O Theremin LP  3

 

Theremin LP parte 3.

 

 

 

 

 

Descrição:

Graças aos trabalhos publicados por Arthur Harrison, Mark Mc Keown, Dayfan, e os artigos anteriores de Welch, Reid; Ball, David sobre o Theremin RCA , bem como meu especial interesse já de longas datas no assunto, tendo acompanhado artigos publicados na Antenna, Eletrônica Popular e na Revista Monitor de Radio e Televisão,  e tendo montado o primeiro protótipo em 1974, resolvi, desenvolver para os leitores um modelo profissional do  famoso Theremin, com a ´sria intenção de difundir o assunto e tentar ajudar a industria nacional a criar um modelo próprio deste interessantíssimo instrumento. Não vejo qualquer dificuldade para tal uma vez que já foram produzidos em tempos anteriores amplficadores de alta qualidade tais como o Giannini, o Palmer e atualmente o Meteor. Entre os muitos fascínios do Theremin está o segredo de fabricação de certos componentes, uma vez que não são encontráveis no mercado exigindo adaptação de outros que também não são facilmente encontráveis. Fato é que os três autores, Arthur Harrison, Mark Mc Keown, Dayfan mataram muitas charadas do theremin original, mas ainda restaram outros segredinhos.  Entusiasmei-me pela questão e fui bem além, adaptei todo o “mistério” dos componentes para um feijão com arroz bem simples. – Bem simples mesmo, tão simples que quase tudo o que é necessário e “difícil” não precisa ser adquirido em lojas de eletrônica, mas em casas de construção. Esta peculiaridade é uma característica histórica, pois a industria eletrônica nasceu da industria elétrica e ambas foram alimentadas em seus primeiros passos pela industria metalúrgica e de construção civil.   Finalmente neste capítulo apresentamos o circuito desenvolvido por nós e o leitor tomará conhecimento de cada detalhe à medida que os mesmos forem descritos.

 

 

Este é o circuito geral que desenvolvemos. Cada detalhe será a seguir comentado.

Neste Instante consideramos o problema resolvido. Vamos ver como foi:

 

Notas Gerais de Segurança:

 

 

 

Fones de ouvido:

 

Tipo de “Head-Phones” com controle de volume recomendados

 

 

Este circuito é razoavelmente complexo, todavia se V. construir apenas um aparelho poderá além de ter que realizar soldas perfeitas, necessárias para o bom funcionamento e desempenho do nosso Theremin LP, usar o orelhômetro o olhometro e o desconfiômetro para aferir o instrumento. Profissionalmente, porém será necessária uma familiaridade com o aparelho e com práticas construtivas, portanto recomendamos o uso de um osciloscópio e um verificador de freqüências para homogeneidade nas montagens.

 

 

A fonte de alimentação:

 

 

 

A fonte de alimentação de nosso Theremin LP é absolutamente convencional e não apresenta nenhuma particularidade extraordinária. Começamos por ela, pois todo o sistema de montagem se inicia pela mesma, e seguindo nosso padrão didático, obviamente por ela iniciamos. Nossa fonte utiliza um transformador de força WK 7128 que já foi destrinchado no segmento 2 deste nosso “Construindo”  Possui um “Interlock” REDE  é o padrão do tipo usado em computadores, um FILTRO de linha usado nos estabilizadores para PC e uma tomada AUXILIAR. A retificação é realizada por válvula tipo 5Y3, e encontra como sucedâneas a 5V4, 5U4, GZ32 e GZ34; três capacitores eletrolíticos de 50, 50 e 32 uF todos de 400 ou 450 V. Os resistores da fonte devem ser preferencialmente  de fio mas os de 470 ohms e 100 ohms podem ser de film metálico.

Uma pequena lâmpada #47 é usada como indicadora e vai no painel frontal do lado esquerdo, logo acima do interruptor LIGA nesta mesma parte do módulo. O COMUTADOR de 115/220V pode ser instalado no chassis ao lado da retificadora 5Y3. LINHA é o cabo convencional tripolar de conexão à rede.

 

 

Conexões na base da retificadora 5Y3.

 

Opção de transformador.

Força

Modelo

Primário

Secundário

Aplicação*

Desenho

TF100VA

127 / 220Vac

275Vac CT 180mA, 55Vac (Bias), 6,3Vac CT 5,5A - 5Vac 3A.

2 x 6L6 , 4 x EL84, 4/5 x 12AX7 35 Watts Vox AC30

C

 

 

http://valvestate.fateback.com/power.htm

 

 

A este nível da descrição e supondo que o leitor tenha lido o artigo desde seu início e ao construir seu Theremin LP venha ele a seguir rigorosamente as etapas, vamos sugerir uma radical mudança que na verdade pouco mudará no produto final, mas a imensa maioria dos eletrônico-fanáticos gosta sempre de iniciar suas construções pelo chassi.   Portanto vamos agora dar nossa sugestão para este procedimento

 

 

Aqui estamos: apenas duas longarinas em madeira ou MDF com medidas especificadas e uma base solidária.

As partes metálicas dos dois chassis permanecem as mesmas anteriormente descritas.

A caixa envolverá a unidade eletrônica. Compare com a figura do módulo 1.

 

Osciladores de escala:

 

Vamos agora entrar nos osciladores da nota musical ou osciladores de escala. Conforme vemos abaixo se tratam de dois osciladores do tipo Hartley conforme descrevemos no segmento anterior. Estes osciladores utilizam duas primeiras metades de duas válvulas 12AU7.

 

 

 

Aqui separamos a parte do circuito responsável pela produção da nota musical. Não vamos repetir a teoria de funcionamento que já foi descrita no módulo referente ao Theremin original. O leitor poderá observar a simplicidade intrínseca dos osciladores apresentados no circuito acima. As fases, isto é, os pontos numerados nas bobinas têm que estar rigorosamente conectados como demonstrados no circuito sob risco do aparelho simplesmente não funcionar! Cada um dos osciladores utiliza a metade da seção de cada uma das 12AU7. Todos os componentes são de fácil obtenção no mercado. Os componentes grifados com fundo amarelo, todavia deverão ser confeccionados pelo construtor do Theremin LP. No detalhe demonstramos a pinagem das válvulas que entrarão nas conexões do circuito. As setas nas grades dos osciladores irão para as etapas do misturador.     

 

Conexões na base das osciladoras 12AU7

 

O primeiro conjunto cuja construção vamos demonstrar é o bloco composto por L1, L2 e o capacitor de 2200P. Este compõe o acoplamento do oscilador ao ambiente. Ao se ligar o aparelho, deveremos regular CV1 para que não se ouça nenhum som no alto falante enquanto não nos aproximarmos da antena de nota. Este conjunto é formado por “L1, C/2200P e L2”. Este arranjo permite certa flexibilidade na utilização do Theremin LP uma vez que facilita a distância das mãos à antena. O capacitor de 2200P cumpre duas funções: isolar eletricamente o circuito da antena e ao mesmo tempo acoplá-lo em rádio freqüências. A bobina L2 forma um filtro passa-baixos cumprindo a função limitadora de resposta de freqüências, para evitar os problemas enunciados no apêndice “Inserção das Escalas Musicais No Espectro Audível”. As bobinas osciladoras do T1A e T1B são absolutamente idênticas e devem ser colocadas a 90º uma da outra para que se evite o indesejável acoplamento magnético entre elas.

A seguir dados sobre os componentes “difíceis”.

 

 

Sistema L1 C/220P e L2.

 

Circuito de entrada.

 

Dados construtivos de L1

 

 

 

L1

 

Pinos

1-2

Resistência

597 Ohms

Diâmetro da bobina

75mm ou 3”

Altura da bobina

265mm

Indutância

Entre 30-35mH

Número de voltas

1390

Padrão do fio

#36

Capacitor em série

2200PF

 

 

Conjunto L1 C/220P e L2 Montado

 

 

Dados construtivos de L2

 

As figuras acima, bem como as tabelas demonstram todos os dados construtivos da unidade de entrada L1/C-2200P/L2. O conjunto compõe uma só unidade, conforme poderemos observar no diagrama do circuito, na perspectiva e corte, e finalmente na vista do conjunto montado. Utilizamos para isto um tubo de PVC usado para esgoto que é perfeitamente adequado para isto. Foi selecionado um tubo de 3 polegadas, ou 75 mm (de acordo com o fabricante) e o cortamos com 31cm de comprimento (altura). A bobina L1 é enrolada diretamente sobre ele. Observe o desenho em perspectiva e veja o sentido do enrolamento!  Isto tomará 26.5 cm de seu comprimento.

Iniciando pelo terminas 2! , a primeira volta é colada com fita adesiva transparente e os contactos serão preferencialmente realizados com parafusos de metal devido à facilidade dos mesmos em receberem solda de rádio. Ao término do enrolamento, faremos o mesmo, colaremos com fita adesiva a extremidade do fio que vai soldada ao terminal 1. Em seguida colocaremos a bobina L2 confeccionada como demonstraremos a seguir, soldaremos o capacitor C-2200P  e os terminais para ligação. Não nos esqueçamos das cantoneiras e parafusos de fixação na plataforma de madeira do sub-chassi observe o desenho do conjunto. Em seguida passaremos uma mão de verniz Copal em toda a unidade. Este procedimento será o mesmo na bobina de volume.

 

 

 

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

 

 

Esquema construtivo de L2

 

 

L2

 

Pinos

3-4

Resistência

96 Ohms

Diâmetro da bobina

28mm *

Altura da bobina

8mm

Núcleo

10mm

Indutância

Aprox 11mH

Número de voltas

500

Padrão do fio

#30

 

 

A bobina de concentração L2 será feita a partir de um carretel que será confeccionado com porcas e arruelas de 5/32”e um parafuso de 1 ½” ou 2”de comprimento. Todos os elementos podem ser em ferro.  Ao observarmos o explodido de L2 verificamos que as partes em azul correspondem a duas tampinhas de rosca comumente usadas nos refrigerantes em garrafas tipo PET, suas dimensões são de: diâmetro= 3cm; altura= 1.5cm. As partes em verde correspondem a duas réguas obtidas por cortes longitudinais destas garrafas PET preferencialmente as de 2 Litros. As réguas terão uma largura um pouco maior que os 3cm, o comprimento é o possível para que se realize a montagem conforme o desenho.  A montagem proporciona um carretel bem forte sobre o qual montaremos nosso enrolamento tendo antes o cuidado de isolar o núcleo com pelo menos três voltas de fita isolante plástica. Sobre o conjunto enrolaremos 500 espiras de fio #30, cujos terminais serão soldados nos pontos 3 e 4 do cilindro de PVC de 3 polegadas. O capacitor de 2200P será ligado pela parte interna entre os terminais 1 e 3. As fitas (ou réguas) já montadas com a bobina L2 serão fixadas no interior do tubo de 3” conforme mostra a figura do conjunto, utilizando-se para isto parafusos de 1/8” com porcas e arruelas. Verifique o desenho em corte em Dados construtivos de L1.

 

 

Dados construtivos de T1A e T1B

 

 

    

Transformadores T1A e T1B

 

Transformadores T1A e T1B – Primeiro estágio.

 

Aqui demonstramos a primeira etapa para construção destes transformadores. Ambos são idênticos e também são montados em tubos de PVC para água. São tubos de 40mm ou 1½”. Ambos são cortados com um comprimento de 50mm e colocados 4 rebites, ilhoses ou parafusos de 1/8” em metal (verifique figura acima. Em seguida após fixarmos o inicio do enrolamento no ponto 1, colocaremos a primeira camada de fio #26 enrolado no sentido anti-horário conforme demonstra a figura acima. Completaremos 76 voltas e fixaremos a outra ponta no ponto 2.  Recomendamos que os pontos sejam marcados com marcador gráfico do tipo usado em CD para resistirem ao manuseio. O enrolamento terminado será completamente envolto em fita adesiva transparente. Começaremos então a enrolar a segunda camada iniciando no ponto 3 e terminando no ponto 4, sempre com 76 espiras do mesmo fio #26. Agora, porém em sentido inverso conforme demonstra a figura seguinte!  Toda a unidade agora é novamente envolta em “Durex” transparente e finalmente envernizada com Copal. Não se esqueça de colocar os lides para ligação ao circuito. Estes não estão desenhados para não complicar a figura.

 

 

 

Transformadores T1A e T1B – Segundo estágio.

 

Transformadores T1A e T1B – Posicionados a 90° em relação ao desenho anterior.

 

 

T1A e T1B

 

Pinos

1-2    (3-4)

Resistência

não acusa

Diâmetro da bobina

40mm ou 1.5”

Altura da bobina

43mm

Núcleo

40mm

Indutância

Aprox 0.1mH cada

Número de voltas

76

Padrão do fio

#26

Capacitor fixo em 1-2 (T1A)

1000P + 100P

Capacitor fixo em 1-2 (T1B)

1000P + 20P (100P)

Capacitor variável em 1-2 (T1B)

CV 55P

 

 

 

Construção de CV1

 

Os capacitores variáveis serão estudados mais adiante em conjunto CV1 eCV2.

 

 

 

 

 

Oscilador de volume:

 

Diferentemente do circuito de antena anteriormente demonstrado, este estágio é na realidade um transformador ressonante utilizado para operar o sistema expansor de áudio no projeto de nosso Theremin LP. Em si um circuito oscilador semelhante, porém operando com maior potência.

Os procedimentos construtivos são os mesmos descritos anteriormente Com algumas peculiaridades. Vide tabelas e desenhos que seguem.

 

 

 

Circuito oscilador de volume.

 

O circuito opera com uma válvula do tipo 6V6 em conexão triodo na mesma configuração Hartley. T3, a bobina de entrada, tem construção mais simples que o conjunto de entrada descrito nos osciladores de nota. O transformador oscilador T2 tem construção idêntica as T1A e T1B diferenciando-se porém no tipo de fio utilizado e na quantidade de espiras uma vez que o mesmo trabalha em freqüência mais elevada. O circuito acima mostra os detalhes das conexões.

Abaixo o diagrama de pinagem da válvula 6V6. Uma vez o aparelho pronto e funcionando, fará com que ao ser ligado a lâmpada indicadora PR2 acenderá; ao se chegar com a mão próximo à antena de volume esta diminuirá de intensidade. Isto indica a correta sintonia de CV2. Se acontecer o contrário, V. estará no outro lado da banda e exigirá o ajuste de sintonia em CV2.

 

 

Conexões na base da Válvula 6V6 osciladora de volume.

 

 

Transformador T3.

 

 

 

 

Neste Transformador usamos também o mesmo tubo de 3 polegadas, da antena anterior agora cortado com 25 cm de comprimento. Sobre o mesmo foram instaladas duas bobinas. A primeira com 586 espiras de fio #36 e a segunda com um total de 18 espiras de fio #22 tomando o cuidado para uma derivação na 15ª espira a contar do terra., ou a terceira a cotar do topo. O enrolamento 2-1 (fio vermelho no desenho anterior) segue exatamente o sistema que foi usado na antena da nota e o secundário, (fio azul) será iniciado no contacto 3 deriva no contacto 5 e finaliza no contacto 4. É importante que o espaçamento entre as duas espiras fique ao redor de 24 mm de espaço não usado (entre a espira do pino 1 vermelho à espira do pino 3 azul) Isto é fácil e pode ser medido corretamente pois V. iniciará o enrolamento azul pelo contacto 3 e após 3 espiras será feita a derivação para 5.

Os sentidos do bobinado são sempre iguais em ambos. Observe as figuras. O tratamento final com verniz Copal será o mesmo dispensado às bobinas anteriores

 

 

 

T3

 

Pinos

1-2(vermelho)

Resistência

249 Ohms

Diâmetro da bobina

75mm ou 3”

Altura da bobina

112mm

Indutância

Entre 11.4-13.5mH

Número de voltas

586

Padrão do fio

#36

Capacitor em série

2200PF

Pinos

3-4(azul)

Resistência

0.4 Ohms

Diâmetro da bobina

75mm ou 3”

Altura da bobina

8.4mm

Indutância

17mH

Número de voltas

18 [total] (pino 4)

Derivação desde o Terra

15 (pino 5)

Padrão de fio

#22

 

 

 

 

 

 

 

Transformador T2

 

 

 

 

Transformador T2

 

Características construtivas idênticas a T1A eT1B. Utiliza também a mesma forma de 40mm, com o mesmo comprimento de 50mm. Mesmo sentido de enrolamento e seqüências construtivas. Modificações apenas na bitola do fio e número de espiras. Siga as instruções de montagem anteriores, e...

Vide Tabela abaixo. Utilizamos colorações diferenciadas para simples identificação.

 

 

 

T2

 

Pinos

1-2    (3-4)

Resistência

não acusa

Diâmetro da bobina

40mm ou 1.5”

Altura da bobina

45mm

Núcleo

40mm

Indutância

Aprox 0.1mH cada

Número de voltas

42

Padrão do fio

#20

Capacitor fixo em 4-1

100P + 470P

Capacitor fixo em 3-2

1u

Capacitor variável em 1-Terra

CV 2  135P

 

 

 

Construção de CV2

 

 

Os capacitores variáveis

 

 

Bem agora um novo estágio. Vamos construir nossos capacitores variáveis. Para tanto utilizaremos o mesmo tipo de chapa de alumino utilizados na confecção de nossos dois chassis. Alumínio de 0.5 ou 0.7: tanto faz. Nosso cuidado é ser o mais didático possível para que qualquer um com um pouco de habilidade possa reproduzir com perfeição um novo Theremin LP. Acredito que até agora tentamos dar ao leitor todas as características com o máximo de detalhes não deixando margem a dúvidas. Os capacitores variáveis CV1 e CV2 seguem as mesmas características construtivas variando apenas no número de elementos em cada um deles.

Estes componentes são muito difíceis de serem encontrados no comércio, principalmente nos dias de hoje em que os radioamadores não mais constroem seus equipamentos. Portanto aí estão os dados devidamente mastigados.

Acredito que este estágio requer uma experiência e cuidados maiores que os utilizados em estágios anteriores, mas lembre-se que o móvel em si, há de requerer uma habilidade talvez maior que a construção destes capacitores, uma vez que o leitor encontrará praticamente os componentes necessários quase prontos para sua confecção.

Primeiramente vamos aos componentes mais críticos –São eles:

1-   Os discos do rotor.

2-    As placas do estator.

3-   Os dois suportes do rotor.

4-    O isolante principal.

 

Agora os componentes encontráveis –São eles:

1-   Niples para eletricidade 3/8”

2-   Porcas dos niples 3/8”

3-   Barra rosqueada de ¼”

4-   Porcas de ¼”

5-   Aruelas lisas de ¼”

6-   Arruelas de pressão de ¼”

 

 

Resolvemos padronizar os componentes dos dois capacitores variáveis para simplificar sua confecção.

Vamos aqui demonstrar nossos componentes críticos:

 

Cuidados a serem tomados:

Não utilize pedaços de chapa reaproveitados a menos que estejam limpos e planos.

Evite qualquer empeno nas peças a serem utilizadas.

Mantenha padronização absoluta nas arruelas utilizadas quanto à sua espessura usando todas do mesmo fabricante.

Use preferencialmente dois parafusos em metal de cabeça escariada para montar no acrílico.

Cole as duas partes dianteiras de acrílico entre si com cola de contacto.

Faça o mesmo neste conjunto e o chassi principal, fixando firmemente todo o conjunto já na posição correta com o niple dianteiro e as suas duas respectivas porcas.

Na última arruela do estator coloque um terminal com furo para promover a ligação. O rotor estará automaticamente conectado à massa.

O bloco de lâminas do rotor deverá ficar bem apertado, ajustado e suas lâminas perfeitamente paralelas entre si.  Suas porcas extremas deverão ser coladas cuidando para que não percam superfície de contacto para com os niples.

O rotor deverá ficar razoavelmente preso, isto é, com um bom atrito ao ser manipulado, para que não mude de posição ao sofrer retoque. Para tal o sistema de pressão deverá ser feito através do niple traseiro com as duas porcas

Abaixo damos as dimensões para sua confecção, logo depois as etapas necessárias para sua montagem. Na tabela as dimensões dos parafusos e eixos.

 

Os desenhos já são bem elucidativos. Estes praticamente dispensam explicações. As dicas expostas indicam apenas os cuidados após a montagem.

 

Dimensões dos discos do rotor

 

Dimensões das placas do estator

 

 

Dimensões das placas dos suportes e dos isolantes

Detalhes de espessura, vide texto.

 

 

 

 

Vistas superiores dos Capacitores variáveis montados.

Acima CV2 abaixo CV1

 

 

Vistas em perspectiva dos Capacitores variáveis

 

 

 

  

 

Niples usados como mancais em nossos Variáveis.

Comumente estes são usados como fixadores de bocais de lâmpadas.

 

 

 

 

Detalhes construtivos do rotor (3 lâminas).

Acima vemos o rotor de 3 lâminas(CV1) , o de 10 lâminas segue o mesmo procedimento, com dez lâminas em seu corpo e um parafuso mais comprido. Os eixos de ambos são formados a partir de barras rosqueadas de ¼ de polegada. As arruelas externas visam a solidez do conjunto.

 

 

Dimensionamento das partes.

O conjunto do rotor pivotará nos niples rosqueados.

 

Explodido demonstrando montagem inicial.

Observamos neste desenho o início da montagem do estator no chassis.

 

 

Guia de montagem.

Aqui a vista em corte da montagem  dos Capacitores Variáveis no chassi.

 

 

Detalhe em corte do suporte, isolador e chassi interfixado com o niple e as porcas.

 

 

Mesmo detalhe anterior com o eixo do rotor e fixação do estator.

Fixação dos Capacitores Variáveis já completa. Observe que as lâminas do rotor devem girar livremente sem contacto com as lâminas do estator. As cabeças dos parafusos de fixação do estator devem ficar embutidas  no suporte dianteiro.

 

 

CV1 e CV2

Características Gerais

 

COMPONENTES

MEDIDAS mm/un.

Porca Fina (3/8”)

Df=15, ef=3

Porca grossa (1/4”)

Dg=12, eg=6

Proeminência do eixo

S=12

Comprimento útil do eixo

L3=L1+S. =47

Espessura dos suportes em acrílico

8

Espessura do isolante em acrílico

8

Compensação na parte traseira/dianteia

C1=

Comprimento do niple

L1=35

Proeminência pós chassi

10<N<12

Arruelas padrão

Da=17, ea=2

*Capacitor variável CV 1  55P

Rotor =3 lâminas

*Capacitor variável CV 1  55P

Estator = 4 lâminas

*Comprimento total do eixo de 1/4”

115

*Comprimento dos parafusos do estator

55mm/2 1/4”

*Capacitor variável CV 2  135P

Rotor =10 lâminas

*Capacitor variável CV 2  135P

Estator = 11 lâminas

*Comprimento total do eixo de 1/4”

145

*Comprimento dos parafusos do estator

100mm/4”

*Itens diferenciados entre CV1 e CV2

 

A tabela acima complementa todos os dados dimensionais para a montagem dos dois capacitores variáveis.

 

 

Vista explodida com detalhes de todos os elementos de constituição.

 

Tipos de terminais de ligação para soldagem do fio aos estatores.

 

 

Se, todavia V. achar muito difícil a construção poderá ter uma nova dificuldade procurando estes variáveis em nosso comércio. Abaixo, um tradicional fabricante nacional.

 

Capacitores variáveis de produção nacional.

Os tipos FGT50 e FGT140 são adequados para CV1 e CV2 respectivamente.

 

 

Aqui praticamente se encerram nossas dificuldades na montagem do Theremin LP. O resto é apenas perfumaria de detalhes. Não tem como dar errado. Não tem como haverem duvidas.

 

 

O funcionamento do misturador e conformador de áudio:

 

Logo em seguida apresentamos o misturador e o conformador de áudio.

 O misturador é bem simples e é composto de duas metades de 12AU7 ligadas em paralelo à exceção das grades que recebem cada uma, o sinal de cada um de seus respectivos osciladores. Os sinais são misturados em suas placas, resultando numa freqüência diferenciada que cai no espectro audível. Este sinal, pode seguir dois caminhos: Um deles é ser injetado diretamente na amplificação de áudio, o outro, opcional, vai para um amplificador de corte abrupto composto de uma válvula 6AU6 para formar uma onda quadrada para novos efeitos sonoros, que também perfaz o circuito de amplificador de áudio. Neste ponto, um conector tipo “Cannon” com um interruptor tipo “jump”, existe para facilitar a inserção de qualquer sintetizador que se queira acoplar. 

 

 

Circuito misturador e formatador de onda quadrada.

O misturador usa as duas segundas metades do duplo triodo 12AU7.

A 6AU6 amplifica o sinal até a saturação. Este circuito é o mesmo utilizado em geradores de sinal de ondas quadradas.

 

Conexões das bases das válvulas utilizadas na etapa do circuito 12AU7 e 6AU6.

 

O funcionamento do amplificador de áudio:

 

O amplificador de áudio é absolutamente convencional Utiliza um pentodo 6BA6 na pré-amplificação e uma 6V6 no estágio de saída SE. Como peculiaridades do circuito vamos citar a auto polarização de catodo que é compartilhada com a outra 6V6 osciladora de volume e o conector P-10 usado para conexão externa de alto-falante ou fones de ouvido. Dois detalhes a mais são também dignos de nota. Em primeiro lugar usamos um pentodo de corte remoto, (6BA6) para o pré-amplificador. Isto fará com que o ganho do estágio e consequentemente de todo o amplificador seja variável através do comando na base do transistor BF547.

O funcionamento deste sistema será descrito no próximo segmento com os necessários detalhes.

Outro ponto interessante é a inserção da 6AL5 curto-circuitando progressivamente o sinal de áudio através do potenciômetro com chave intercalado em serie com a mesma. Este arranjo visa “clipar” os topos das ondas de sinal senoidal para agregar uma distorção ao sinal chamada de “Fuzz”.

Abaixo o diagrama do estágio.

 

 

 

 

 

Conexões nas bases das Válvulas de áudio: 6AL5, 6BA6 e 6V6 respectivamente.

Conexões do transistor BC547 e dos diodos 1N4007.

 

Opção de transformador.

Saída

Modelo

Primário

Secundário

Aplicação - Válvulas *

A5-48-7

5KOhms

4 e 8 Ohms

Classe A 7W 55mA - EL84, 6V6

 

http://valvestate.fateback.com/output.htm

 

 

 

 

 

O funcionamento do compressor de volume:

 

A parte ressaltada em amarelo corresponde ao “resistor” de auto polarização da pré-ampificadora 6BA6.

Aqui teremos uma degeneração natural (mas controlada) que vai propiciar uma realimentação negativa ao catodo da válvula que por suas propriedades de corte remoto, refletirá imediatamente como perda de amplificação no estágio. Este princípio é e sempre foi utilizado nos AGC (Controle automático de ganho nos estágios de freqüência intermediária de rádios e televisores). O comando (ou polarização) ao transistor é fornecido através dos pontos “x” e “y” pela corrente gerada no enrolamento 3/4 de T3. T3 será um transformador sintonizado na freqüência de T2, devidamente ajustado por CV2. Quando isto acontecer, o secundário de T3, ou seja, o enrolamento 3-5-4, produzirá o máximo de tensão que acenderá o indicador PR-2, e gerará uma polarização num dos diodos 1N4007 suficiente para polarizar a base do transistor BC547 colocando-o em condução máxima e consequentemente ao máximo ganho na 6BA6. Ao aproximar-se da antena do oscilador de volume, T3 será desintonizado, perderá sua eficiência, o enrolamento 3-5-4 entregará menor tensão, a lâmpada diminuirá de brilho luminoso, e o diodo produzirá menor tensão de polarização aumentando a resistência do transistor BC547, afetando para menor o ganho da 6BA6 e diminuindo o volume de áudio.  A variação de níveis, máximo e mínimo, é selecionada na chave de NIVEL usando os terminais 3-4 e 5-4, este último dando menor variação que o primeiro, e alterando a velocidade de decréscimo do volume. 

 

 

 

 

Voltagem de Excitação Medidas na Saída de T3, terminais x e y.

Entre 3 e 4 chave na posição 3

Variação máxima 2 volt do mínimo ao to máximo:

Sem carga
x, y
1 megohm

5 volts máximo
2 volt máximo
4 volts máximo

Entre 5 e 4 chave na posição 5

Variação máxima 1.5 volt do mínimo ao to máximo:

Sem carga

x, y
1 megohm

Variação de tensão entre

O pino 7 e o terra (6BA6)

3.9 volts máximo

1.6 volt máximo
3.2 volts máximo

 

De 4  volts à 22 volts.

 

 

Dados Técnicos sobre a lâmpada PR2

 

 

 

PR2  Bulb type

General characteristics

 

 

Filament Bulb

Lamp Voltage

Lamp Current

Cell

Lamp Life

PR-2

2.38 volt

500 ma

2 D

15 hours

Watts

Base

Length

bulb

Bulb finish

1.19W

P13.5

Flanged contact

1.25”  31.mm

B3 1/2

Clear

Category

Filament

resistence

diameter

Lumens

Incandescent miniature

C2R

4.8 ohm

0.25”  6.3mm

10.1

CP

Bead color

 

 

 

0.8

blue

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Montagem do indicador

 

 

Para tal, nos utilizaremos de um flashlight destes comuns e utilizaremos o conjunto refletor vidro e moldura como abaixo. Toda a unidade será montada no painel removível em que se colocará a pauta de leitura.

 

 

 

As duas figuras acima mostram as peças necessárias e a localização do indicador.

 

Nota: Existem no mercado variantes da PR-2 Krypton (bem mais caras) com gás criptônio que propiciam maior luminosidade.

 

 

Alternativa Técnica:

 

Com o intuito de modernizar o Theremin LP poderemos substituir as lâmpadas tipo PR por LEDs.

 

Aqui uma breve introdução:

 

Os LEDs são semicondutores emissores de luz.

Abaixo uma visualização de um dos modelos correntes, o símbolo elétrico:

 

 

   

Aparência e simbolo dos LEDs

 

Os LED são diodos e só podem ser utilizados num único sentido de corrente.

Observe que o catodo é sempre mais curto enquanto o anodo possui um lide mais longo.

São muito sensíveis ao calor, portanto cuidado ao soldá-los!

Disparam luminosidade a partir de 2 V os tipos branco e azul só acendem a partir dos 4 V.

Sua corrente não deve exceder os 20ma sob risco de queima, portanto sempre use um resistor de limitação em série para sua proteção.

Estes resistores terão valor limitador para 20ma e seus valores dependerão da voltagem aplicada, seguindo a lei de Ohm.

Abaixo damos o diagrama de ligação e equivalência para uma PR2 utilizando-se dois LEDs para aplicação em corrente alternada.

A figura seguinte mostra-os como instalados. Sugerimos a coloração amarela por assemelhar-se à iluminação de uma lâmpada incandescente de pequeno porte.

 

 

 

 

Filigrana:

Há detalhes que nenhum artigo poderá realmente demonstrar porque são minúcias que o montador experiente resolverá só por si e aí encontrará o toque da sua personalidade. Apresentamos para fechar o artigo as antenas sugeridas para o nosso Theremin LP. A antena da nota terá um puxador de gaveta decorativo em sua extremidade. Isto também protegerá de algum ferimento pela ponta da mesma.  A outra extremidade terá uma rosca de 3/8” para ser aparafusada na porca alta que será fixada na parte interna da caixa de madeira do Theremin. O painel superior deverá para isto ter um furo adequado para receber a conexão da respectiva antena. A antena de volume também pode ser feita de vergalhão de alumínio. Eis que optamos por esta solução pelo fato de tubos serem frágeis e não se comportarem bem a deformações que possam se efetuar domesticamente. As pontas da antena de volume levarão um anel limitador para posicionamento correto das mesmas. Os dois conectores, que ficarão na lateral esquerda do gabinete,serão fabricados a parir de dois parafusos de metal com cabeça sextavada com 1 1/2” de comprimento. Eles serão broqueados com uma broca de 3/8”, cortados longitudinalmente 1” paralelamente ao seu eixo, para servir de pressão aos pinos da antena.

A figura abaixo, indica as medidas e detalhes necessários para sua confecção.

 

 

 

A seguir sugerimos a colocação da porca alta de 3/8”, do furo no painel superior e dos parafusos de metal de 1/2” no gabinete do Theremin LP.

 

 

 

Detalhes.

 

 

Sugestão de posicionamento de furos conectores das antenas.

Lateral (acima) e tampa superior (abaixo).

Na parte lateral, os contactos aproveitam o espaço deixado pela bobina mais baixa.

 Furo de 3/8”

É um furo passante que permite a passagem da antena para ser aparafusada na porca alta.

 

 

 

Opções:

 

LDR Theremin

 

http://www.novacon.com.br/theremin_articles.htm

 

Comentário:

Se V. achou este projeto muito difícil, poderá optar pelo LDR Theremin na pagina cujo link indicamos acima. Com apenas duas válvulas operando na formação do tom e uma na amplificação de áudio V. já poderá brincar de Theremin. 

O controle de volume é conseguido com uma célula foto resistiva que pode ser obtida destes interruptores de luz sem uso ou comprada em algumas casas de eletrônica. O circuito em si é bem simples e bem claro. De posse dos conhecimentos aqui exposto V. já será um “expert” para monta-lo. Vamos em frente!

PS. A 6BY6 é uma boa sucedânea da 6BE6 e a EL36 pode ser substituída pela EL81 ou EL86.

 

Se V. quiser, porém incrementar nosso Theremin LP sugiro sintetizadores Metasonix. Para serem conectados através do plug “Cannon”. Veja o link:

 

http://www.metasonix.com/index.php?option=com_content&task=view&id=27&Itemid=53

 

 

 

 

Um dos muitos modelos Metasonix.

 

Aguarde novos e interessantes recursos ao nosso Theremin LP