cujos circuitos estão acima ilustrados, como antecessores do Audiopax. E isto será explicado na descrição do Audiopax.
O Audiopax
Destrinchando a ficha técnica
• ASTAT - Asymmetrical Series-Twin Amplifier Topology
(Topologia de Amplificadores Assimétricos em Série)
-Amplificadores gêmeos diferenciados (veja Willkason WAF=61 na primeira parte)
• PTS - Perfect Triode Simulator output stage circuit
(Estágio de Saída com Simulador de Triodo Ideal)
-Configuração circuito “super-triodo”, “triodo ideal”, “super-ultra–linear”,”LM3” ou tetrodos com carga dividida entre anodo, grade auxiliar e catodo” (veja primeira parte)
• MPS - Matched Power Supply combines high speed and definition with exceptionally low noise
(Fonte de Alimentação Casada combina alta velocidade e muito baixo ruído)
-Fonte com transformador único, porém com duas pontes retificadoras, dois choques de filtro e linha de filtragem independentes.
• Timbre Lock® - The world’s first system optimizer. 10 posições.
(Primeiro ajuste para regular um sistema para baixa distorção)
-Variador de polarização de catodo das válvulas de saída com controle de regulação de corrente.
Nota: Se V. regula algo para baixar a distorção, significa que a distorção é alta. Sim a distorção existe mas a tornamos mais agradável, através do controle de harmônicos.
Audiopax Monoblocos SET Modêlo 88.
Inicio a análise deste amplificador brasileiro com muitas lamentações. Em primeiro lugar, é o fato de ser brasileiro, isto é, é montado aqui, é fabricado aqui, e foi concebido aqui por personalidade de nosso país.
O amplificador é simplesmente desconhecido pela maioria dos brasileiros que se auto consideram audiófilos. Se fosse um equipamento medíocre, até não diria nada, mas um equipamento que recebeu varios prêmios no exterio√r é indiscutivelmente algo considerável.
Na verdade peca pelo excesso de preço, mas nenhuma revista técnica chegou a analisá-lo em profundidade. Somente tive notícias de análises comerciais que levam o leitor à uma certa confusão devido a imprecisão na descrição dos artigos.
Por esta razão, e sem qualquer vinculação com o autor Eduardo de Lima, e movido pelo excelente desempenho do produto resolvi apresentar aos leitores nossa versão de características idênticas ao original, sem as sofisticações do mesmo, mas com resultados ao par, custo menor, e possibilidade de montagem doméstica.
Na verdade toda esta introdução do capítulo anterior, inicio deste e anexos da unidade, visam formar a teoria de certo modo dispersa na qual o Sr. Lima se apoiou ao criar seu 88. Portanto as idéias e as tentativas já existiam e foram formalizadas e magistralmente unificadas no modelo 88.
Pelo que eu soube o Sr Lima iniciou com um amplificador com a famosa 300B, mas não ficou satisfeito com os preços das mesmas decidindo por uma opção mais barata com excelentes qualidades. É interessante notar que as idéias estão ai cumpre-nos formatá-las. Veja que o Ultra Linear de Hafler & Keroes foi divulgado apenas em 1952 ano também da divulgação do transformador por realimentação de catodo de Walker (QUAD). No entanto, A idéia do U-L já era citada no ARRL Handbook de 1948 e a realimentacao por terciário já havia sido construída pelo próprio Walker em 1938! Também a modificação do timbre no SE através da modificação da polarização de catodo é conhecida desde os primórdios da áudio-amplificação –Só que os engenheiros decidiam qual seria esta no produto final. Alguns amplificadores vieram a ser construídos com opção de polarização e no resurgimento das válvulas este ponto que deveria ser um só para o “perfeito desempenho do estágio” passou a ser mexido por DESCONHECEDORES da eletrônica que se agradaram dos diversos timbres então produzidos.
Configurações dos amplificadores Audiopax com 300B e com KT88.
A adoção do sistema Ultra-linear em conjunto com o enrolamento de realimentação negativa de catodo acredito ter visto num artigo chamado “Super Ultra Linear” de Thomas Borroughs utilizando transformador Stancor tipo B-O/14 e publicado nos idos de 1960 pela revista Antenna que traduzia artigos da Radio Television News. http://www.novacon.com.br/audioampmac.htm
Outro artigo anterior, de novembro de 1955 de A. Kenneth Olson também utilizava o mesmo transformador.
http://vacuumtubebrasil.profusehost.net/a%20100%20W%20power%20amplifier.pdf
Alguns amplificadores dos anos ’90 já vinham com a opção de escolha de timbre sem maiores pretenções.
O famoso crítico francês e grande impulsionador e entusiasta das válvulas eletrônicas Jean Hiraga chegou a comentar sobre esta característica em alguns áudio-amplificadores.
O famoso monobloco 88 foi inicialmente previsto para ser um amplificador de potência esterefônico, com dois circuitos gêmeos em uma única unidade. Constando de uma fonte de alimentação como anteriormente descrita em “Destrinchando sua Ficha Técnica”, um amplifiador de tensão em SRPP 12AT7 e uma KT88 em SE + U-L + realimentação por catodo. Ao qual o Sr. Lima chamou de LM3
Após muitas experiências com o mesmo, decidiu-se por usar dois módulos completos transformando cada módulo estereofônico numa unidade monofônica unindo em paralelo as entradas dos dois canais e colocando as saídas em série. Tudo muito fácil, pois os 88 não possuem realimentação negativa pelas partes externas dos transformadores de saída. Em nenhum momento foi desprezada a possibilidade de polarização independente das válvulas de saída, o que proporcionava um excelente espectro, mormente pela possibilidade de duplo espectro na polarização independente.
O próximo passo foi tornar os amplificadores gêmeos que já estavam desiguiais devido as polarizações, mais desiguais ainda anexando diferentes transformadores de saída. Manteve o primeiro como estava e ao segundo alterou-se a impedância de entrada diminuindo-a em 71%. Porque este valor? Simplesmente movido pela prática; mas esta prática é a prática do 1/√2 bastante difundida entre os experimentadores de eletrônica.
O amplificador de Claus Byrith que anteriormente descrevemos pode ter servido de base para o Audiopax 88
O “Timbre=Lock” é um brinquedinho interessante e algo de muito valor para os aficionados. Na verdade algo que V. deverá ouvir e comparar. V. vai classificar a posição de acordo com a orquestra e de acordo com o tipo de música.
Vamos agora apresentar o nosso circuito com base no projeto original dos modelos 88 para que o leitor venha a se deliciar com um equipamento moderno e grande desempenho.
Antes, vou chamar a atenção dos “Veteranos” das válvulas: O tradicional comportamento do defletor vertical dos televisores nos dá uma idéia real e bem visual do funcionamento daquilo que vem a ser a LINEARIDADE na saída.
Veja no Anexo B 2ª Parte.
Comentário sobre o circuito
Conforme vocês poderão ver apresentei dois ciscuitos de amplificação o Audiobellum e o Audiobellum M
Primeiramente vou dizer o porque dos nomes. O Áudio “Pax” pode muito bem querer dizer “Áudio em Paz” do latim então escolhi a paravra que significa o oposto Áudio “Bellum” que apesar de parecer belo ou bonito significa “guerra” em latim portanto o oposto do nome escolhido para o modelo comercial. Apesar do nosso circuito seguir bem próximo o original poderá desencadear ma “Guerra” de conhecimentos em desenvolver sempre um modelo melhor. Primeiramente colocamos ao leitor duas escolhas de circuito, de acordo com o desejo e finalidade de cada um. Em principio os circuitos são tão simples que me lembram o meu pimeiro ampliicador “escola” montado em 1956 com 50L6/12SQ7e35Z5.
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Terceira Parte>>>>>>>