Influência no Estrangeiro

Influências no estrangeiro

3) Hungria

1ª parte

A inventividade e o desenvolvimento de produtos de elevada tecnologia foi um fato na Hungria. Cabe o mérito aos Húngaros o fato de ter sido Joseph Petzval o primeiro a calcular uma objetiva especialmente destinada a fotografia foi ela a Voigtländer Petzval Objektiv 1:3,7 utilizada na primeira câmara metálica produzida. Isto em 1840! O auge do florescimento e do desenvolvimento da industria húngara foi porém atingido em dois períodos. A grande influência foi a Alemã. Posteriormente a Russa, todavia sem se afastar da primeira. As duas fases distintas foram: A fase de influência nazista na década de 1930 e a fase comunista iniciada em 1946. Muitos desenvolvimentos realizados neste país ultrapassaram as fronteiras, independente do credo ou regime político. Indo abastecer tanto a Rússia como os Estados Unidos. No transcurso desta descrição V. verá produtos muito interessantes. Infelizmente, o apoio governamental nunca foi ao nível dos inventores e projetistas, o que resultou em produções diminutas e pouco difundidas.

De todos os produtos fotográficos, talvez o mais conhecido e o mais produzido foi a câmara “Mometta” que iniciou sua vida como “Momikon” cujo nome foi cambiado por requisição da Zeiss para que o nome não se assemelhasse ao Zeiss Ikon.

Este interessante projeto surgiu de ima confluência de idéias que já vinham surgindo desde antes da 2ª Guerra Mundial, mas que só tomaram forma após o término desta.

A primeira característica é o formato 24x32 em lugar do formato 24x36. Esta teoria da mudança de formato , de muitos adeptos, tem como base, vários critérios favoráveis. O primeiro é a economia de película, uma vez que 4 mm em cada foto permitirão uma nova foto em cada 8 cenas tomadas podendo alcançar 40 fotos no filme de 36. Outra importante motivação é o fato da relação 2x3 passar para 3x4 que fica mais perto do retângulo ideal e mais estético no visual.

Praticamente todas as câmaras modernas de 35mm que iniciaram a sua produção no período pos guerra usavam este formato. Podemos citar as Húngaras Duflex, Kinga. As Italianas Janua, ISSO, as Alemãs Lorenz , Publica, Lehman, e as Japonesas Nikon, Minolta 35, Minion, Olympus 35, e uma grande quantidade de outras que vieram. Era o novo formato. A Kodak contudo influenciou o governo americano a não permitir compra destas câmaras, por um lado por querer impor o formato 24x36 alegando não possuir equipamento para cópia no novo formato e não se interessar em investir em tal.

Momikon

Esta é a Momikon

A Momikon foi a primeira série das conhecidas Mometta

Momikon em várias vistas. Esta câmara era destinada a um publico conhecedor, que queria uma câmara ao nível Leica, sem contudo ter seu preço, e assim, dispensando o sistema de ópticas cambiáveis. A partir da segunda sèrie de Momikon, a objetiva sofreu uma pequena alteração construtiva incorporando um estratégico para-sol que auxilia no contraste final.

A Momikon teve varias influências em sua construção:

A Leica II foi a primeira, e óbviamente

as simplificações levadas a efeito nas FED (acima) e Zorki (abaixo)

Mas a FED 2 foi decisiva na adoção de vários conceitos empregados na Mometta

Foram eles: o telêmetro unificado com o visor, a base adotada maior que as Leicas e o mecanismo de tração e cortina idêntico a FED 2 primeira série.

Outras câmaras também influenciaram, entre elas a recém nascida EXA, que emprestou a concepção do corpo de desenho compacto,

demonstrando as raízes alemãs da indústria Húngara.

Exa em várias vistas

Mometta

Logo em seguida surgiu a Mometta que era apenas uma variação de nome da mesma máquina.

Mometta (Mometta I) em várias vistas

General description:

The Momikon is a coupled rangefinder camera, fitted with a non-interchangeable lens.Film loading is through the removable bottom plate.

The Mometta (I) is an identical camera with a new name

The Mometta II is a coupled rangefinder camera, fitted with a non-interchangeable lens. Film loading is now through the removable bottom plate.

This model was followed by the Mometta III, now with interchangeable lens and coupled rangefinder. Film loading through the removable bottom plate. Two synchro-outlets M and X introduced.

Futher the Mometta Junior with a fixed lens, with an interchangeable lens and no rangefinder.

Technical specifications for all models:

Manufacturer: MOM (Magyar Optikai Müvek)*

Country of origin: Hungary

Produced: from 1953

Number made: Not known

Serial no. range: Not known

Shutter speeds: Z, 25 - 500

Standard lens: Ymmar 3.5/50

* Hungarian Optical Works (Budapest)

Nestas fotos vemos a tampa do fundo e a forma de abertura para a carga do filme nas Momikon / Mometta (Mometta I).

A partir da Mometta II até os últimos modelos as Mometta passaram a ter um novo sistema de abertura, visualizado nas fotos abaixo.

Fecho central duas roscas de tripé e dorso totalmente removível.

Abertura nos modelos II, III e Junior

Mometta II

Esta é a Mometta II demonstrada em várias vistas

Mometta III

Aqui um grande passo evolutivo foi realizado. A Mometta III introduziu vários novos conceitos em câmara telemétrica. A primeira grande idéia foi a utilização de um sistema de ópticas já pronto em suas câmaras de telêmetro. Estas usavam o passo e o registro M42x1 já adotado nas Praktica e Contax S, portanto de imediato já lançando uma câmara com um grande sistema; importante notar que neste modelo foi introduzido o sincronismo para flash em X e M com conector padrão PC.

A mesma objetiva dos outros modelos foi aqui aproveitada, mas com grande influencia do desenho mecânico das conhecidas Tessares 2.8/50 em uso comum nas Prakticas e Exaktas da Alemanha Oriental.

Tessar 2.8/50 de Praktica e Exakta

Tessar 3.5/50 de Exakta. A objetiva inspiradora da YMMAR.

O modelo III teve uma simplificação em sua produção: a introdução de apenas um contacto X, mais tarde foi apresentada a

Mometta Junior

A Mometta Junior foi construída sem telêmetro, um retrocesso, - Não - Uma vez que as objetivas M42 não possuíam came de foco, apenas a objetiva normal seria focalizável. Uma das idéias era o uso da câmara comas novas Flektogon de 25 e 20mm. Grande angulares estas que absolutamente não necessitam focalização.

Mometta Junior com objetiva GONOR 4/35 e visor universal 24x32 de Nikon

Outra vista da Mometta Junior com grande angular e visor universal.

Foram todavia desenvolvidas objetivas para o novo sistema.

Conjunto de objetivas Gonor 4/35; Hunor 2/50 e Ymmar 4/80

Gonor 4/35; Ymmar 4/80 e Hunor 2/50

Hunor 2/50

Uau!

Aqui uma raridade! Objetiva MOM TELOR 2/85 para Zorki, FED e Leica. Anos ‘70

Vista frontal desta raridade achada em um leilão de Viena!

Todo este processo logicamente sofreu uma grande influencia do sucesso da dupla Zorki/Zenit. Naturalmente, estava-se indo para o mesmo caminho mas com uma grande racionalização o sistema de ópticas estava pronto e se desenvolvendo. O que fazer com ele?

Aqui estava a idéia. Assim como a Zenit nasceu da Zorki, nascia uma nova câmara da Mometta!

Nascia a:

Hungaretta

Com a exata mecânica da Mometta, com a mesma objetiva e registro de montagem foi produzida a Hungaretta. Rosca M42, Pentaprisma e um sistema de espelho herdada da Famosa Rectaflex Italiana, onde o toque no botão de disparo levantava o espelho, largando ele voltava à posição inicial. Uma pequena carga mais forte no botão, disparava a cortina.

Repare na Hungaretta mesma objetiva das Mometta III e Junior.

Poucos protótipos foram preparados. Esta na verdade foi uma câmara de transição para uma nova geração que estava por vir...

VIRAX

Nascia o sistema Virax, a evolução da Mometta. Assim como as Zorki/ Zenit evoluíram para modelos mais confortáveis de uso, após a introdução da Zorki 6 que gerou as Reflex Kristall e Zenit 3M