Vitória da União Soviética na
Segunda Guerra Mundial
EMBAIXADA DA
FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NO BRASIL
Divulgação
Dia da Vitória
Os 60 anos da Vitória da Grande Guerra
Patriótica
1945-2005
60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial
8 de maio de 2005 , 60 ANOS DO FIM DA 2ª
GUERRA
60 anos atrás, em
7 de maio de 1945 a Alemanha assinava a sus rendição incondicional. A 8 de maio Winston Churchill anunciava a Vitória sobre o Nazismo, mas apenas no
dia 2 de setembro, de 1945 terminou oficialmente a Segunda Guerra Mundial. No
Golfo de Tóquio, a bordo de navio de guerra americano Missouri se reuniram os
representantes de nove países - vencedores do militarismo japonês. As bandeiras
dos EUA, União Soviética, Reino Unido, França, Canadá, China, Austrália, Holanda
e Nova Zelândia tremularam sobre o convés. Assim foi assinada a capitulação do
principal aliado da Alemanha nazista.
Sendo a Alemanha
derrotada, a guerra no Pacifico ainda continuava e, segundo as previsões Norte
Americanas, poderiam durar mais um ano e meio ou mesmo dois anos causando baixas
de mais de um milhão e meio de pessoas, caso as tropas de EUA desembarcassem nas
principais ilhas japoneses. Ao cair o pano da guerra tais danos humanos eram
inaceitáveis tanto para o Governo oficial de Washington, como para a opinião
pública Norte Americana.
Na Conferência de
Ialta em fevereiro de 1945, na qual participaram Stalin, Roosevelt e
Churchill, o líder soviético se comprometeu a abrir uma segunda frente
contra o Japão três meses após da capitulação da Alemanha. O compromisso foi
mantido com precisão de dia.
As operações
militares das tropas soviéticas contra o Japão começaram no dia 9 de agosto e seis dias depois o Imperador japonês declarou o seu consentimento com a rendição
incondicional.
A história desta
guerra tem
páginas pouco conhecidas. Uma delas é a salvação pelas tropas soviéticas de dois
mil prisioneiros da guerra nos campos de concentração japoneses: um nos
arredores de Mukden (China) e cinco outros em Canko (Coréia). Entre eles haviam 29 generais: 16
Norte-Americanos, 5 Britânicos, 8 Holandeses, entre
eles inclusive o general Wineright, ex-comandante em
chefe das tropas dos EUA nas Filipinas. Além de centenas de soldados e oficias
destes paises, foram libertados seis militares brasileiros.
A idéia da
fundação das Nações Unidas nasceu em plena guerra. Este Fórum mundial único em
seu gênero, que provou no decorrer do período do pós-guerra o seu caráter
insubstituível, celebrou em 2005 o seu 60º aniversario no dia 24 de outubro, que
por isto passou a ser o dia de ONU.
Hoje em dia a
civilização inteira esta enfrentando o desafio terrorista. Os que pensam que é
possível evita-lo e por isto ficam a esperar que o perigo desapareça, incorrem
em erro. Os cidadãos de Moscou, Nova Iorque, Madrid, Londres já estão
convencidos nisso. Para o terrorismo não há restrições, quer no plano moral ou
geográfico. O terror ameaça todos nós e por isso devemos aceitar o desafio,
unindo-nos contra o inimigo comum exatamente como ocorreu nos anos da Segunda
Guerra Mundial.
Para obter a
vitória sobre o terrorismo, toda a potência militar não é bastante. Contra o
terrorismo é necessário lutar aplicando não só a força militar, mas sobretudo realizar com consciência um trabalho persistente
que tenha por objetivo erradicar as razões que originam este fenômeno e
contribuem para a sua propagação. A miséria, a desigualdade social, o racismo, a
intolerância religiosa.
Serviço de imprensa da Embaixada
da Federação da Rússia no Brasil
Yuri Bespalko 3-223-30-94
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Quando os alemães invadiram Polônia em 1939, Hitler assinou um
pacto de paz Ribbentrop-Molotov com a Rússia. Imediatamente a Rússia ocupou o leste da
Polônia. Isto causou um grande desconforto entre Alemanha e Rússia. A Polônia
possuía um tratado de cooperação e defesa mútua com a Inglaterra. Assim a
Inglaterra declarou guerra à Alemanha. Por óbvias razões fronteiriças. no inverno de 1939/1940 a Rússia invadiu a Finlândia, e em
junho de 1940 a União Soviética inicia a ocupação a Letônia,a Estônia e a
Lituânia. Estas invasões foram para demonstrar seu
poder aos alemães para força-los a ceder os territórios
ocupados, e claro, piorando as relações entre ambos - a Alemanha continuava a
invadir a Europa.
Em dezembro de 1940 Adolf Hitler convenceu-se que a
Inglaterra tornar-se-ia submissa diante do poderio aéreo alemão. O mês de
novembro testemunhou o mais sangrento dos ataques aéreos;
campos e cidades inglesas foram reduzidas a destroços. Hitler
acreditava que a Inglaterra jamais se ergueria para atacar a Alemanha. Neste
mesmo dezembro de 1940 Hitler e seus generais decidiram
destruir a Rússia. O serviço de espionagem de Stalin informou-o e aconselhou-o a
não tomar decisões pois agravaria a já comprometida
relação com a Alemanha a ponto de forçar uma imediata declaração de guerra.
Na Alemanha, formava-se uma estratégia para a invasão.
Seria em junho de 1941. A Rússia seria dividida. Três exércitos invadiriam em
conjunto. Ao Norte visando Leningrado, ao centro
dirigido a Moscou e ao sul visando os campos de petróleo da Ucrânia e Stalingrado.
O Ataque
Primera fase – a Guerra Relâmpago
Bombardeamento pela aviação ,
invasão de surpresa por tropas e tanques por terra, seguido de bombardeamento contínuo pelo exército.
No dia 22 de junho
de 1941, 150 divisões do exército nazista iniciaram a invasão da União
Soviética. Estava rompido o pacto de não-agressão entre os dois países, assinado
em 1939 por Hitler e Stalin.
Em 28 de junho os alemães cercaram
Minsk na Belarússia. Stalin ordenou contra ataques , estes não tiveram êxito, pois a infantaria era mal
treinada e o armamento e tanques disponíveis eram então obsoletos. Stalin passou
a empregar a política da terra arrasada.
Josef
Stalin fez um pronunciamento convocando os cidadãos soviéticos à luta:
"O inimigo é cruel e implacável. Pretende
tomar nossas terras regadas com o suor dos nossos rostos; tomar nosso cereal,
nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o
domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo (...), germanizar os povos da
União Soviética e torná-los escravos de príncipes e barões alemães (...). Por
isso, o povo deve abandonar toda a benevolência (...), não pode haver clemência
para o inimigo (...). E (principalmente) em caso de retirada forçada (...), todo
o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo
não se deve deixar um único motor, um único quilo de cereal ou galão de
combustível (...). Todos os artigos de valor, inclusive metais, cereais,
combustível, que não puderem ser retirados, devem ser destruídos. Nas áreas
ocupadas pelo inimigo devem organizar-se guerrilhas, montadas e a pé; devem
formar-se grupos de sabotagem para combater o inimigo".
Após
muitas perdas em vidas e prisioneiros para o inimigo, os
comandantes russos ordenaram recuo e reorganização, ficando a distância do
inimigo e protegendo todos os homens das brigadas, caso contrario seriam
aniquilados.
Neste ponto houve uma suspensão de atividades no exército
de Hitler, o suficiente para a chegada do inverno ,
muito rigoroso neste ano.
Todavia em 10 de Julho de 1941 os alemães cruzaram o rio Dnipro na Belarússia e em 20 de
agosto chegavam a Leningrado, a Finlândia atacava pelo leste ,
cortando os suprimentos da cidade, apesar disto tudo a cidade não caiu em mãos
inimigas. Dois milhões de pessoas morreram neste cenário. Neste meio tempo os
nazistas tomavam Kiev. Chegava outubro , com suas
chuvas que tudo transformava em lama. Os nazistas tiveram que parar . Entram em cena os tanques soviéticos T-34 que
superavam todos os obstáculos, sua estrutura fortíssima não conseguia ser furada
pelas armas alemãs de terra
Acabavam as chuvas e entrava o rigoroso inverno. Os
alemães perderam a oportunidade de tomar as cidades. Os planos
nazistas não estavam dando certo.
Em 2 de outubro a operação Typhoon
começava – Intenção: tomada de Moscou- nesta corrida desesperada os alemães
tomaram Odessa, Kharkov, Sevastopol e Rostov. Durante o inverno os T-34 passeavam em todos os
lugares e em 6 de dezembro os soviéticos lançaram a contra ofensiva. Os
alemães não conseguiram chegar até o centro de Moscou, e tiveram que recuar.
Segunda Fase - o Ataque no Sul
Apos quase chegarem a Moscou o exército alemão teve dois
grandes inimigos: O Inverno e os T-34. Muitas perdas para os alemães. Quando o
frio acabou, ambos exércitos
voltaram a lutar , e
se destruíram mutuamente.
O exercito alemão abriu caminho até a
Criméia e retomou Sevastopol em maio . Uma nova incursão foi enviada aos
campos de petróleo da Ucrânia e Stalingrado. Stalingrado
representava um ponto de honra para os alemães, pois estes visavam também baixar
a moral de Stalin . Corria uma noticia de uma
possível invasão gigante por parte dos alemães a Stalingrado
. Stalin ordenou um gigantesco exército para defender a cidade; os alemães
chegaram as portas da cidade. Aqui o mundo assistiu a
mais sangrenta batalha da historia. Todavia a política de concentração de tropas
em Stalingrado facilitou os alemães em outras
batalhas.
Exército Alemão |
Exército Soviético |
Comando de von
Paulus |
Comando de Zhukov |
1,011,500 homens |
1,000,500 homens |
10,290 canhões de artilharia |
13,541 canhões de artilharia |
675 tanques |
894 tanques |
1,216 aviões |
1,115 aviões |
Stalingrado testemunhou uma enorme batalha travada nas ruas da cidade
onde o fogo soviético se fez sentir de forma decisiva. Um mês depois a Rússia
tinha a situação sob controle. Aqui foi alterado não somente o destino da guerra
como o destino da Rússia e mais ainda, o destino da humanidade.
Os alemães foram cercados, assim mesmo Hitler ordenou a
permanência das forças. Os alemães começaram a ser eliminados
pelos ataques russos e pelo terrível inverno neste ano pior e mais rigoroso que
no ano anterior. Sem alimento, combustível, resfriados ,
cansados e frustrados, o exercito alemão rendeu-se em fevereiro de 1943. Ao
receber a noticia, Hitler desabafou:
O deus da guerra debandou para o outro lado.
Terceira Fase - o Recuo
Após Stalingrado os alemães
iniciaram suas perdas . As primeiras retiradas foram
das Montanhas do Cáucaso em janeiro, logo após a rendição em massa dos exércitos
alemães. Os soviéticos não perdoavam, atacavam com tanques e aviões em cada
oportunidade sem descanso, como em guerrilha.
Os russos chegaram de surpresa em Kursk
e nas áreas vizinhas às linhas alemães com um grande armamento, deixando outras
áreas sem atacar. Os alemães ainda tentaram um contra ataque ,
mas as defesas russas os fizeram recuar.
Nesta ocasião aconteceu a maior batalha de tanques da
historia, vencidas pelos russos pela folga de equipamento disponível.
Resultados
Mais de 20 milhões de Soviéticos foram mortos. Esta perda
foi um desastre para a USSR, que levou muitos anos para retomar suas forças.
Neste período, foram anexados vários paises da Europa do Leste
,e a Rússia tornou-se uma super potencia assim como os EUA . Isto levou
ao cenário da guerra fria
e a uma fronteira entre os dois mundos.
Nota
Aqui no ocidente chamamos a esta guerra, Segunda Guerra Mundial. Na Rússia, com grande propriedade, chama-se a Grande Guerra Patriótica. Para eles tratava-se da defesa das conquistas e do progresso obtidos com heroísmo e dedicação.
Início da batalha 26 de Junho 1942
Início do cerco 31 de agosto de 1942 ;Término 2 de fevereiro
1943
Por volta de
setembro de 1942, a soma das conquistas de Hitler era estarrecedora. E esta, a
mais sangrenta das lutas na 2ª Grande Guerra. O Mediterrâneo havia se tornado
praticamente um lago do Eixo, a Alemanha nazista e a Itália fascista dominando a
maior parte da costa setentrional, desde a Espanha até a Turquia e a costa
meridional da Tunísia até cerca de 100 quilômetros distante do rio Nilo. As
tropas da Wehrmacht
mantinham guarda desde o cabo setentrional da Noruega, no Oceano Ártico, até o
Egito; da ocidental Brest no Atlântico até a parte sul
do rio Volga, às bordas da Ásia Central. Regimes
fascistas pré-existentes e governos fantoches faziam o jogo do Reich nazista. França,
Holanda, Bélgica, Dinamarca, Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, os
Bálcãs, a Grécia e outras mais já haviam sido engolidas pelas Panzer Divisionen.
A disposição de forças
Em fins do verão de 1942, Adolf Hitler parecia estar em esplêndida situação. Os
submarinos alemães estavam afundando 700.000 toneladas por mês de barcos
britânicos e americanos no Atlântico, mais do que se poderia substituir nos
estaleiros navais dos Estados Unidos, Canadá e Escócia, então em franco
progresso.
As tropas nazistas do 6º Exército de von Paulus haviam alcançado o Volga,
exatamente ao norte de Stalingrado em 23 de agosto.
Dois dias antes, a suástica tinha sido hasteada no monte
Elbruz, o ponto mais alto das montanhas do Cáucaso (5.642 metros). Os
campos petrolíferos de Maikop, que produziam
anualmente 2,5 milhões de toneladas de petróleo, haviam sido conquistados em 8
de agosto. No dia 25, os blindados do general Kleist
chegaram a Mozdok, distante apenas 80 quilômetros do principal centro
petrolífero soviético, nas imediações de Grozny e a
cerca de 150 quilômetros do mar Cáspio.
No dia 31 de agosto,
Hitler ordenou que o marechal-de-campo List,
comandante dos exércitos do Cáucaso, reunisse todas as forças existentes para o
assalto final a Grozny, a fim de se apoderar de todos
os ricos campos petrolíferos da região. Determinou que o 6º Exército e o 4º
Exército Panzer se lançassem para o Norte, ao longo do
Volga, cercando e sufocando Stalingrado, num
vasto movimento envolvente que lhe permitisse avançar de leste e de oeste contra
o centro da Rússia, tomando, finalmente, Moscou. Ao almirante Raeder, no final de agosto, Hitler dizia que a União
Soviética “era um ‘lebensraum*’
à prova de bloqueio” o que lhe ensejava voltar-se para os ingleses e americanos
que “seriam obrigados a discutir os termos da paz”. Com essas conquistas vitais
o “Reich de mil anos” estaria garantindo sua subsistência e permanência: as
vastas e fertilíssimas estepes da Ucrânia, a fazer brotar um infindável celeiro
dourado de trigais; os abundantes campos de ouro negro a besuntar de energia a
máquina bélica e industrial alemã. O sonho nazista parecia estar se
realizando...
E se a Alemanha ganhasse?
As imagens mais longínquas de minha meninice datam dessa época. Registram meu pai, cercado de amigos, debruçados sobre um
mapa da Europa estendido sobre a mesa, lupa em punho, rádio em ondas curtas.
Esta mesma cena provavelmente estaria se repetindo em milhões de outros lares
pelo mundo afora. Anos mais tarde, meu pai, um jovem revolucionário imbuído de
ideais socialistas, que no começo dos anos 1930 tinha abandonado a Polônia de
governo pró-nazista e anti-semita para vir ao Brasil, relatava a agonia e o
horror com que acompanhavam a expansão irrefreável do império nazista.
Quando os cabogramas anunciaram que a infantaria alemã havia atravessado o Don
silencioso em direção a Stalingrado, o assombro se
instalou. E se a Alemanha nazista derrotasse a União Soviética?
A ideologia da supremacia racial ariana de Hitler se abateria sobre grande parte
do mundo. Negros, eslavos, indígenas, árabes, mestiços, mulatos, amarelos,
sub-raças e escória social, trabalhariam sob o tacão de ferro do nazismo, como
semi-escravos, para a glória da raça superior. Povos inteiros, judeus, ciganos,
seriam aniquilados em nome da limpeza étnica. Comunistas, socialistas e liberais
seriam confinados em campos de concentração e de lá não sairiam vivos. O
colonialismo na África e Ásia ganharia alento. As liberdades seriam espezinhadas
e governos lacaios em todos os quadrantes se encarregariam de organizar
gestapos em cujos porões um elenco monstruoso de torturas ao som da Deutschland Über Alles seria
levado a cabo contra os inimigos do regime. As conquistas sociais dos
trabalhadores estariam esmagadas. O progresso, as artes, as ciências sofreriam
abalo. Além do que, Werner von
Braun e seus assistentes em
Peenemunde estariam aperfeiçoando as mortíferas bombas voadoras de longo
alcance com ogivas nucleares e outras máquinas bélicas de alta tecnologia a
pender como espada de Dâmocles sobre qualquer país que
ousasse desafiar o Reich alemão. E se alguma nação pretendesse enfrentar os
interesses do Grande Império Germânico novas ondas de panzers
ou de bombas V1 e V2 desencadeariam blitzkriegs preventivas para aniquilar pelo terror
qualquer tentativa.
A mais feroz das batalhas
Quando o jovem general Rokossovsky, levando a cabo as
instruções táticas da Operação Uranus, arquitetada
pelo general Zhukov, conseguiu furar, em 19 de
novembro, o anel de aço que cercava Stalingrado, a
esperança reacendeu. No entanto, a cidade estava sitiada, os seguidos
bombardeios da Luftwaffe
haviam-na reduzido a escombros. Dia após dia o cerco se apertava e em fins de
novembro a zona urbana era invadida. Veio a ordem terminante: defender a todo
custo as fábricas Outubro Vermelho e Barricadas que produziam os carros de
assalto, a Fábrica de Tratores que construía os blindados T-34 e a estação
ferroviária central onde as matérias primas eram desembarcadas.
Iniciou-se então a mais feroz, a mais encarniçada, a mais renhida e
sangrenta, a mais dramática das batalhas militares que a História da humanidade
conheceu. O terreno coberto de destroços impedia qualquer ação de blindados, a
proximidade dos contendores tornava impraticável a cobertura aérea. Só restava
calar baionetas e passar a travar a luta casa a casa, corpo a corpo, em cada
centímetro de chão. Para ilustrar a tenacidade com que se combatia, basta
lembrar que a plataforma semidestruída da estação de trens mudou de mãos sete
vezes num único dia. Os operários da Outubro Vermelho
empunharam armas e estabeleceram uma muralha de fogo em torno da fábrica. Jamais
se havia visto tantas cenas de heroísmo, bravura e coragem, de lado a lado,
naquele cenário lúgubre das ruínas da cidade. Nunca antes soldados haviam lutado
com tanto denodo para conquistar e defender.
O engano de Hitler
Em 30 de janeiro de 1943, décimo aniversário da subida de Hitler ao poder, o führer fazia
uma solene proclamação pelo rádio: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a
Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se
lembrarão que a despeito de tudo, a vitória final da Alemanha foi ali decidida”.
Três dias depois, em
2 de fevereiro, o marechal-de-campo von Paulus assinava diante do general Chuikov,
comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado,
a rendição do 6º Exército alemão. A transmissão da rendição foi feita em Berlim,
através da rádio alemã, pelo general Zeitzler, chefe
do Alto Comando da Wehrmacht (OKW) precedida do rufar
abafado de tambores e da execução do segundo movimento da Quinta Sinfonia de
Beethoven. A maior e a mais épica das batalhas da 2ª Guerra Mundial que tivera
início em 26 de junho havia chegado ao fim. Foram feitos prisioneiros pelos
soviéticos 94.500 soldados alemães dos quais 2.500 oficiais, 24 generais e o
próprio marechal von Paulus.
Foram mortos cerca de 140.000 soldados da Wehrmacht e
200.000 homens do Exército Vermelho. Os soviéticos tomaram do exército inimigo
60.000 veículos, 1.500 blindados e 6.000 canhões. A espinha dorsal do exército
nazista e do Terceiro Reich estava irremediavelmente quebrada.
O que moveu o Exército Vermelho?
Os mesmos milhões de lares que tinham vivido momentos de apreensão e pavor
explodiram de emoção. Hitler havia mordido o pó da derrota. Corações e mentes
voltaram-se para glorificar os heróis combatentes do Exército Vermelho e honrar
os que tombaram no campo de batalha pela liberdade. A admiração pela
extraordinária façanha impunha a pergunta: o que levou aquele contingente de
centenas de milhares de jovens a lutar com tal fúria e obstinação? Certamente o
apelo da Grande Guerra Patriótica, livrar o solo pátrio do invasor. Havia mais.
A leitura das lancinantes cartas aos familiares escritas no front deixava
evidente a determinação de defender as conquistas da Revolução de Outubro por
cuja consolidação seus pais, 25 anos antes, haviam derramado sangue
enfrentando e derrotando o exército branco e tropas invasoras de catorze países
mobilizados para sufocar no nascedouro a revolução
bolchevique.
A partir daí o Exército Vermelho arrancou impetuoso rumo a capital do Reich nazista, abrindo em sua passagem os
portões macabros de Auschwitz. As tropas
anglo-americanas desembarcam na Normandia em 6 de junho de 1944. No dia 2 de maio de 1945, soldados do destacamento avançado do
general Koniev hasteiam a bandeira soviética no mastro
principal do Reichstag. Cinco dias depois, numa
pequena escola de tijolos vermelhos em Reims, França,
na madrugada de 8 de maio de 1945, o almirante
Friedeburg e o general Jodl
assinam, em nome do que restou da máquina de guerra nazista, diante do general
Ivan Susloparov pela União Soviética, e do general
Walter Bedell Smith pelos aliados, a rendição
incondicional.
Os canhões cessaram de troar e as bombas deixaram de cair. Um estranho silêncio pairou sobre o continente europeu pela primeira vez desde 1º de setembro de 1939. O mundo estava livre da sanha nazi-fascista
Texto do Jornalista Max Altman
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Início do
cerco 8 de setembro de 1941; Término 18 de janeiro de
1944
Este foi
certamente o período mais trágico de toda a história da
cidade. Lá vimos a plenitude do sofrimento e do
heroísmo. Para cada cidadão de S Petersburgo a Blokada
(O Cerco de Leningrado) é uma importante parte de sua
herança histórica e para os mais velhos traz recordações que nunca serão
esquecidas
O ataque alemão
à União Soviética inicia-se a 22 de Junho de 1941. No dia 27 do mesmo mês, o
Conselho de Disputas dos Trabalhadores de Leningrado
decidiu mobilizar milhões de pessoas para a construção de fortificações. Várias
defesas foram construídas. As tropas Alemães
aproximam-se de Leningrado. Uma das fortificações
percorria desde o rio Luga até
Chudovo,
Gatchina, Uritsk, Pulkovo, e depois através do rio Neva. A outra defesa
passava através de Petergof até Gatchina,
Pulkovo, Kolpino e Koltushy. Uma outra defesa contra os finlandeses foi
construída no norte dos arredores de Leningrado. Em
todos os 190 km de barricadas de madeira, 700 km de trincheiras
anti-tanque, 5 mil km de trincheiras de terra e madeira e de instalações
de ferro e concreto e 25 mil km de trincheiras abertas foram construídas por
civis, sendo inclusive o canhão do Cruzador Aurora montado na
montanha de Pulkovskie no sul de Leningrado.
Contudo, quando as forças soviéticas na frente noroeste no fim de Junho foram
derrotadas nas Repúblicas Soviéticas do Báltico,a Wehrmacht tinha forçado a sua passagem por Ostrov e Pskov. A 10 de Julho, ambas as cidades foram capturadas e os alemães
alcançaram Kunda e Kingisepp,
de onde avançaram para Leningrado a partir de Narva. da região Luzhski e a partir do sudoeste e também do norte e sul do
Lago Ilmen e sul do de modo a isolar Leningrado do leste e juntar os finlandeses na margem leste
do Lago Ladoga. O bombardeio de
Leningrado começou a 4 de Setembro. O bombardeio
alemão de 8 de Setembro causou 178 incêndios.
Leningrado estava sitiada. No início de Outubro os alemães recusaram-se a
assaltar a cidade e a ordem de Hitler a 7 de Outubro,
assinada por Alfred Jodl, foi uma lembrança para não
aceitar uma capitulação por parte dos soviéticos.
Por volta de
Agosto, os finlandeses tinham reconquistado o Ìstmo de
Carélia, ameaçando Leningrado a partir do
oeste, e estavam a avançar através de Carélia a leste
do Lago Ladoga, ameaçando
Leningrado a partir do norte. Ocorreu, contudo, que as forças finlandesas
pararam na fronteira estabelecida em 1939. O quartel-general finlandês recusou o
pedido alemão para ataques aéreos contra Leningrado e
não avançou mais a sul do rio Svir na cidade ocupada
ao leste da Carélia. Em contraste, o progresso alemão
foi rápido e por volta de Setembro a Wehrmacht tinha
cercado Leningrado. No norte, as forças finlandesas
continuaram o seu avanço até chegarem ao Svir em
Dezembro, a 160 quilómetros do nordeste de Leningrado.
A 4 de Setembro, Jodl tentou
persuadir Mannerheim a continuar a ofensiva
finlandesa, o que, diz-se, é que Mannerheim recusou.
Após a guerra, o ex-presidente finlandês Ryti disse:
«A 24 de Setembro de 1941 visitei o quartel-general do Marechal Mannerheim. Os alemães quiseram direcionar-nos para o
cruzamento da antiga fronteira e o prosseguimento da ofensiva contra Leningrado. Eu disse que a captura de
Leningrado não era o nosso objetivo e que nós não faríamos parte da
ofensiva. Mannerheim e o ministro da defesa Walden
concordaram comigo e recusaram as ofertas dos alemães. O resultado foi uma
situação paradoxal: os alemães não puderam se aproximar de
Leningrado a partir do norte...» Mais tarde foi declarado que não houve
qualquer bombardeio sistemático a partir do território finlandês.
A
2 de Setembro as rações foram
reduzidas: os trabalhadores tinham 600 gramas de pão por dia, crianças e
dependentes 400 gramas. Grandes quantidades de milho, farinha e açúcar foram
perdidos a 8 de Setembro devido à falha de medidas da
defesa aérea. Contudo, durante vários dias depois do cerco começar, era possível
comer em alguns restaurantes "comerciais" que utilizavam 10% de toda a carne que
a cidade consumia. A
12 de Setembro de 1942 foi
calculado que as provisões previstas para exército e civis eram em conjunto as
seguintes:
Milho e farinha - |
- para 35 dias |
Massa - |
- para 30 dias |
Carne - |
- para 33 dias |
Gorduras - |
- para 45 dias |
Açúcar - |
- para 60 dias |
Ao mesmo tempo
uma nova redução nas rações teve lugar: os trabalhadores recebiam 500 g de pão,
os empregados e crianças 300 g e os dependentes 250 g. A distribuição de carne
foi diminuída mas a distribuição do açúcar e das
gorduras foi aumentada. O exército e a Frota do Báltico tinham algumas rações de
emergência mas não eram suficientes. A frota de Ladoga estava mal equipada e tinha sido bombardeada pela
aviação alemã. Várias barcas com milho foram afundadas em Setembro. Contudo uma
parte significante foi mais tarde recuperada por mergulhadores. Este milho foi
depois utilizado no fabrico de pães. A
aveia para os cavalos foi também utilizada para alimentação
humana, enquanto os cavalos passaram a ser alimentados com folhas de árvores.
Durante o cerco
foram efetuadas um total de cinco reduções da comida distribuída: a 2 de
Setembro, 10 de Setembro,
13 de Novembro,
1 de Outubro e a
20 de Novembro. O nível de
desnutrição só melhorou devido a novos jardins de vegetais improvisados em áreas
bombardeadas que cobriam a maioria das terras na cidade por volta de 1943.
Devido à falta
do fornecimento de energia várias fábricas foram fechadas e em Novembro já não
existia um serviço de elétricos bondes e trens. A utilização de energia foi
proibida em toda a cidade, exceto no quartel-general soviético, nos comitês do
distrito, nas bases de defesa aérea, e em algumas outras poucas instituições.
Pelo final de Setembro, o fornecimento de óleo e de carvão terminou. A
utilização de árvores foi a única opção para energia. A
8 de Outubro o comitê executivo de Leningrado
(Ленгорисполком) e o comitê executivo regional (облисполком) decidiram começar a
cortar as árvores no distrito de Pargolovo e também no
distrito de Vsevolzhskiy no norte da cidade. Por volta
de 24 de Outubro, apenas 1% do plano de corte de árvores tinha sido executado.
Balanço
O Cerco durou
900 dias, de 8 de Setembro de1941, a 27 de Janeiro de 1944. Dois milhões 887 mil
civis (incluindo cerca de 400 mil crianças) assim mesmo as tropas Russas jamais
consideraram a opção de renderem-se ao inimigo, apesar dos alimentos e dos
combustíveis estarem bastante limitados (para 1-2 meses apenas). Todo o transporte publico
foi suspenso. Não houve aquecimento nos rigorosos invernos de 1941-42, não havia água,
pouca eletricidade e escassez de alimentos. No auge do inverno de 1942, só se
permitiam 125 gramas de alimento. Um pãozinho por dia !
Em apenas dois meses, Janeiro e Fevereiro de 1942, 200 mil pessoas (!!!) morreram de fome e frio em Leningrado.
A indústria de guerra ainda continuou funcionando e manteve as esperanças dos
sobreviventes a não se renderem!
Milhares de pessoas foram evacuadas através do lago Ladoga conhecido como o "Caminho da Vida " ("Doroga
Zhizni") – o único caminho que ligava a cidade sitiada ao resto do
país. Durante o verão o pessoal atravessava o lago por barcos ou canoas até
outros lugares, e no inverno eram levadas de caminhão sobre o mesmo lago
congelado, e sob constante bombardeio inimigo.
Enquanto isto a
cidade vivia. Tesouros do Hermitage e dos palácios de
Petrodvorets, Pushkin, etc.
eram escondidos nos porões do Hermitage e da Catedral
de St. Isaac.
Os estudantes continuavam seus estudos de passavam dos exames.
Dmitry
Shostakovich escreveu sua Sétima Sinfonia "Leningrad", e ela foi publicamente executada na cidade
sitiada.
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A segunda guerra mundial tem suas origens históricas na revolução
industrial. E foi uma obvia continuação da primeira grande guerra.
A revolução industrial se fez sentir principalmente em dois paises . a Inglaterra e a Alemanha
obviamente estes paises se tornaram fortemente industrializados , desta forma
com o crescimento necessário em toda a empresa capitalista, estes paises tinham
seus governos influenciados pelas suas empresas. A política expansionista de
ambos era todavia diferente, a Inglaterra
essencialmente colonizadora limitava em seus mercados influentes a introdução e
expansão dos produtos alemães que por sua vez utilizava a estratégia de produtos
de qualidade superior a preços competitivos. A emulação e o atrito estavam
formados.
Todo este processo de implantação durou exatamente 10 anos. Após este
período, aplicou-se o primeiro plano qüinqüenal no mundo. A Rússia passou a se
desenvolver a taxas de 10% ao ano, enquanto o ocidente entrava na mais profunda
crise após o “crack” de 1929.
A Guerra Civil Espanhola
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Este
foi o acontecimento mais traumático que ocorreu antes da 2ª Guerra Mundial.
Durou de 1936 a 1939. Foi um laboratório experimental. Nela estiveram presentes
todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX.
De um lado se
posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas às classes e
instituições tradicionais da Espanha (O Exército, a Igreja e o Latifúndio) e do
outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os
sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.
Para a Direita
espanhola tratava-se de uma Cruzada para livrar o país da influência do
comunismo e da franco-maçonaria
e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Para
tanto era preciso esmagar a República, que havia sido proclamada em 1931, com a
queda da monarquia.
Para as Esquerdas
era preciso dar um basta ao avanço do nazi-fascismo
que já havia conquistado Itália (em 1922), a Alemanha (em 1933) e a Áustria (em
1934). Segundo as decisões da Internacional Comunista, de 1935, as esquerdas
deveriam aproximar-se dos partidos democráticos de classe média e formarem uma
Frente Popular para enfrentar a maré de vitórias nazi-fascistas. Desta forma,
Socialistas, Comunistas (estalinistas e troskistas)
Anarquistas e Democratas liberais deveriam unir-se para chegar e inverter a
tendência mundial favorável aos regimes direitistas.
Foi justamente neste
conteúdo, de amplo enfrentamento ideológico, que a Alemanha nazista e a Itália
fascista, aproveitaram para apoiar o golpe do Gen. Franco.
A União Soviética,
também por medidas de autodefesa solidarizou-se com o governo Republicano.
As estratégias de
guerra e defesa, bem como o teste dos novos equipamentos que seriam utilizados
na Guerra Mundial que se aproximava, foram aqui realizados.
O
Japão
invadia a Ásia
No inicio dos anos 30, o
Japão
iniciou a invasão da China e criou o Estado Manchukuo
sob o cetro de Pu-Yi, o último imperador chinês. De
uma forma independente, o Japão estava em pleno expansionismo industrial e
matérias primas para mover sua indústria eram necessárias. Era um quadro
semelhante a Alemanha nazista. Esta invasão influenciou a direção do
governo
nazista. Porque não fazer o mesmo?
Em 1936 uma delegação com
grande poder e influência
foi enviada ao Japão para troca de experiências. A Alemanha
pagaria com a cessão de tecnologias industriais e científicas para garantir as
posições japonesas nos paises invadidos. Foi o Pacto Anti-Komintern,
Antevia-se a formação do Eixo
Berlim-Roma-Tóquio. Em 1942, o Japão já ocupava a Indochina, a Indonésia, a
Malásia, as Filipinas, Papua e Nova Guiné, Hong Kong,
as Ilhas Salomão, Cingapura, Birmânia e as ilhas Guam,
além de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados da
China.
Após as invasões alemãs na
Europa, a Inglaterra foi o primeiro país a entrar militarmente na guerra,sob o pretexto da invasão a Polônia, todavia é certo
que a União Soviética bem anteriormente, sempre se manteve próxima ás invasões
alemãs, com tropas de prevenção, evitando invasões em seus territórios. Os
Estados Unidos
que só entraram na guerra após Pearl
Harbor (7 de dezembro de
1941) [após o início do cerco de Leningrado -8 de
setembro de 1941]
contribuíram enormemente com mão de obra, capital, produção e abastecimento de
alimentos e materiais. Muitos outros paises entraram ou foram envolvidos no
conflito, a Inglaterra incluiu todos os paises da Commonweath,
tais como a Índia, Jamaica, Quênia, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
quase 26 milhões de soviéticos, 4 milhões e 200 mil alemães, 4
milhões e 320 mil poloneses (a maioria judeus), 2 milhões de japoneses, 400 mil
americanos e 370 mil ingleses.
O
custo em vidas por parte dos soviéticos, e também em terras arrasadas, em muito
superou a todos os demais paises. O que prova, ou ao menos demonstra a intenção
e/ou consentimento por parte dos ocidentais na destruição da União Soviética, No
entanto, a estes devemos naquele momento, a salvação do mundo do domínio
nazista.
A estes homens devemos o heroísmo, a garra, a
coragem, a autoconfiança, os sofrimentos, e a determinação não encontrados em
outros povos nesta mesma ocasião.
Estes atos, do mais absoluto heroísmo e com a convicção de resgatar a
humanidade, é hoje infelizmente ativamente visto com desprezo por muitos, sub
valorizando suas ações, e estendendo este conceito às
suas idéias e produtos.
Por outro lado, é fato sabido
que as “Forças Aliadas”, da qual faziam parte a União Soviética não enviaram
qualquer contingente de socorro a este país quando invadido, nem tampouco por
ocasião do cerco de Leningrado vencido pelas tropas e
povo russo em janeiro de 1944. neste mesmo tempo, o
exército alemão iniciou seu recuo.
Sem dúvida, neste período surgiu a mais terrível arma da Segunda Guerra .
Dois nomes vêm logo a tona: von
Braun e Dornberger. São sem
sombra de dúvidas, mentes previlegiadas por terem
concebido
projetado e construído esta inovação, mas também uma terrível arma mortal. O
míssil balístico
V-2 - também conhecido como Aggregat 4.
Após a Segunda Guerra, e em tempo de paz foram também responsáveis pelo
projeto e aperfeiçoamento dos mesmos em sistemas defensivos infinitamente mais
agressivos do que os utilizados durante o conflito mundial.
Em Peenemünde e em Mittelwerk
no período
de 1942/1944, também
organizaram a produção desta arma com o sofrido trabalho escravo dos campos de
concentração nazistas.
E no ocidente estes senhores são vistos como heróis.....
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O selando da Vitória
Pobeda= Vitória
GAZ-M20 Pobeda (em russo:ГАЗ-М20 Победа) veículo de passageiros produzido na União Soviética de 1946 a 1958. Também licenciado para a
fábrica Polonesa FSO.
O primeiro destes carros foi produzido pelo
engenheiro Andrei A. Lipghart. "Pobeda" significa -Vitória- e tem
suas razões.Os primeiros testes foram realizados na Gorkovski
Car Plant (GAZ) em 1943, quando a vitória na Grande
Guerra Patriótica já estava definida.
A fábrica foi mais tarde ainda bombardeada mas não paralisou suas atividades. O primeiro protótipo foi
apresentado em 6 de novembro de 1944, em comemoração aos 27 anos da Revolução Bolchevique. Após aprovado iniciou
sua produção seriada em 21 de junho de 1946. Tornou-se um excelente item de
exportação durante muito tempo.
A partir de 1951 foi também produzido na Polônia pela
FSO (Fabryka Samochodów Osobowych) de Varsóvia. Mais tarde,em
pequenas quantidades na Car Plant of Pyongyang, na Coréia do Norte.
Nâo foi apenas por suas boas soluções construtivas que
o "Pobeda" se tornou notável, Ele tornou-se o símbolo
da vitória do Exército Vermelho na guerra.
Hoje o "Pobeda" tornou-se
um mito para os colecionadores em todo o mundo.
O veículo congregava um conjunto dos melhores
conceitos novos alemães e norte- americanos surgidos
nos anos 30.
O Pobeda foi
desenvolvido a partir da cabine do “Opel
Captain”, sendo porém totalmente metálico.
Congregou os avançados princípios do “Chrysler
Airflow”, e utilizava
estrutura monobloco que dispensava
chassis. O motor do Pobeba era um quatro
cilindros
especialmente desenvolvido a partir
de uma modificação do motor "Dodge" 1939 de seis cilindros. O motor era de
2112 cm³ de capacidade volumétrica e desenvolvia 50 hp. Este motor já era
utilizado nos dos jipes Soviéticos usados no conflito (Motor, caixa alongada e
transformada e diferencial). Com uma carroceria/chassis extremamente robusta
montada em suspensão mais suave, o Pobeda foi entre os veículos de
uso civil, o mais robusto até então construído. Seu de desenho avançado esconde
estas características. Seu desenho foi aprovado e várias firmas usaram estas
concepções, entre elas o famoso “Standard-Vanguard”.
No início da produção
após serem produzidos 700 veículos, os mesmos apresentaram problemas no eixo
dianteiro e em 1948 todos os M-20 foram recolhidos para
a fábrica para ajuste e reparação das técnicas de produção. Este foi o primeiro
“recalling” da história do automóvel. Em novembro de
1948 o problema estava solucionado.
O carro teve uma longa
vida e ainda temos muitos deles rodando perfeitamente, Sua carroceria
aerodinâmica proporciona um coeficiente de penetração de apenas 0.34. O desenho
avançado abriu uma nova tendência mundial de carrocerias que incorporavam o desenho integrado
de paralamas, As dobradiças embutidas e as maçanetas
semiembutidas também foram uma novidade, assim como todas as portas com abertura
para trás. As idéias já existiam mas pela primeira vez
foram adotadas num carro de série; bateria de alta capacidade e motor de
arranque com potencia elevada em função do frio local foram também um ponto
altamente positivo.
Existiu
também a versão GAZ-72 com tração nas
4 rodas (veja abaixo)
Nos Estados Unidos o
primeiros monobloco foi o Hudson e o Nash
1948 e primiro integrado de paralamas foi o Kaizer/ Frazer de 1946
The strongest point of the Pobieda
appears to be its roadworthiness…
…one need have no fear of driving the Pobieda fast over bad roads even when
fully loaded.
/The Motor, UK, 1952/
…when you examine the Pobeda's
engine, you get the picture of either trying to avoid maintenance by using
heavy, apparently sturdy construction, or encouraging the car owner to do it
himself.
/Science and Mechanics, USA, 1957/
Primeiríssimo modelo de demonstração apresentado no verão de 1944. Este
especificamente utilizava a transmissão do Opel
Kapitan. Note-se a porta traseira abrindo no sentido contrário. Não há
maçanetas semiembutidas. Diferenças no emblema e lanternas. Os para lamas
possuem perfil baixo; os
para lamas dianteiros possuem uma saia removível para esconder as dobradiças das
portas dianteiras. Os para choques são mais finos. Os limpadores de parabrisas funcionam em sentido inverso.
Folheto promocional de 1944 ! Avtozavod im
Molotova
Folheto promocional de 1945 GAZ
Modelo 1950 fotografado em 2002
Outro modelo
de 1950 fotografado em Moscou em 2005 num desfile de carros antigos.
De 1949 a 1953 foram especialmente produzidos os
modelos Cabrio para uso em táxi. Estes modelos eram
usados para os turistas apreciarem a cidade.O modelo acima de 1953 foi fotografado num encontro de carros antigos
em Oklahoma USA em 2004.
GAZ-72 com tração nas 4 rodas (1957)
Gaz 67 de1942 origem mecânica do Pobeda .
Observe a similaridade das rodas deste jipe e o primeiro
protótipo Pobeda.