Nossa Senhora de Las Lajas.

Sociedad Ibero-Americana de la Historia de la Fotografia Museo Fotográfico y Archivo Historico "Adolfo Alexander"

Nossa Senhora do Daguerreótipo.

Padroeira da fotografia.

 

Histórico

Ainda no Século XVIII, María Mueses de Quiñones, uma índia do vilarejo de Potosí, na Colômbia, que constantemente caminhava sete quilômetros entre sua vila de Potosí  e o vilarejo próximo de Ipiales. Um dia, em 1754 enquanto caminhava, chegou a um lugar chamado de Las Lajas (As Lajes), onde a trilha passava através de uma grande garganta do Rio Guaitara. Maria não gostava desta parte do caminho. Haviam rumores que a caverna de Las Lajas era assombrada. As superstições eram comuns entre os índios Cristãos.

A um momento iniciou-se uma terrível tormenta. Muito assustada, a pobre indígena, refugiou-se numa caverna em seu caminho. Sentindo-se angustiada e só, começou a invocar Nossa Senhora do Rosário, cuja crença se tornara popular na região graças aos Dominicanos.

De repente, sentiu que alguém lhe tocava as costas e a chamava. Ao virar-se, nada viu. Com muito medo, voltou a Potosí. Dias depois, María regressou a Ipiales, Durante as caminhadas Maria levava sua filha Rosa, nas costas como era comum entre os índios. Rosa era surda-muda. Quando chegaram à cova de Guáitara, ela sentou-se para descansar sobre una pedra. Não havia terminado de acomodar-se, quando a menina desceu de suas costas e subiu numa das pedras da cova, exclamando: "Mamãe! Mamãe!, Aqui tem uma senhora branca com um menino em seus braços!"

Maria ficou com medo. Foi a primeira vez que ela ouviu sua filha falar. Ela não viu as figuras que a menina havia descrito, nem estava interessada. Ela continuou a viagem com a menina a Ipiales.

Ela contou o ocorrido, mas ninguém a levou a sério. Contudo quando a noticia se espalhou alguns desejaram conferir sobre a verdade. Afinal a menina podia agora falar.

Uma vez que María resolveu seus assuntos em Ipiales, regressou a sua casa em Potosí. Ao passar pelo lugar onde ficava a cova, pasou sem vacilar pela sua entrada e Rosa gritou: "Mamãe! A senhora branca está me chamando!"

María não podia ver nada. Assustada ao extremo, se apressou em levar a menina para longe dali. Quando chegou a casa, relatou a seus amigos o que havia ocorrido. Assim logo a região inteira soube do mistério da cova, a qual todos conheciam por ficar em um caminho muito utilizado.

Alguns dias depois a menina Rosa desapareceu de casa. Após procurá-la por vários lugares a angustiada Maria imaginou: minha filha deve ter ido para a caverna. Ela dizia freqüentemente que a mulher a chamava. Maria correu para Las Lajas e encontrou sua filha ajoelhada em frente a uma mulher maravilhosa e estava ao lado de um menino que descera dos braços de sua Mãe. Rosa desfrutava do carinho Divino. Maria prostrou-se de joelhos diante do espetáculo; Ela havia visto a Virgem Abençoada.

Aterrorizante ou ridículo, Maria manteve silêncio sobre o fato. Freqüentemente Maria e Rosa iam à caverna por flores e velas nas aberturas das rochas.

Os meses se passaram, María e Rosa mantinham seu segredo. Até que um dia a menina ficou gravemente doente e veio a falecer. Desesperada, Maria decidiu levar o corpo de sua filha a Las Lajas e pediu à Senhora para que restaurasse a vida de Rosa.

Devido à tristeza de Maria e suas profundas lamentações, a Santa Virgem obteve a graça da ressurreição de Rosa por seu Divino Filho. Extravasando alegria, Maria foi para sua casa em Ipiales. Chegou às dez horas da noite. Contou a todos a maravilha que acontecera. Os que dormiam, se levantaram; foram tocar o sino da igreja, não levou muito tempo para que uma multidão se reunisse. Na madrugada seguinte todos rumaram a cova de Las Lajas, ver o milagre por si mesmo. Chegaram ao alvorecer.

As seis da manha, já estavam em Las Lajas. Não haviam mais dúvidas a respeito do milagre; a cova brilhava com luzes extraordinárias. Na parede de pedra, estava gravada para sempre a imagem da Santíssima Virgem.

 

O menino Jesus está nos braços de Nossa Senhora. A um lado está São Francisco e de outro São Domingos. Seus delicados traços são semelhantes a índios Latino-americanos. A Imagem segue a escola espanhola de arte do século XVIII. Seus cabelos negros abundantes cobrem-na como um manto. As coroas e as estrelas são em metal e foram posteriormente adicionadas. Seus olhos brilham pureza e alegria. A Senhora aparenta uns quatorze anos. Os índios não tiveram dúvida: esta é Nossa Rainha.

 

Mas quem pôs esta magnífica imagem ali? O autor nunca foi identificado! Muitos dizem que os Dominicanos conseguiram um bom artista para enganar os ingênuos índios.

Testes de Geologistas alemães demonstram em varias amostras retiradas da imagem, a sua estupenda natureza. Comprovam não haver tintas ou pigmentos na superfície da rocha pois as rochas são coloridas em si mesmo. E mais, à uma profundidade de muitas dezenas de centímetros! –Nascia o mistério da imagem!

O mistério ainda não tem solução. Os anjos o fizeram? Ou Deus no inicio de Sua Criação contemplou a mais excelente se Suas Criaturas? - As circunstancias indicam a classificação como imagem anakeropita akeropita em Grego significa que não foi feito por métodos ou mãos humanas, id est, pintado pelos Anjos.Aquela que seria a Rainha do Céu e da Terra.

 

 

Nossa Senhora de Las Lajas, Data Festiva 16 de Setembro.

 

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Plínio Corrêia de Oliveira 

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Cronologia dos Antecedentes da Fotografia

 

O século XVIII foi decisivo para a descoberta da fotografia. A previsão de Aristóteles três séculos antes de Cristo estava por ser realizada. Confirmações de Al Hazem (século III) e Leonardo da Vinci (século XVI ) estavam a caminho.

 

Em 1727 Alemanha
Johann Heinrich Schulze

A descoberta que certos sais de prata, especialmente o cloreto e o nitrato de prata, escurecem na presença de luz.

 Seus experimentos iniciados em 1724 demonstraram que uma mistura de prata e carvão refletiam menos luz do que a prata não-oxidada.

 

Em 1790/91 Inglaterra
Thomas Wedgwood

Foi a maior contribuição à tecnologia Foi o primeiro indivíduo a desenvolver um método de copiar quimicamente imagens num meio permanente. Confirmado por James Watt.

 

Em 1793 França
Joseph Nicéphore Niépce

Iniciou seus experimentos fotográficos em 1793, mas a fixação eno meio iniciou-se em 1824 conseguindo o pleno exito em 1826. Ele chamou ao processo de Heliografia.

 

Em 1802 Inglaterra 
Humphry Davy

Publicou no Journal of the Royal Institution (1802) em Londres, o trabalho “An Account of a Method of Copying Paintings upon Glass, and of Making Profiles, by the Agency of Light upon Nitrate of Silver. Invented by T.Wedgwood, Esq.”

 

Em 1802 Inglaterra 
William Fox Talbot

O texto de 1802 sobre o trabalho de Wedgwood influenciou diretamente David Brewster, amigo íntimo de William Fox Talbot, publicou comentários do relato de Wedgewood no Edinburgh Magazine (Dec 1802), que foram traduzidos para o francês e para o alemão. Fox Talbot encontrou um processo de fixagem permanente em 1838. Foi o ponto da popularização da fotografia.

 

Em 1827 Brasil 
Hercules Florence

Produzia Diplomas Maçônicos e rótulos de remédios por sistema de fotocópia.

 

Em 1830 Inglaterra

J. B. Reade

Descobriu que o tratamento dos papéis fotográficos com tanino diminuíam os grãos de nitrato de prata aumentando a nitidez da imagem.

 

Em 1839 França

Louis Jacques Daguerre

 

Foi numa manhã do dia 19 de agosto de 1839, que a fotografia se tornou de domínio público em território francês. O anúncio oficial foi feito na Academia de Artes e Ciências de Paris, pelo físico François Arago, que explicou para uma platéia espantada os detalhes do novo processo desenvolvido por Louis Jacques Daguérre. O físico apresentava e doava ao mundo o Daguerreótipo. - A Rainha dos Processos Fotográficos.

 

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