Cosmoson
III
Quinto Capítulo.
Até aqui demonstramos o amplificador Cosmoson . Considerando a simplicidade de montagem e o rendimento oferecido pelo mesmo, resolvi pensar sobre um modelo atual de possível construção Em primeiro lugar utilizando o transformador de força que é possível de ser adquirido no comércio virtual, teríamos o Audiolink TF 350. Este transformador é mais do que adequado para o funcionamento da nova versão a que nos propomos.
A nova fonte de alimentação
Desta forma vamos colocar o reverberador no mesmo chassis e desenvolvemos um circuito de mesmas características do anterior que foi um êxito, só que bem mais atualizado
O novo reverberador com controle de volume
No contexto do processo resolvemos também atualizar o amplificador em si. Não mexemos no pré-amplificador por considerá-lo correto para nossas demandas. Atualizamos o circuito para a amplificação do primeiro estagio em totem que proporciona um ganho mais linear e com menor distorção nas sobrecargas. Adotamos assim o circuito Aikido já bem testado e aprovado em todos os amplificadores high end do mercado. Aqui estão as modificações introduzidas:
O circuito Aikido.
A minha experiência com este tipo de circuito excepcional, demonstrou um problema crônico a válvula em totem tende a dar defeito fuga filamento catodo. Isto acontece nas válvulas comuns não nas versões militares que são bem difíceis de achar. Este fenômeno acontece porque o catodo trabalha num potencial bem elevado, e sofre uma grande variação de tensões devido ao sinal de áudio, condição para o qual as válvulas comuns não foram construídas. A solução, no entanto passa a ser bem simples. Introduzimos um novo transformador exclusivamente para o filamento da válvula superior, no caso um Yoshi Konda D30-B e o centro do bobinado do filamento vai ligado a placa de uma dos triodos inferiores.
Resultando no circuito que vemos a seguir:
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Aqui cabe uma serie de comentários. O circuito Aikido, em posição configuração estéreo passa a ser um circuito de caráter diferencial, de características muito semelhantes aos usados nos antigos computadores analógicos, desta forma a introdução dos dois potenciômetros entre os catodos e entre os anodos das válvulas do primeiro estagio, promovem respectivamente a derivada e a integral dos sinais aplicados servindo para aumentar a separação ou fusão dos sinais de áudio entre os canais. http://www.novacon.com.br/audioamprand.htm
Outras modificações menores foram introduzidas no estágio de saída para as ligações dos resistores de grade de sinal e quanto aos transformadores de saída que não mais possuem o tap de 16 Ohms.
O detalhe poderá ser visualizado logo abaixo.
Modificação na etapa de saída.
Seleção de entradas e modo com interruptores H-H.
Outra modificação foi a adoção de interruptores H-H no lugar da complexa e difícil de achar chave do onda. Os interruptores H-H tem função de seleção de entradas Fono, Transistor, FM-AM, TV-Tape; seleção de canais, Esquerdo/Direito, Estéreo/Reverso.
Temos aí, um high-end doméstico de baixo custo e fácil de se fazer.
Mais alguma coisa, -Sim!- podemos utilizar o mesmo circuito e mesmo material para um excelente amplificador de guitarra.
Quais as modificações a fazer?
O circuito básico será exatamente o mesmo utilizaremos porem o controle de tonalidade da Fender.
Graves, Médios, Agudos e Presença (ou Brilho) e adaptaremos ao circuito original do Cosmoson.
Quatro controles de tonalidade ao invés de dois. Esta alteração ainda permite sua utilização como amplificador estéreo.
Eis o circuito do Fender Bassman Tweed 5F6:
No nosso Cosmoson de segunda geração ampliamos a fonte de alimentação para receber acessórios conformadores tonais. Observe que utilizamos exclusivamente circuitos valvulados o que contribui para todos os efeitos desejados mas com timbres e características sonoras sensivelmente diferentes dos similares em estado sólido.
Este foi o diagrama final do Cosmoson 2ª Geração para guitarra.
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As alterações para guitarra estão em verde. Uma interessante novidade é alteração das válvulas de saída para 6V6, 6L6 ou EL34 que possuem timbres totalmente diversos e encaixam na mesma base sem alterações. Note que poderemos usar um par de válvulas idênticas ou diferenciadas para proporcionar os mais variados timbres finais. É importante porem que se respeite a tabela ao lado do diagrama quanto aos resistores de catodo que devem ser sempre de 5 Watt. Esta providencia visa a preservar o transformador de saída par aque não haja uma corrente quiescente muito elevada e venha a queimá-lo.
Circuitos complementares
Como complemento deste artigo, apresento uma serie de circuitos selecionados para as mais variadas funções de efeito musical. Estes circuitos poderão ser utilizados no projeto Cosmoson, mas são úteis também em outros equipamentos.
Descrever som ou imagem é a coisa mais difícil que existe mas vamos tentar de maneira simplória. Estas descrições faz lembrar a historia daquele cego de nascença que perguntou:
“–O que é branco?” ao que lhe responderam: “-É a cor do cisne.” Imediatamente veio a nova pergunta: “-O que é cisne?” “-Um pato com o pescoço longo e curvo.” “–Agora já sei o que é branco.” Disse o cego.
Tremolo e vibrato
São osciladores de desvio de fase destinados a intensificar e reduzir o áudio em uma cadencia pré-estabelecida. O tremolo é ligeiramente mais lento que o vibrato. Trabalham na região dos 3 aos 7 Hz.
Leslie Rotor motion sound effect
Este circuito também é um oscilador que executa funções semelhantes ao tremolo e ao vibrato, trabalha na região dos 0.6 Hz e opera inversamente em cada um dos amplificadores que devem ter caixas acústicas fisicamente separadas. Este circuito simula a rotação dos alto-falantes na caixa Leslie que distribui o som no salão de forma diferenciada.
Efeito de Coral / Flange
Flange ou Coral é também um simulador. O sinal da guitarra é introduzido concomitantemente na entrada do simulador e num dos canais do Cosmoson. A saída deste canal é injetada nos terminais “Modulation”
deste circuito Flange. O output é ligado ao outro canal disponível. O efeito é uma repetição dos sinais injetados muitas vezes, similar a um eco, mas não exatamente como um reverberador. Neste diagrama cada sinal é repetido quatro vezes com pequena diferença de tempo audível. Ao ligar-se um microfone a voz do cantor será repetida quatro vezes, afinada ou desafinada formando o mais perfeito coral que possa existir. O circuito original data de 1931 e foi inventado pelo grande Leon Theremin.
E recebeu o nome de “Polivox”.
Seletor para realce ou eliminação de freqüência.
Este circuito seleciona gama de freqüências que podem ser eliminadas ou realçadas.
Desta forma v. faz voz metálica, voz de telefone, vindo de uma tuba, ou vozes do além, muito interessante.
O potenciômetro duplo seleciona a faixa de freqüências desejada.
Distorcedor (Fuzz box)
Este distorcedor funciona por saturação ou estrangulamento (starvation) da etapa push pull. Este estagio possui esta configuração para que a distorção não se torne desagradável pela assimetria de onda.Por outro lado ao se efetuar a distorção por saturação, são geradas uma infinidade de harmônicos que mascaram e modificam o som original.
O transformador especificado poderá ser substituídos pelo Lynx áudio AT10-650 ligando-se os secundários em paralelo.
FILTRO WHA WHA
O filtro Wha Wha é similar ao seletor de realce e eliminação de freqüências. Mas trabalha com amplificadores operacionais o que confere uma característica sonora única. Cria um som cheio típico de um amplificador passa banda.
Compressor e limitador de volume. O potenciômetro de 1M marca o inicio da limitação; o potenciômetro de 25K controla o volume máximo.
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