Base geral da terminologia óptica
5ª parte
Organizado por L. Paracampo
Continuação:
Neste setor abordaremos:
Aditivos aos sistemas ópticos.
A- tipos simples:
1- De origem mecânica.
Para-sois, Foles, Tubos de Extensão, Anéis reversores.
2- De origem óptica
Filtros para: P&B, cores, universais, de efeito, outros.
1- De Origem Mecânica.
Os Aditivos mecânicos não possuem quaisquer elementos ópticos, mas alteram o comportamento das objetivas tal como ela lhe é entregue ou encontrada no comércio.
Parassóis.
Como primeira aproximação vamos descrever os parassóis. Estes visam eliminar raios luminosos existentes no ambiente que não farão parte da formação da imagem. Com isto, há uma aumento no contraste geral da imagem obtida.
O parassol é um componente de metal, plástico ou borracha que se coloca à frente da objetiva, também limitando apenas ao necessário o ângulo de cobertura da mesma. Sua parte interna é sempre preto mate para evitar e absorver reflexos.
Abaixo, diferentes tipos de parassóis simples.
Parassóis
Vemos na figura acima, da esquerda para a direita e de cima para baixo:
Parassol metálico cilíndrico para objetivas normais e pequenas teles.
Parassol de borracha dobrável , cônico para objetivas normais.
Parassol metálico cilíndrico, de diâmetro aumentado para objetivas grande angulares.
Existem também parassóis metálicos em formato quadrado, usados nas câmaras de médio formato.
Parassol metálico cilíndrico, profundo para tele-objetivas.
Parassol plástico em forma de pétala para objetivas Ultra grande angulares.
Parassol plástico em forma de pétala para objetivas do tipo zoom.
Os parassóis em pétala são desenhados assim para evitar a vinhetação mecânica nos cantos da imagem. Veja 3ªparte de Base Geral da Terminologia Óptica.
Funcionamento do parassol - Bloqueio dos raios luminosos indesejados.
Uma outra opção mais complexa e nem de todos conhecida vem a ser o Compêndio. Um parassol em forma de fole regulável para adaptação a diversos tipos de objetivas.
O Compêndio também chamado de Matte-box, normalmente tem sua frente extensível, uma sobre aba adaptável chamada de French Flag (Bandeira Francesa) e um sistema de suporte para dois ou três filtros. Opcionalmente tem provisão para máscaras divisoras e/ou obturadores dianteiros para trucagem de cenas ou ainda um suporte para a câmara, evitando que ao serem cambiadas as objetivas, tenhamos que novamente montar o parassol. Encontram seu maior uso nas câmaras de cinema ou vídeo, mas também é usado por profissionais do médio formato.
Compêndio com mascaras e montado na câmara.
Matte Box
Aqui dois modelos de “Matte Box” de nível profissional.
Abaixo vemos explodido de modelo compacto, com os diversos
anéis de adaptação.
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Tubos Extensores, Extensor Helicoidal, Fole e Anel de Reversão.
Nesta segunda abordagem veremos os acessórios que modificam o posicionamento para o qual a objetiva foi destinada a trabalhar, estes componentes, normalmente estendem a distância de montagem, ou revertem sua posição para que possamos trabalhar em distâncias muito curtas.
São eles: os tubos extensores, a helicóide de micro focalização, o anel de reversão ou o fole de alongamento, que vamos descrever.
Anel de reversão e Tubos extensores
Como vimos em “focalização” na parte 3 deste trabalho, as objetivas são focalizadas por um movimento de vai e vem sobre o eixo óptico, assim, quanto maior a distância ao plano focal mais próximo estará do objeto (Fórmulas no Anexo 6 – Outros detalhes na parte 6 em objetivas Pancráticas e Zoom). Aqui entra a função dos tubos extensores, do extensor helicoidal (helicóide de micro focalização) ou do fole. - Aumentar esta distância entre a objetiva e o plano da imagem, permitindo focalizações muito próximas.
Todavia, as objetivas são normalmente projetadas para operar a grandes distâncias, isto é, de sorte que os raios frontais não sofram grandes desvios em relação ao seu eixo. Os raios traseiros seguem outro comportamento, São feitos para serem convergidos a curtas distâncias. A figura abaixo mostra o porque dos anéis reversores.
As objetivas em geral, são projetadas com o nodo óptico próximo ao elemento traseiro. Isto se explica pelo fato que o espelho móvel ocupa muito espaço entre a objetiva e o plano do filme.
Esta interessante característica é levada com proveito. Observe que na primeira imagem da figura anterior, a objetiva esta anteposta a um tubo extensor pra aumentar a distância ao plano do filme. Na figura 2 esta objetiva foi apenas revertida e seu nodo está à mesma distância do filme proporcionado um macro equivalente sem necessidade de extensão adicional.
Na figura 3 vemos que o macro será maior com a mesma extensão desde que a lente esteja invertida. A imagem também terá melhor qualidade pos não há necessidade de forçar tanto o funcionamento dos raios luminosos, como veremos a seguir.
Na figura a seguir demonstramos o comportamento dos ângulos de convergência da objetiva nas diversas situações.
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Os tubos de extensão são compostos de anéis prolongadores e de anéis acopladores. Vemos aqui Suas partes e em especial os anéis acopladores destinados à câmara e à objetiva.
Aqui a coleção de anéis que compõem o conjunto dos tubos de extensão.
Em seus terminais os anéis de adaptação objetiva e câmara respectivamente.
Extensor Helicoidal
O extensor helicoidal posiciona a objetiva para a prefeita focalização em distâncias pré-estabelecidas, contudo, apesar de ser continuamente extensível, não admite pequenas extensões em função de suas características construtivas.
Fole, Reprodutor e Carro de movimento.
Semelhante ao Extensor helicoidal, o fole garante uma maior maneabilidade com extensões bem maiores, conseqüentemente, nos oferecendo imagens maiores para objetos menores. Vemos aqui um conjunto do fole, com o carro de movimentação, para exato posicionamento da câmara e a mesinha de reprodução por transparência, permitindo a cópia de slides ou pequenos objetos.
Aqui vemos comparativamente a função do fole e dos anéis dos tubos extensores.
Para os que desejarem saber mais sobre Macrofotografia recomendamos nosso artigo “Macroplett”.
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2- De Origem Óptica.
Filtros
Os filtros são elementos ópticos simples transparentes ou translúcidos que se agregam às objetivas que usamos. Existem para modificar a fonte de luz que produzirá a fotografia, (Jamais criarão cores, se estas não existirem na fonte de luz). Com isto, V. favorecerá a uma determinada região do espectro visível em detrimento de outros. Conseqüentemente poderemos assim obter ênfase ou anularemos algumas características na imagem final. De acordo com a construção da objetiva, os filtros poderão ficar à frente do sistema óptico (o mais comumente usado), no centro, ou posteriormente, fazendo parte do sistema óptico como um todo. Estes pequenos elementos, que nos parecem um sonho e uma brincadeira na realidade são modificadores da energia luminosa, e nos remetem à teoria dos Quanta com relação ao comportamento da Energia. Procuramos demonstrar a particularidade destes pequenos elementos sem nos prendermos a descrições comerciais e promocionais de diversos fabricantes. Procuramos também abranger ao máximo a variedade dos tipos existentes. Vamos agora iniciar a observação do comportamento de cada um dos filtros em particular.
Com as cores dos filtros poderemos modificar o contraste, a iluminação ou as cores da imagem, desta forma criar os mais variados efeitos, desde formarmos uma paisagem marciana através de um filtro vermelho ao meio dia, a criar um poente nesta mesma ocasião, usando um filtro laranja. Com um duplo polarizador amarelo-laranja poderemos criar uma atmosfera de Inverno em pleno Verão, desde que instruamos o laboratório a NÃO fazer correções na cópia acabada.
Será possível também possível através de pequenas correções dar ênfase a determinadas cores na imagem final. Usando filme em preto e branco, V. terá imagens que parecerão desenhos.
Os filtros, portanto alteram as propriedades da luz que formará a imagem final, afetando o contraste, nitidez, brilho, cor, intensidade da luminosidade, sejam sozinhos ou em combinação de dois ou mais filtros. Seus resultados podem ser previstos, uma vez que produzirão imagens semelhantes as que visualizamos através dos mesmos. Podem ser usados na fotografia de filme, no cinema, no vídeo e em fotografia digital. Os resultados finais, todavia são frutos de uma certa experiência vivida pelo usuário.
Filtros básicos usados na fotografia preto e branco e cores.
Tipos dos filtros
As fotografias em preto e branco são na verdade uma formação de imagem em tons de cinza, restando ao fotografo escolher ênfase necessária para a boa tradução de sua mensagem fotográfica. Os filtros especificamente destinados à fotografia preto e branco são na realidade controladores dos cinzas que compõem a foto, alterando bastante a hierarquia entre os padrões conscientes e pré concebidos do claro e do escuro.
Seqüência de cores para filtros básicos para fotografia em preto e branco: UV, Amarelos, Verde-amarelo, Verdes, Vermelho, Laranja, Azul, Densidade neutra*, Infravermelho* e Polarizador*.(*descritos posteriormente)
Normalmente composto por quartzo, que tem a propriedade de eliminar as altas bandas do espectro visível. Não altera as cores visíveis, mas seguem cortando nos 380nm transmitindo 29% nos 400nm e com corte em 470nm transmitindo zero porcento nos 400nm respectivamente. Quando corta nos 470nm elimina um pouco de azul, facilitando a visualização de objetos mais afastados, facilitando a visão através da névoa (haze). Porém o de 380nm é o mais utilizado.
·
K1 (#8)
, K2 e K29(#15 )(Yellow)
(Amarelo) em três níveis.
melhora o contraste entre céu e nuvens e os primeiros planos. É quase um filtro
obrigatório para melhor contraste dos objetos de cena. Imprescindível para
render um balanço mais natural das cores principalmente nos filmes
ortocromáticos.
·
G (#16
)(Orange) (Laranja)
Feito para aumentar os contrastes entre os vermelhos e os amarelos,
quando usado em filme a cores proporciona um poente espetacular em pleno
meio-dia.
·
X0,
X1 (#11), X4 (Green)(Verde) em três níveis.
Promove sempre um melhor tom da pele e facilita detalhes em vegetação.
· 25A and #29 (Red)(Vermelho)
Clareia os tons vermelhos e escurece os demais proporciona um forte impacto noturno à foto enegrece o céu e torna as nuvens brilhantes.
Assim, portanto, cores iguais (filtro-objeto) clareiam o objeto. Cores complementares, escurecem.
Cores complementares dos filtros: verde X vermelho; laranja X azul; violeta X amarelo. Um filtro laranja escurecerá o céu e clareará objetos laranja. O filtro azul produzirá efeito reverso. Lembre-se que a sub-exposição aumenta o efeito dos filtros.
Vemos abaixo tabela de filtros para filmes P&B com seus respectivos fatores e comprimentos de onda.
No anexo 4 exibimos a tabela geral Wratten de filtros da Kodak.
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Filmes projetados para luz do dia são balanceados paras as três cores básicas diferentemente dos filmes para luz artificial. O primeiro tem uma depressão de sensibilidade ao azul o segundo, possui esta mesma depressão para o vermelho.
É um pouco difícil definir a exata fronteira destes filtros, pois na realidade, e simplificando a definição geral, o filtro compensador é um corretor minimizado, e o corretor é um compensador reforçado. No transcurso do texto, o leitor entenderá com precisão, uma vez que cada um destes filtros estará suficientemente bem definido.
· Primeiros tipos de filtros para filmes em cores.
·
80A, 80B, e 80C
Wratten #80 (azuis) conversores
Os filtros da série 80 aumentam a temperatura de cor do ambiente para que se
possam usar filme tipo luz do dia em luz artificial. O 80A se utiliza em
iluminação de 3200°K (lâmpadas de filamento), o 80B em iluminação de 3400°K
(lâmpadas tipo fotoflood) e o 80C em iluminação de 3800°K (lâmpadas tipo flash).
todos aumentando a temperatura de cor para 5500°K que é o padrão para filmes luz
do dia.
·
81A, 81B, e 81C
Wratten #81 (amarelados) de balanço ou compensadores
Os filtros da série 81 são usados para reduzir o excesso de azul quando filmando
ou fotografando a altas altitudes, abaixando respectivamente 500, 750 e 1000°K
(na região dos 7000°K) em ambientes de forte iluminação.
·
82A, 82B, e 82C
Wratten #82 (azulados) de balanço ou compensadores
Os filtros da série 82 são usados para reforçar o azul ausente quando filmando
ou fotografando em ambientes de iluminação que não correspondem aos padrões de
luz artificial conhecidos. Estes filtros aumentam a temperatura da fonte
luminosa em respectivamente 250, 375 e 500°K (na região dos 4000°K) para os
ajustes necessários.
·
85A, 85B, e 85C
Wratten #85 (ambares) conversores
Os filtros da série 85 diminuem a temperatura de cor do ambiente para que se
possa usar filme tipo luz artificial em luz do dia. O 85A se utiliza em filmes
tipo A balanceados para 3200°K, o 85B em filmes tipo B balanceados para
iluminação de 3400°K e o 85C com filmes tipo C balanceados para em iluminação de
3800°K. Todos estes filtros diminuem a temperatura de cor ambiente de 5500°K
(luz do dia).
· Filtros Decamirados (Decamired filters)
Após o lançamento dos filtros acima descritos, os fabricantes resolveram lançar os filtros do tipo “Decamirados”, com o intuito de simplificar o sistema de correções e compensações. O primeiro sistema é ainda o mais usado pelos amadores experientes, enquanto estes que aqui descrevemos, é quase que somente usado pelos profissionais, contudo, a empresa alemã Gossen, tradicional fabricante de fotômetros especiais, a recomenda para todos os usos. Veja tabela abaixo.
Decamired, nome obtido de “micro reciprocal degrees” e conhecidos como “filtros Decamirados” no jargão dos cinegrafistas, Lançados nos finais dos anos ’30 , pela Harrison & Harrison e produzidos também por diversas firmas americanas tais como a Enteco a Chess-United e a Tiffen, foram projetados para facilitar a vida do usuário. São projetados parara serem conjugados e formar toda a gama necessária para os diversos usos nas mais diversas condições.
Um filtro que produz uma variação de temperatura de cor de 100°K em 3400°K produzirá uma variação de 1000°K em 10.000°K. Isto ocorre porque a escala de variação visual de cores é logarítmica, e uma variação de 100°K em temperaturas elevadas simplesmente não será notada.
Para simplificar os cálculos destas diferenças, convertemos a temperatura de cor para um número recíproco para que possamos ter uma escala linear com valores unitários. Desta forma, como os números terão seis ou mais casas decimais, multiplicamos estes números por 106 (um milhão) por conveniência. Estes serão os valores “mirados” que identificam a mudança específica que será introduzida pelo filtro sem nos preocuparmos particularmente com a real mudança de temperatura..
Para se ver mais claramente, observemos as variações de temperatura de cor em graus Kelvin e valores “mirados”. Números em graus Kelvin, e valores “mirados” em parêntesis:
De 9100 (110) à 5900 (170) = diferença de 3200 (60)
De 4350 (230) à 3450 (290) = diferença de 900 (60)
De 4000 (250) à 3200 (310) = diferença de 800 (60)
Como
podemos ver, apesar da diferença em graus °K variar substancialmente, a
diferença de filtragem em valores “mirados” é sempre a mesma.
O uso torna-se extremamente simples, pois será suficiente subtrair o valor
“mirado” da fonte de luz pelo valor “mirado”do filme. Números positivos
indicarão necessidade de filtros vermelhos; números negativos, use filtros
azuis. Os números dos filtros decamirados correspondem a uma décima parte
da variação em valores “mirados”. Assim um filtro que desloca 60 pontos, será
um R6 por exemplo. Os jogos de filtros vem nos valores de 1.5, 3, 6, and 12
decamirados em cores B (azulados) e R (avermelhados). São números aditivos;
isto é, um par de R3 produzem um R6. Um R6 mais um R12 produzirá um R18. Um R6
mais um B6 vão-se cancelar produzindo um filtro cinza neutro.
Filtros nunca adicionam cores, apenas absorvem certos comprimentos de onda para manter uma proporção relativa entre elas, de sorte que sejam agradáveis à nossa visão. Para que possamos ter um espectro final razoável é necessário que a fonte luminosa possua todos os comprimentos que visualizamos, Algumas fontes são incompletas e não há filtro que possa resolver a questão. Isto é particularmente real em fontes luminosas com lâmpadas de metal-halogeneto e até mesmo em luzes fluorescentes, uma vez que não possuem um espetro contínuo (isto é, não possuem todas as cores do espectro visível). Neste caso, será feito o possível para disfarçar a deficiência, mas os resultados podem vir a dar diferentes resultados no filme.
As lâmpadas fluorescentes produzem um tom esverdeado. Não há exatamente como saber, pois cada fabricante e cada série produz uma tonalidade diferente. Pela média geral, poderemos dizer que a utilização que dois filtros básicos equilibrarão com bastante qualidade os resultados finais.
Para uso com filmes do tipo luz do dia em ambientes iluminados com fluorescente.
· FL-B (FL-W)
Para uso com filmes do tipo luz artificial em ambientes iluminados com fluorescente.
Ambos são filtros violeta. Este último com maior tendência ao vermelho.
Múltiplos sistemas de iluminação causam uma perda do parâmetro para o cálculo e avaliação básicos da fonte iluminadora. A chave da questão é tentar homogeneizar a cena, para isto, veremos a fonte de iluminação predominante e corrigiremos para esta condição, complementando para o resíduo então formado.
Abaixo tabela de utilização para filtros tipo Decamirados.
Tabela de compensação de filtro a cores sugerida pela Gossen/Tiffen/Rollei
Adaptação L. Paracampo
Tipos existentes:
Coral-1/8...-47
Coral-1/4...-62
Coral-1/2...-70
Coral-1......-86
Coral-2.....-106
Coral-3.....-133
Coral-4.....-144
Coral-5.....-169
Coral-6.....-195
Coral-7.....-234
Coral 8.....-298
Os filtros compensadores subaquáticos absorvem os comprimentos de onda mais curtos da luz deixando passar os mais longos, propiciando um balanço adequado das cores submarinas.
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A Estrela das Cores
Como as cores funcionam
Para melhor compreender o funcionamento das cores, aqui apresentamos a Estrela das Cores, cujo bom entendimento favorecerá o sistema de compensação e o entendimento das diversas ações dos filtros em particular.
Aqui apresentamos a Estrela das Cores. Ela é fundamental para o conhecimento do funcionamento do registro das cores em todos os sistemas de registro, sejam filmes ou sistemas eletrônicos. Abaixo uma figura da distribuição das cores espectrais para comparação visual. Observe que as cores se fundem com os mesmos tons nas regiões do Infravermelho e do Ultravioleta. Com as explicações abaixo V. poderá deduzir o mecanismo de funcionamento das cores.
Ponta voltada para cima:
Existem três cores Fundamentais. Estas juntas reproduzem o branco. São elas:
Vermelho, Verde e Azul. O Verde é o centro do espectro. É a cor mais visível.
Estas três cores, reproduzem todas as demais.
Ponta voltada para baixo:
Existem três cores Complementares. Estas juntas reproduzem o preto. São elas:
Amarelo, Ciano e Magenta. O Magenta é complemento do Verde e é a cor menos visível.
O fundo da Estrela é o Cinza neutro 18%.
Cada uma das cores nas pontas opostas da estrela reproduz o Cinza neutro.
Assim: O Vermelho e o Ciano; o Amarelo e o Azul; o verde e o Magenta, vão reproduzir o Cinza neutro.
Temos as cores intermediárias:
Entre o Vermelho e o Amarelo, teremos o Laranja
Entre o Amarelo e o Verde, teremos o Verde-amarelo
Entre o Verde e o Ciano, teremos o Azul-verde
Entre o Ciano e o Azul, teremos o Azul claro ou Anil
Entre o Azul e o Magenta, teremos o Violeta
Entre o Magenta e o Vermelho, teremos o Rosa
As cores primárias reproduzem as secundárias,
Conseqüentemente todas as demais.
Entre o Vermelho e o Verde teremos o Amarelo
Entre o Verde e o Azul teremos o Ciano
Entre o Azul e o Vermelho teremos o Magenta.
A cor Entre duas delas, é formada pela mistura de ambas.
Na teoria, teremos sempre que manter esta Estrela equilibrada para que possamos ter um bom desempenho das cores na imagem final. A ausência ou predominância de uma delas altera o equilíbrio vetorial da Estrela. Aí entram os filtros para re-equilibrar o sistema.
A predominância do Verde, do Ciano ou do Azul, torna a imagem “fria”.
A predominância do Magenta, do Vermelho ou do Amarelo, torna a imagem “quente”.
Filtros tricolores padrão RGB para separação de cores.
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·
UV
1B
Este é o único filtro que bloqueia o espectro correspondente ao seu nome. Isto
é, não deixa passar os raios ultravioletas. Nos demais filtros, azul, vermelho,
amarelo, seus nomes são dados em função dos raios luminosos que os mesmos
favorecem. Correspondem aos mesmos UV e UVa descrito na parte dos filtros para
preto e branco.
·
Skylight
Este é exatamente o filtro anterior, porém com intenção em aquecer ligeiramente
a imagem bloqueando também o azul na faixa dos 460nm.
Ligeiramente ambar.
·
Neutros ND ou Densidade
Neutra
Tecnicamente falando não são exatamente filtros, mas protetores de luminosidade.
São feitos em vidro óptico de alta qualidade. Não afetam o balanço de cores, mas
diminuem homogeneamente a luz passante. São produzidos em diversos graus: 2X,
4X, e 8X, bloqueando o excesso de luz e permitindo menor profundidade de foco.
Ao fotografar em condições de extrema luminosidade, como ao sol das praias do
Ceará (e próximo ao Equador) nas regiões de neve, torna-se indispensável o uso
destes filtros. Oferecem uma maior mobilidade na exposição. São elas:
São feitos para trabalhos com filmes especiais sensíveis nesta região do espectro. Normalmente são usados para penetrar nas nuvens em fotografias aéreas sejam para uso aerofotogramétrico ou militar. Pode ser usado indistintamente com material preto e branco ou a cores. Gravam imagens obtidas pela emissão de calor. Eliminam toda a radiação visível deixando passar apenas ondas invisíveis, tais como as emitidas por seres vivos, eliminando a possibilidade de quaisquer camuflagens visuais. Usados em conjunto com os filtros convencionais para preto e branco, alteram o contraste e a cor. São filtros típicos desta série os Wratten #87, #87C ou #89B (veja anexo 4) que proporcionam total absorção da luz visível transmitindo apenas o infra vermelho. Os resultados variam de acordo com o tipo de filme usado.
O filtro polarizador é usado na fotografia a cores e preto e branco, usa-se para escurecer céus claros. As nuvens ficam relativamente inalteradas, o contraste entre as nuvens e o céu aumenta. São também reduzidos o embaçamento atmosférico e a luz solar refletida. Em fotografias em cores, aumenta a saturação. Os polarizadores são usados freqüentemente em situações que envolvem reflexos, tais como aquelas que incluem água ou vidro, fotografias através de janelas de vidro (este usa o fenômeno do ângulo de Brewster).
Os polarizadores são um tipo de filtro cujo uso torna-se limitado na fotografia digital, pois seus resultados visuais não são respondidos pelos sensores CCD, principalmente em se tratando de cortes de reflexos, exigindo tratamento simulado de software, que, contudo não atingirão exatamente os resultados esperados.
Há dois tipos de filtros polarizadores. O primeiro é o polarizador linear que transmite um dos dois estados de linearidade da luz polarizada. Há também o "polarizador circular" (chamado às vezes de filtro CPL), da mesma forma, seleciona um estado linear mas converte-a em luz polarizada circular por meio de uma camada birefringente (tipicamente por uma camada de um quarto de onda) que segue o polarizador linear no próprio filtro.
Os sensores de exposição e de auto-foco em determinadas câmeras, incluindo virtualmente todas as SLR auto-foco, não trabalharão corretamente com polarizadores lineares porque o espelho ou os divisores de luz usados para separar a luz para focalizar e medir a exposição são dependentes da polarização natural. Os polarizadores circulares trabalham com todos os tipos de câmeras, porque os espelhos e os divisores de luz refletem a luz dos polarizadores circulares da mesma forma que se estas não fossem polarizadas.
O filtro polarizador circular é um polarizador linear ao qual foi adicionado, nas coberturas superficiais (coatings) uma película de um quarto de onda. Esta é chamada de "retarder" (retardadora) Isto age com um "saca-rolhas" no plano de polarização, eliminando o problema da birefringencia.
Simplificando: Há são dois tipos de filtros polarizadores, o polarizador linear e o circular. A maioria dos polarizadores circulares tem uso direto nas câmeras de SLR digitais devido ao uso dos divisores de luz. As câmeras digitais simples (não-DSLR) em geral não usam divisores de luz, e, em conseqüência, podem usar os dois tipos de filtros (isto é, linear ou circular). Os filtros polarizadores podem realçar imagens obtidas em exteriores através do aumento da saturação do contraste e das cores, também eliminam reflexos de vidraças e de outras superfícies não metálicas, e escurecem o céu azul.
A descrição da forma de onda da luz define a luz não-polarizada como vibrando em uma escala de 360 graus ortogonal ao seu sentido de trajeto (propagação). A luz polarizada é definida como vibrando em somente em um de seus planos ortogonais. O filtro polarizador permite que apenas um plano passe completamente bloqueando todas as demais vibrações. É montado em anéis concêntricos móveis para permitir o alinhamento conforme necessário. Se ele for alinhado perpendicular ao plano de vibração do brilho refletido polarizado, o brilho será bloqueado. O resto da luz, e os reflexos verdadeiros das cores vibrando em outros sentidos, passarão completamente independentemente de como o filtro polarizador for girado. O resultado é que as cores serão mais fortemente saturadas, quer dizer, se tornarão mais escuras. Este efeito varia quando você gira o polarizador com um quarto de volta, o que produzirá a variação completa do efeito.
Os filtros polarizadores exigem uma compensação da exposição de aproximadamente 1-1/2 a 2 pontos de abertura de acordo com a orientação que estiverem. Podem ser usados também com outros filtros tais como os conversores do tipo 85 ou quaisquer outros.
Os melhores resultados ocorrem em um ângulo de 33 graus de incidência da superfície refletente. Neste caso, o polarizador mostrará o máximo efeito. Não é aconselhável remover todos os reflexos. Esta preservará o sentido da imagem. Um close-up de uma rã na água aparecerá como uma rã fora d’água sem alguns reflexos indicadores.
Filtro polarizador comum
Talvez o efeito mais conhecido dos polarizadores é o escurecimento do céu. Mas nem todo o céu poderá ser escurecido. Uma regra simples será seguir a figura abaixo. Aponte seu dedo indicador para o Sol. Extenda seu polegar a 90°. A objetiva da câmara verá a região mais escura em qualquer posição da direção do polegar.
Após determinar a posição do efeito máximo, coloque sua câmera e gire o anel do filtro polarizador. V. verá no visor a mudança das cores. Componha a imagem e obtenha o efeito desejado. Registre a foto.
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Aqui serão descritos filtros de uma outra variedade, filtros que efetivamente modificam a imagem final. Estão fora das correções, ênfases ou compensações. Estes criam uma imagem fora da realidade, que só existem na mente do autor.
Filtros diferenciados.
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· Filtros suavizadores. Em geral possuem anéis circulares são do tipo do Zeiss Softar, por sua vez oriundos dos DUTO (DUlovits TOth) primeiros inventores do processo. Podem também possuir pequenas grades gravadas. Destinam-se a suavizar o contraste e a definição e criar um certo brilho às imagens, tornando-as mais românticas.
· Filtros Difusores. Semelhantes aos anteriores, são usados para obter um efeito 'soft focus', e existem em diversas gradações. Trabalham difundindo a luz durante a formação da imagem. Proporcionam um efeito difuso como o de um sonho. Chega a remover os detalhes dos rostos das pessoas. Superpõe a imagem focalizada com uma sem foco, borrada proporcionando um efeito interessante. Trabalham como se usássemos uma meia fina a frente da lente para minimizar a nitidez, faz as pessoas se tornarem jovens e sem defeitos, Assemelham-se ás antigas lentes de portrait proporcionando uma difusão seletiva à imagem. Abaixa o contraste, mas continua oferecendo uma imagem relativamente nítida. São produzidos com uma fina malha gravada no vidro que proporciona o mesmo efeito da meia, usada há muitos anos. Existem em grades largas, ou mais finas, em branco, ouro ou negras, propiciando, portanto efeitos variáveis de acordo com desejo do fotógrafo. São produzidos com variação construtiva com o centro-claro ou com o centro-cego destinados a dar grandes opções de resultados, principalmente em lentes de grandes focais, alterando o fundo da fotografia. Uma outra variação construtiva consiste em substituir a grade por pequenas bolinhas imitando pingos de chuva, o que propicia um outro efeito interessante. Estes pingos que são oferecidos em diversos tamanhos também existem em negro e ouro.
· Placas Difusoras. Trata-se de placas grandes nas quais são gravados padrões crescentes da malha difusora ou dos pingos de sorte que o fotografo poderá rapidamente mudar o nível de difusão desejado para a cena.
· Filtros tipo tela. Também possuem efeitos similares. Consistem numa tela suave de um tecido equivalente a uma meia de nylon entreposta entre dois vidros. Com tecido branco, espalha as altas luzes para as áreas escuras e com tecido negro, dá o efeito contrário.
· Filtros Esfumaçado, Esfumaçado duplo e Umidade. Tentam reproduzir o brilho das luzes nestas condições. Assim o Esfumaçado mimetiza gotas d’água no ar, com maior ou menor intensidade O filtro Umidade produz um halo luminoso semelhante a objetos úmidos após uma chuva.
· Filtros para Controle de Contraste. Filtros de baixo contraste criam um reflexo localizado. Filtros se contraste suavizado possuem um filtro neutro parcial para diminuir o brilho natural de certas áreas de cena. Filtros de ultracontraste usam a luz do ambiente para iluminar todas as sombras mantendo uma imagem em um gradiente de iluminação muito próximo.
· Filtros Estrela. Tratam se de vidros com linhas gravadas. Ao se terem imagens com pontos luminosos, aparecem estrelas, mas exigem o diafragma bem fechado. São fornecidos com as mais diversos tipos de cruzamentos para darem 2 estrelas, 4 estrelas, 8 estrelas também para prover uma difusão geral em retratos de pessoas.
· Filtros Brilho de Estrela. Também semelhantes aos anteriores possuem pequenas cruzes gravadas formam um brilho especial nas áreas mais iluminadas, e uma pequena suavidade na imagem final, Existem com efeitos diferenciados tais como estrelas de quatro pontas, seis pontas, etc.
· Filtros Multi-imagem. São prismas que postos sobre as objetivas, quebram os raios luminosos reproduzindo várias imagens iguais. Existem das mais diversas formas geométricas reproduzindo os mais variados efeitos.
· Filtros de efeito borroso ou tremido. Simulam movimento e ação. Também em diversos níveis de efeito.
· Ponto Central (Center Spot). Proporciona o primeiro plano focalizado com o fundo borrado ou difuso. Usa-se para o Portrait. Acentua os detalhes da face. Na realidade trata-se de uma lente de close-up com uma abertura central circular. Isto desfoca toda a periferia da foto. Existe também em versão com a lente despolida para causar um efeito mais pronunciado da região difusa
· Centro Suave (Center Soft). Age de forma contraria ao anterior, bloqueando a nitidez dos raios centrais. Trata-se de uma pequena lente de close-up colada em um vidro plano. Esta impede a focalização correta dos raios centrais, mas mantém a focalização da coroa da objetiva, criando uma superposição desorganizada de imagens eu causa um desfoque generalizado, sem, contudo perder a nitidez básica. Interessantemente, este sistema diminui a profundidade de foco ao fechar o diafragma. Existe também em versão com a lente central despolida, nesta, o efeito é mais suave.
· Arco Íris por interferência (Rainbow Spot). Muito semelhantes aos suavizadores de pequenas linhas gravadas, este filtro possui 1.270 linhas finíssimas paralelas que agem como o brilho do disco LP e do CD refletindo cores do arco íris. V. orienta na posição desejada.
· Meio campo. Não é exatamente um filtro, mas uma chapa central metálica destinada a limitar o campo de visão da objetiva. Destina-se a facilitar a montagem direta na câmara de duplas exposições com efeitos variáveis.
· Arco íris. Diferentemente do arco íris por interferência este possui a coloração pintada no canto de sua superfície. Aqui V. controla a posição das cores do arco íris na fotografia. È mais eficiente quando usado com a Grande angular.
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Alguns tipos de filtros de efeito
Outros de filtros suavizadores: pingo de chuva e “efeito de pele”
Outros de filtros de efeito
Alguns tipos de máscara
Alguns filtros de uso especial.
Filtros prismáticos de efeito múltiplo, de borrosidade e bicolores polarizados.
Alguns tipos de filtros prismáticos: 3 paralelo, 3 radial e 5 imagens
Vários tipos de filtros prismáticos de múltiplas imagens
Nos diagramas acima vemos o esquema de funcionamento dos prismas de efeito.
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· Lentes Especiais
· Para campo dividido
Aparentemente estranhas estas
lentes são na realidade as mesmas lentes anteriores divididas ao meio. Desta
forma, metade da lente pode obter uma imagem distancia e a outra metade um
objeto próximo, estas se fundem na imagem, sempre mantndo um foco razoável na
imagem final.
As figuras abaixo ilustram o funcionamento destes elementos.
Freqüentemente é necessário ou desejável balancear a intensidade clara em uma porção de uma cena com outra, nas situações onde você não tem o controle do claro total, como em exteriores brilhantes. Expor para o primeiro plano produzirá um céu lavado, super exposto. Expor para o céu sairá com o primeiro plano, sub-exposto. Os filtros do ND gradativos são a resposta para o problema. Estes possuem uma transição contínua de fator. Isto permite que a variação de iluminação se torne misturada na cena e quase imperceptível.
Um ND 6 com diferencial de dois pontos, sempre compensará a situação brilhante do céu com o primeiro plano. Estes filtros estão também disponíveis em combinação de cores, onde o filtro inteiro é, um Wratten 85, possuindo uma densidade neutra escalonada. É conhecido como 85N6. Isto permite que um filtro substitua a necessidade de dois. Os filtros do tipo gradativos vêm geralmente em três tipos da transição. O mais usado geralmente é o de gradação "suave". Tem suficiente área de transição para que as luzes de misturem uniformemente na maioria de cenas, mesmo com o uso de uma objetiva grande angular (que tende a mostrar a transição na imagem). Um comprimento focal longo, entretanto, somente verá o centro de transição do filtro. Para isto existem os filtros de transição “duros” onde uma atenuação rápida se faz necessária. Os melhores filtros são os de tipo quadrado com movimentação da placa graduada, onde V. poderá escolher a gradação necessária.
São produzidos em vários tipos de cores atenuadas: Azul degradé, Laranja degradé e Verde degradé.
Os primeiros filtros do tipo degradé foram prduzidos pela Rollei já em 1933
Acima papel da patente.
Vários tipos de filtros sépia graduados (graded filters)
Color-Grad Blue
Color-Grad Sunrise Color- Grad ND6
Existem também nas cores:
Cinzento - azul - tabaco - malva - cor-de-rosa – verde-esmeralda - amarelo - Grad FLW - Grad FLD - névoa - Amarelo Cintilante – Laranja Cintilante - Vermelho Cintilante - Azul Cintilante – Malva Cintilante – cor-de-rosa Cintilante degradé
Estas versões são também fornecidas em filtros tipo placa conforme anteriormente explicado.
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·
Fatores de Filtros
Todos os filtros (excluindo os difusores ou as lentes de aproximação, que
não são realmente filtros) permitirão que alguma luz passe mas impedirão outros
comprimentos de onda (cores). Por essa razão existe 'o fator do filtro', que é a
medida da quantidade de redução da luz. Este fator varia desde o quase
insignificante (filtro levemente tingido para correção de cores) a muito alto
(filtro vermelho profundo) este fator é normalmente gravado na montagem do
filtro ou nos filtros de resina ótica gravados ou impressos na própria borda do
filtro. ' 2X ' ou ' X2 ' significa um fator de 2, ou seja necessita a abertura
de 1 diafragma. Se sua câmera tiver medição automática, na teoria ao menos, o
fator do filtro será medido automaticamente pelo fotômetro da câmera. Eu digo na
teoria porque os sistemas de medição não são igualmente sensíveis a todas as
cores, o que nos conduzirá a uma medida incorreta. A resposta mais segura se faz
através da leitura sem filtro, por exemplo: lê-se 1/125 com f11. Coloca-se a
câmera na modalidade manual e se ajusta a 1/125 com f8 com o filtro. Agora – se
por exemplo o fator do filtro for X4 (2 pontos de diafragma) ajuste a velocidade
do obturador em 1/60 com f8 ou 1/125 com f5.6. No primeiro caso abaixamos 1
ponto no diafragma e 1 ponto na velocidade , no segundo, abaixamos os dois
pontos no diafragma.
Com película, haverá períodos em que contar com o laboratório será a única escolha, o que poderá produzir alguns efeitos incomuns. Quando numa situação de baixas luzes, em exteriores e usando película do tungstênio, pode ser necessário usar o filtro 85 e corrigir posteriormente na impressão. Quando você faz isto, os tons cinzentos neutros aparecerão ligeiramente amarelos, apesar de todos os outros tons estarem corretos. Este efeito pode ser usado para realçar artificialmente as cores verdes das folhas através da pequena adição de amarelo.
Com as câmeras de vídeo que podem automaticamente corrigir o balanço do branco, use filtros para corrigir ao menos parcialmente até a cor mais próxima do que a câmera é capaz. Isto fará com que os circuitos da câmera se acomodem mais facilmente a correção necessária, e permitirá um alcance adicional para outros efeitos de cor que não possam ser possíveis de outra maneira.
Possuem materiais orgânicos ou inorgânicos em sua massa. Estes absorvem alguns comprimentos de onda, deixando passar os demais. Ex. “Filtro Didymium”
Dicróicos ou reflexivos os de película fina refletem a porção não desejada do espectro, deixando passar as demais.
Usam-se para trabalhos científicos pois oferecem o controle preciso da luz.
São também usados como prismas da câmara para separar a luz em dois feixes ou com deferentes comprimentos de onda.
Os filtros dicróicos podem ser feitos com “coatings” específicos que ressonam em comprimentos de onda escolhidos Podem também ser usados para cancelar comprimentos de onda indesejados Ex. “Filtro UV para NASA”
· Monocromáticos (Monochromatic)
Os monocromáticos permitem apenas a passagem de estreitos comprimentos de onda. Ex: “Filtros para Separação de Cores”
São filtros que absorvem calor bloqueando o infravermelho e os comprimentos de onda da luz visível , usam-se em projetores de slides e outros tipos de projetores onde a lâmpada incandescente gera muito calor Usam se também em câmaras de vídeo para absorção do infravermelho, para o qual os sensores de imagem possuem grande sensibilidade. Ex: “Filtros Opacos e Quase Opacos”.
“Filtro UV para NASA” Advanced Image Quality Space-Qualified Ultraviolet Interference Filter (Courtesy-NASA/JPL/Caltech)
Os ultravioleta bloqueiam o s raios UV que causam o brilho ofuscante das imagens distantes e prejudicam a visão humana . Filtros UV com tratamento dicróico podem enfatizar ou anular comprimentos de onda específicos A foto acima, mostra filtros Ultravioleta (UV) produzidos para a NASA com estas características. Note que ao refletirem num vidro comum produzem colorações outras não visíveis pela transparência direta.
Os filtros neutros da densidade (ND) têm uma atenuação constante em toda a escala de comprimento de ondas visíveis, e são usados para reduzir a intensidade da luz refletida ou absorvendo uma parcela dela. São especificados pela densidade ótica (OD) do filtro, que é o negativo do logarítmo comum do coeficiente da transmissão. São úteis para fazer exposições fotográficas mais longas. Um exemplo prático é fazer uma cachoeira parecer em movimento quando é fotografada em luz brilhante. Alternativamente, ao adicionar um filtro ND o fotógrafo poderá usar uma abertura maior (para limitar a profundidade de campo). Os filtros ND podem ser do tipo reflexivos (semelhantes a espelhos parcialmente reflexivos) ou de absorção (cinzentos ou pretos).
Estes filtros são especificamente sintonizados para deixar passar uma banda específica neste caso, as freqüências baixas do espectro, Produzem um corte abrupto a 50% do máximo de transmissão nas freqüências mais altas. Uso: Microscopia Fluorescente, em conjunto com espelhos dicróicos e filtros de emissão.
Estes filtros agem de maneira inversa deixando passar as altas frequencias e embarreirando as baixas. Utilizam-se para visualisar a região dos ultravioleta. São filtros de interferência óptica. Uso: Microscopia Fluorescente, mm conjunto com espelhos dicromáticos e filtros de excitação.
A combinação de dois filtros anteriores produzirá um filtro destinado a passar oma banda escolhida do espectro. Estes filtros são em geral muito densos e deixam passar pouca luz a densidade, porém dependerá das camadas utilizadas e da banda passante requerida.
Os filtros polarizadores já foram aqui descritos, e existem dois tipos o circular e o comum, vamos aqui dizer outros usos dos mesmos. Estes filtros podem ser de vidro ou com uma folha “polaroide” entre vidros. Este é como o anterior onde cristais de “hetaparite” estão dissolvidos em massa de “celulóide”. São usados além da fotografia em óculos para motoristas evitando o cansaço visual causado pelos reflexos. Um outro uso é a aplicação na fotografia tri-dimensional quer em projeção quer para óculos de visualização, substituindo os antiquados Vermelho/Verde utilizados nos anaglifos. Existem também os duplos polarizadores para escurecimento progressivo atuado como filtros neutros programados, ou filtros para fundidos de cena (saída de uma cena e entrada de outra). É a base da célula de Kerr que veremos no anexo 4.
O processo de efetua pela angulação entre as duas lâminas de filtro. O mesmo sistema é também empregado para os filtros polarizados bicolores acima mencionados.
O mesmo princípio é usado para selecionar as imagens do olho esquerdo e direito na visualização tridimensional (3D)
· Outros filtros?
Simplesmente invente o seu!
Tabela de conversão de nomes dos
filtros Inglês /Português.
Nome da cor em Inglês ......................................... |
Tradução e características ........................................................................................................................ |
opaque |
Opaco deixa apenas passar os raios infravermelhos. |
near-opaque |
Quase-opaco deixa apenas passar os raios vermelhos longos e infravermelhos. pARA PELÍCULAS OU VISUALISAÇÕES ESPECIAIS |
Infra-red |
Infra vermelho pARA PELÍCULAS ESPECIAIS |
dark grayish amber |
Cinzento-ambar escuro – DE EFEITO |
amber |
ambar PARA CORREÇÃO OU–DE EFEITO |
red |
vermelho PARA P&b OU PADRÃO DE CORES |
light red |
Vermelho claro PARA P&b OU EFEITO |
deep orange |
Laranja profundo PARA P&b OU EFEITO |
orange |
laranja PARA P&b OU EFEITO |
pale orange |
Laranja pálido PARA P&b OU EFEITO |
yellow-orange |
Amarelo-laranja – DE EFEITO |
pale yellow |
Amarelo pálido – DE EFEITO |
light yellow |
Amarelo claro PARA P&b OU EFEITO |
yellow |
amarelo PARA P&b OU EFEITO |
deep yellow |
Amarelo profundo PARA P&b OU EFEITO |
yellowish-green |
Amarelado-verde PARA P&b OU EFEITO |
yellow-green |
Amarelo-verde PARA P&b OU EFEITO |
deep green |
Verde profundo PARA P&b OU EFEITO |
green |
verde PARA P&b OU PADRÃO DE CORES |
light green |
Verde claro PARA P&b OU EFEITO |
light blue-green |
Azul-verde claro – DE EFEITO |
pale blue |
Azul pálido PARA P&b OU EFEITO OU CORREÇÂO |
blue |
azul PARA P&b OU PADRÃO DE CORES |
deep blue |
Azul profundo PARA P&b OU EFEITO |
light blue |
Azul claro PARA P&b OU EFEITO |
magenta |
Magenta (rosa-choque) – DE EFEITO |
violet |
violeta – DE EFEITO |
grayish |
acinzentado – DE EFEITO |
UV |
UV ULTRA VIOLETA PARA P&b |
UVa |
UVa ULTRA VIOLETA DE CORTE BAIXO PARA P&b OU CORES |
Skylight |
Luz do céu UV TINGIDO DE AMBAR PARA P&b OU CORES |
Outras cores e tipos |
Gray - blue - tobacco - mauve - rose - emerald-green - yellow - Grad FLW - Grad FLD - mist - Yellow Sparkling - Sparkling Orange - Red Sparkling - Blue Sparkling - Sparkling Mauve - rose Sparkling degradé Glare
Cinzento - azul - tabaco - malva - cor-de-rosa – verde-esmeralda - amarelo - Grad FLW - Grad FLD - névoa - Amarelo Cintilante – Laranja Cintilante - Vermelho Cintilante - Azul Cintilante – Malva Cintilante – cor-de-rosa Cintilante degradé
|
yellowish |
amarelados |
bluish |
azulados dECAMIRADOS SERIE b |
ambers |
ambares DECAMIRADOS SERIE R |
corals |
corais TIPOS CORAL – MINI COMPENSADORES |
orangish |
alaranjados COMPENSADORES SUBMARINOS |
UV |
UV INCOLOR |
SkYlight |
skylight uv COM TONALIDADE LIGEIRAMENTE AMBAR |
Infrareds |
infravermelhos |
neuters |
neutros |
polarizings |
Polarizadores |
sepia |
sépia – DE EFEITO |
812 |
812 – DE EFEITO |
didymium |
Didímio (TERRAS RARAS) – DE EFEITO |
Soft |
suavizadores – DE EFEITO |
diffusers |
difusores – DIFUSORES DE LUZ – QUASE SUAVIZADORES |
Diffusing plates |
Placas difusoras – IDEM EM GRANDE TAMANHO |
Mesh type |
Tipo tela OU MEIA DE NYLON |
Fog |
Esfumaçado / EFEITO FUMAÇA |
double fog |
esfumaçado duplo/ EFEITO FUMAÇA REFORÇADO |
Humidity |
umidade – SIMULA AMBIENTE ÚMIDO |
RAIN EFFECT |
EFEITO DE CHUVA – SIMULA CHUVA NA CENA |
SKIN SURFACE |
TIPO PELE DE PORCO – SUAVIZADOR |
SOFT 1, 2. 3 |
SUAVE 1.2.3 – PARECE EMPOEIRADO |
Contrast control |
Controle de contraste |
star |
estrela – DE EFEITO |
Glare star |
Brilho estrela – DE EFEITO |
multiimage |
Multi imagem – DE EFEITO |
blurr |
Borroso ou tremido – DE EFEITO |
Central spot |
Ponto central NÍTIDO – DE EFEITO |
Central soft |
Centro suave – DE EFEITO |
Diffraction rainbow |
Arco íris por interferencia – DE EFEITO |
Half field |
Meio campo – FOCALIZA INFINITO E PERTO NUMA IMAGEM |
rainbow |
Arco íris – DE EFEITO |
Close-up |
Close-up / aproximação |
Split lens field |
Split lens field lente de meio campo (hALF FIELD) |
Graded filter(COLOR-GRAD) |
escalonado / degradé / graduado |
Multi image |
MULTI IMAGEM – SÃO OS TIPOS RADIAIS E PARALELOS DE IMAGENS REPETIDAS |
ABSORPTIVE |
DE ABSORÇÃO |
DICHROIC |
DICRÓICO / DUAS CORES UMA POR REFLEXÃO OUTRA POR TRANSMISSÃO |
MONOCHROMATIC |
MONOCROMÁTICO – DENTRO DA LUZ PADRÃO |
LONGPASS |
PASSA BAIXAS SOMENTE AS CORES DE ONDAS LONGAS |
SHORTPASS |
PASSA ALTAS SOMENTE AS CORES DE ONDAS CURTAS |
BANDPASS |
PASSA BANDA SOMENTE AS CORES DE ONDAS SELECIONADAS |
VARI-COLOR |
COR VARIÁVEL DOIS FILTROS POLARIZADORES DE CORES DIFERENCIADAS |
RED/GREEN-POL |
POLARIZADORES VERMELHO/VERDE – DE EFEITO |
RED/BLUE-POL |
POLARIZADORES VERMELHO/AZUL – DE EFEITO |
PINK/ORANGE-POL |
POLARIZADORES ROSA/LARANJA – DE EFEITO |
BLUE/YELLOW-POL |
POLARIZADORES AZUL/AMARELO – DE EFEITO |
BLUE/LIME-POL |
POLARIZADORES AZUL/VERDE-LIMÃO – DE EFEITO |
SPEED |
SIMULA VELOCIDADE – DE EFEITO |
SUPER-SPEED |
SIMULA SUPER VELOCIDADE – DE EFEITO |
3 IMAGE |
3 IMAGENS RADIAIS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
RADIAL-5 |
5 IMAGENS RADIAIS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
RADIAL-6 |
6 IMAGENS RADIAIS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
RADIAL-8 |
8 IMAGENS RADIAIS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
RADIAL-11 |
11 IMAGENS RADIAIS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
3 PARALLEL |
3 PARALELAS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
5 PARALLEL |
5 PARALELAS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
7 PARALLEL |
7 PARALELAS – MULTIPLICA AS IMAGENS |
SOFT FOG |
NUBLADO SUAVE |
CENTER SPOT |
PONTO CENTRAL NÍTIDO |
SPLIT FIELD |
CAMPO CORTADO - É APENAS UM DIVISOR PARA DUAS METADES DO QUADRO -TRUCAGEM |
HALO |
HALO- PRODUZ BRILHO NOS CONTORNOS |
TWIN FIELD |
DUPLA LENTE- FOCALIZA EM DUAS DISTÂNCIAS DIFERENTES |
STAR CROSS |
ESTRELA EM CRUZ – DE EFEITO/O MESMO QUE CROSS STAR |
CENTER IMAGE |
IMAGEM CENTRAL/ LENTE PERIFÉRICA DESFOCANDO |
CENTER SOFT |
CENTRO SUAVE/ LENTE NO CENTRO DESFOCANDO IMAGEM |
DIFFUSER |
DIFUSOR SEMELHANTE AO PINGO D’ÁGUA |
DOUBLE IMAGE |
DUPLA IMAGEM – DUPLA IMAGEM SUPERPOSTA – TRUCAGEM |
DUTO 1 2 |
VIDRO PLANO COM ANEIS CONCENTRICOS |
STAR |
BRILHO DE ESTRELA NOS PONTOS LUMINOSOS |
STAR-GLOW |
BRILHO DE ESTRELA CINTILANTE NOS PONTOS LUMINOSOS |
GREY |
CINZA – DE EFEITO |
BLUE |
AZUL – DE EFEITO |
TOBACCO |
TABACO – DE EFEITO |
MAUVE |
MALVA – DE EFEITO |
ROSE |
ROSA – DE EFEITO |
EMERALD |
ESMERALDA – DE EFEITO |
VIOLET |
VIOLETA- COMPENSADORES DE FLUORESCENTE OU DE EFEITO |
GRADED YELLOW |
AMARELO GRADUADO – DE EFEITO |
GRADED TOBACCO |
TABACO – DE EFEITO |
GRADED RED |
VERMELHO – DE EFEITO |
GRADED BLUE |
AZUL – DE EFEITO |
GRADED MAUVE |
MALVA – DE EFEITO |
GRADED ROSE |
ROSA – DE EFEITO |
BLUE/ROSE |
AZUL/ROSA – DE EFEITO |
YELLOW/ROSE |
AMARELO/ROSA – DE EFEITO |
BLUE/YELLOW |
AZUL/AMARELO – DE EFEITO |
TRICOLOR |
TRICOLOR – DE EFEITO |
SOFTENING |
SUAVIZADOR – DE EFEITO |
CROSS-STAR |
ESTRELA EM CRUZ – DE EFEITO/ O MESMO QUE STAR CROSS |
Fim da 5ª parte >> Continua>>