Vitória da União Soviética na

Segunda Guerra Mundial

EMBAIXADA DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NO BRASIL

 Divulgação  

 

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Dia da Vitória

 Os 60 anos da Vitória da Grande Guerra Patriótica  1945-2005

 

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60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial

8 de maio de 2005 ,  60 ANOS DO FIM DA 2ª GUERRA

 

60 anos atrás, em 7 de maio de 1945 a Alemanha assinava a sus rendição incondicional. A 8 de maio Winston Churchill anunciava a Vitória sobre o Nazismo, mas apenas no dia 2 de setembro, de 1945 terminou oficialmente a Segunda Guerra Mundial. No Golfo de Tóquio, a bordo de navio de guerra americano Missouri se reuniram os representantes de nove países - vencedores do militarismo japonês. As bandeiras dos EUA, União Soviética, Reino Unido, França, Canadá, China, Austrália, Holanda e Nova Zelândia tremularam sobre o convés. Assim foi assinada a capitulação do principal aliado da Alemanha nazista.

Sendo a Alemanha derrotada, a guerra no Pacifico ainda continuava e, segundo as previsões Norte Americanas, poderiam durar mais um ano e meio ou mesmo dois anos causando baixas de mais de um milhão e meio de pessoas, caso as tropas de EUA desembarcassem nas principais ilhas japoneses. Ao cair o pano da guerra tais danos humanos eram inaceitáveis tanto para o Governo oficial de Washington, como para a opinião pública Norte Americana.

Na Conferência de Ialta em fevereiro de 1945, na qual participaram Stalin, Roosevelt e Churchill, o líder soviético se comprometeu a abrir uma segunda frente contra o Japão três meses após da capitulação da Alemanha. O compromisso foi mantido com precisão de dia.

As operações militares das tropas soviéticas contra o Japão começaram no dia 9 de agosto e seis dias depois o Imperador japonês declarou  o seu consentimento com a rendição incondicional.

A história desta guerra tem  páginas pouco conhecidas. Uma delas é a salvação pelas tropas soviéticas de dois mil prisioneiros da guerra nos campos de concentração japoneses: um nos arredores de Mukden (China) e cinco outros em Canko (Coréia). Entre eles haviam 29 generais: 16 Norte-Americanos, 5 Britânicos, 8 Holandeses, entre eles inclusive o general Wineright, ex-comandante em chefe das tropas dos EUA nas Filipinas. Além de centenas de soldados e oficias destes paises, foram libertados seis militares brasileiros.

A idéia da fundação das Nações Unidas nasceu em plena guerra. Este Fórum mundial único em seu gênero, que provou no decorrer do período do pós-guerra o seu caráter insubstituível, celebrou em 2005 o seu 60º aniversario no dia 24 de outubro, que por isto passou a ser o dia de ONU.

Hoje em dia a civilização inteira esta enfrentando o desafio terrorista. Os que pensam que é possível evita-lo e por isto ficam a esperar que o perigo desapareça, incorrem em erro. Os cidadãos de Moscou, Nova Iorque, Madrid, Londres já estão convencidos nisso. Para o terrorismo não há restrições, quer no plano moral ou geográfico. O terror ameaça todos nós e por isso devemos aceitar o desafio, unindo-nos contra o inimigo comum exatamente como ocorreu nos anos da Segunda Guerra Mundial.

Para obter a vitória sobre o terrorismo, toda a potência militar não é bastante. Contra o terrorismo é necessário lutar aplicando não só a força militar, mas sobretudo realizar com consciência um trabalho persistente que tenha por objetivo erradicar as razões que originam este fenômeno e contribuem para a sua propagação. A miséria, a desigualdade social, o racismo, a intolerância religiosa.

Serviço de imprensa da Embaixada
da Federação da Rússia no Brasil
Yuri Bespalko 3-223-30-94

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A Invasão da Rússia
Início:22 de junho de 1941 – Término: dezembro de 1941 

 

Quando os alemães invadiram  Polônia em 1939, Hitler assinou um pacto de paz Ribbentrop-Molotov com a Rússia. Imediatamente a Rússia ocupou o leste da Polônia. Isto causou um grande desconforto entre Alemanha e Rússia. A Polônia possuía um tratado de cooperação e defesa mútua com a Inglaterra. Assim a Inglaterra declarou guerra à Alemanha. Por óbvias razões fronteiriças. no inverno de 1939/1940 a Rússia invadiu a Finlândia, e em junho de 1940 a União Soviética inicia a ocupação a Letônia,a Estônia e a Lituânia. Estas invasões foram para demonstrar seu poder aos alemães para força-los a ceder os territórios ocupados, e claro, piorando as relações entre ambos - a Alemanha continuava a invadir a Europa.

Em dezembro de 1940 Adolf Hitler convenceu-se que a Inglaterra tornar-se-ia submissa diante do poderio aéreo alemão. O mês de novembro testemunhou o mais sangrento dos ataques aéreos; campos e cidades inglesas foram reduzidas a destroços.  Hitler acreditava que a Inglaterra jamais se ergueria para atacar a Alemanha. Neste mesmo dezembro de 1940 Hitler e seus generais decidiram destruir a Rússia. O serviço de espionagem de Stalin informou-o e aconselhou-o a não tomar decisões pois agravaria a já comprometida relação com a Alemanha a ponto de forçar uma imediata declaração de guerra.

Na Alemanha, formava-se uma estratégia para a invasão. Seria em junho de 1941. A Rússia seria dividida. Três exércitos  invadiriam em conjunto. Ao Norte visando Leningrado, ao centro dirigido a Moscou e ao sul visando os campos de petróleo da Ucrânia e Stalingrado.

O Ataque

Primera fase – a Guerra Relâmpago

Bombardeamento pela aviação , invasão de surpresa por tropas e tanques por terra, seguido de  bombardeamento contínuo pelo exército.

No dia 22 de junho de 1941, 150 divisões do exército nazista iniciaram a invasão da União Soviética. Estava rompido o pacto de não-agressão entre os dois países, assinado em 1939 por Hitler e Stalin.

Em 28 de junho os alemães cercaram Minsk na Belarússia. Stalin ordenou contra ataques , estes não tiveram êxito, pois a infantaria era mal treinada e o armamento e tanques disponíveis eram então obsoletos. Stalin passou a empregar a política da terra arrasada.

  Josef Stalin fez um pronunciamento convocando os cidadãos soviéticos à luta:

            "O inimigo é cruel e implacável. Pretende tomar nossas terras regadas com o suor dos nossos rostos; tomar nosso cereal, nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo (...), germanizar os povos da União Soviética e torná-los escravos de príncipes e barões alemães (...). Por isso, o povo deve abandonar toda a benevolência (...), não pode haver clemência para o inimigo (...). E (principalmente) em caso de retirada forçada (...), todo o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo não se deve deixar um único motor, um único quilo de cereal ou galão de combustível (...). Todos os artigos de valor, inclusive metais, cereais, combustível, que não puderem ser retirados, devem ser destruídos. Nas áreas ocupadas pelo inimigo devem organizar-se guerrilhas, montadas e a pé; devem formar-se grupos de sabotagem para combater o inimigo".

Após  muitas perdas em vidas e prisioneiros para o inimigo, os comandantes russos ordenaram recuo e reorganização, ficando a distância do inimigo e protegendo todos os homens das brigadas, caso contrario seriam aniquilados.

Neste ponto houve uma suspensão de atividades no exército de Hitler, o suficiente para a chegada do inverno , muito rigoroso neste ano.

Todavia em 10 de Julho de 1941 os alemães cruzaram o rio Dnipro na Belarússia e em 20 de agosto chegavam a Leningrado, a Finlândia atacava  pelo leste , cortando os suprimentos da cidade, apesar disto tudo a cidade não caiu em mãos inimigas. Dois milhões de pessoas morreram neste cenário. Neste meio tempo os nazistas tomavam Kiev. Chegava outubro , com suas chuvas que tudo transformava em lama. Os nazistas tiveram que parar . Entram em cena os tanques soviéticos  T-34 que superavam todos os obstáculos, sua estrutura fortíssima não conseguia ser furada pelas armas alemãs de terra

Acabavam as chuvas e entrava o rigoroso inverno. Os alemães perderam a oportunidade de tomar as cidades. Os planos nazistas não estavam dando certo.

Em 2 de outubro a operação  Typhoon começava – Intenção: tomada de Moscou- nesta corrida desesperada os alemães tomaram Odessa, Kharkov, Sevastopol  e Rostov. Durante o inverno os T-34 passeavam em todos os lugares e em 6 de dezembro os soviéticos  lançaram a contra ofensiva. Os alemães não conseguiram chegar até o centro de Moscou, e tiveram que recuar.

Segunda Fase - o Ataque no Sul

Apos quase chegarem a Moscou o exército alemão teve dois grandes inimigos: O Inverno e os T-34. Muitas perdas para os alemães. Quando o frio acabou, ambos exércitos  voltaram a lutar , e  se destruíram mutuamente.

O exercito alemão abriu caminho até a Criméia  e retomou Sevastopol em maio . Uma nova incursão foi enviada aos campos de petróleo da Ucrânia e Stalingrado.  Stalingrado representava um ponto de honra para os alemães, pois estes visavam também baixar a moral de Stalin . Corria uma  noticia de uma possível invasão gigante por parte dos alemães a Stalingrado . Stalin ordenou um gigantesco exército para defender a cidade; os alemães chegaram as portas da cidade. Aqui o mundo assistiu a mais sangrenta batalha da historia. Todavia a política de concentração de tropas em Stalingrado facilitou os alemães em outras batalhas. 

Exército Alemão

Exército Soviético

Comando de von Paulus

Comando de Zhukov

1,011,500 homens

1,000,500 homens

10,290 canhões de artilharia  

13,541 canhões de artilharia   

675 tanques

894 tanques

1,216 aviões

1,115 aviões

Stalingrado testemunhou uma enorme batalha travada nas ruas da cidade onde o fogo soviético se fez sentir de forma decisiva. Um mês depois a Rússia tinha a situação sob controle. Aqui foi alterado não somente o destino da guerra como o destino da Rússia e mais ainda, o destino da humanidade.

Os alemães foram cercados, assim mesmo Hitler ordenou a permanência das forças. Os alemães começaram a ser eliminados pelos ataques russos e pelo terrível inverno neste ano pior e mais rigoroso que no ano anterior. Sem alimento, combustível, resfriados , cansados e frustrados, o exercito alemão rendeu-se em fevereiro de 1943. Ao receber a noticia, Hitler desabafou:

O deus da guerra debandou para o outro lado.

Terceira Fase - o Recuo

Após Stalingrado os alemães iniciaram suas perdas . As primeiras retiradas foram das Montanhas do Cáucaso em janeiro, logo após  a rendição em massa dos exércitos alemães. Os soviéticos não perdoavam, atacavam com tanques e aviões em cada oportunidade sem descanso, como em guerrilha.

Os russos chegaram de surpresa em Kursk e nas áreas vizinhas às linhas alemães com um grande armamento, deixando outras áreas sem atacar. Os alemães ainda tentaram um contra ataque , mas as defesas russas os fizeram recuar. 

Nesta ocasião aconteceu a maior batalha de tanques da historia, vencidas pelos russos pela folga de equipamento disponível.

Resultados

Mais de 20 milhões de Soviéticos foram mortos. Esta perda foi um desastre para a USSR, que levou muitos anos para retomar suas forças. Neste período, foram anexados vários paises da Europa do Leste ,e a Rússia tornou-se uma super potencia assim como os EUA . Isto levou ao cenário da guerra fria  e a uma fronteira entre os dois mundos.

Nota

Aqui no ocidente chamamos a esta guerra, Segunda Guerra Mundial. Na Rússia, com grande propriedade, chama-se a Grande Guerra Patriótica. Para eles tratava-se da defesa das conquistas e do progresso obtidos com heroísmo e dedicação.

 

A Batalha de Stalingrado

Onde foi jogada a sorte da Humanidade

Início da batalha 26 de Junho 1942

Início do cerco 31 de agosto de 1942 ;Término 2 de fevereiro 1943

 

Por volta de setembro de 1942, a soma das conquistas de Hitler era estarrecedora. E esta, a mais sangrenta das lutas na 2ª Grande Guerra. O Mediterrâneo havia se tornado praticamente um lago do Eixo, a Alemanha nazista e a Itália fascista dominando a maior parte da costa setentrional, desde a Espanha até a Turquia e a costa meridional da Tunísia até cerca de 100 quilômetros distante do rio Nilo. As tropas da Wehrmacht mantinham guarda desde o cabo setentrional da Noruega, no Oceano Ártico, até o Egito; da ocidental Brest no Atlântico até a parte sul do rio Volga, às bordas da Ásia Central. Regimes fascistas pré-existentes e governos fantoches faziam o jogo do Reich nazista. França, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, os Bálcãs, a Grécia e outras mais já haviam sido engolidas pelas Panzer Divisionen.

A disposição de forças

Em fins do verão de 1942, Adolf Hitler parecia estar em esplêndida situação. Os submarinos alemães estavam afundando 700.000 toneladas por mês de barcos britânicos e americanos no Atlântico, mais do que se poderia substituir nos estaleiros navais dos Estados Unidos, Canadá e Escócia, então em franco progresso.

As tropas nazistas do 6º Exército de von Paulus haviam alcançado o Volga, exatamente ao norte de Stalingrado em 23 de agosto. Dois dias antes, a suástica tinha sido hasteada no monte Elbruz, o ponto mais alto das montanhas do Cáucaso (5.642 metros). Os campos petrolíferos de Maikop, que produziam anualmente 2,5 milhões de toneladas de petróleo, haviam sido conquistados em 8 de agosto. No dia 25, os blindados do general Kleist chegaram a Mozdok, distante apenas 80 quilômetros do principal centro petrolífero soviético, nas imediações de Grozny e a cerca de 150 quilômetros do mar Cáspio.

No dia 31 de agosto, Hitler ordenou que o marechal-de-campo List, comandante dos exércitos do Cáucaso, reunisse todas as forças existentes para o assalto final a Grozny, a fim de se apoderar de todos os ricos campos petrolíferos da região. Determinou que o 6º Exército e o 4º Exército Panzer se lançassem para o Norte, ao longo do Volga, cercando e sufocando Stalingrado, num vasto movimento envolvente que lhe permitisse avançar de leste e de oeste contra o centro da Rússia, tomando, finalmente, Moscou. Ao almirante Raeder, no final de agosto, Hitler dizia que a União Soviética “era um ‘lebensraum*’ à prova de bloqueio” o que lhe ensejava voltar-se para os ingleses e americanos que “seriam obrigados a discutir os termos da paz”. Com essas conquistas vitais o “Reich de mil anos” estaria garantindo sua subsistência e permanência: as vastas e fertilíssimas estepes da Ucrânia, a fazer brotar um infindável celeiro dourado de trigais; os abundantes campos de ouro negro a besuntar de energia a máquina bélica e industrial alemã. O sonho nazista parecia estar se realizando...

E se a Alemanha ganhasse?

As imagens mais longínquas de minha meninice datam dessa época. Registram meu pai, cercado de amigos, debruçados sobre um mapa da Europa estendido sobre a mesa, lupa em punho, rádio em ondas curtas. Esta mesma cena provavelmente estaria se repetindo em milhões de outros lares pelo mundo afora. Anos mais tarde, meu pai, um jovem revolucionário imbuído de ideais socialistas, que no começo dos anos 1930 tinha abandonado a Polônia de governo pró-nazista e anti-semita para vir ao Brasil, relatava a agonia e o horror com que acompanhavam a expansão irrefreável do império nazista.

Quando os cabogramas anunciaram que a infantaria alemã havia atravessado o Don silencioso em direção a Stalingrado, o assombro se instalou. E se a Alemanha nazista derrotasse a União Soviética?

A ideologia da supremacia racial ariana de Hitler se abateria sobre grande parte do mundo. Negros, eslavos, indígenas, árabes, mestiços, mulatos, amarelos, sub-raças e escória social, trabalhariam sob o tacão de ferro do nazismo, como semi-escravos, para a glória da raça superior. Povos inteiros, judeus, ciganos, seriam aniquilados em nome da limpeza étnica. Comunistas, socialistas e liberais seriam confinados em campos de concentração e de lá não sairiam vivos. O colonialismo na África e Ásia ganharia alento. As liberdades seriam espezinhadas e governos lacaios em todos os quadrantes se encarregariam de organizar gestapos em cujos porões um elenco monstruoso de torturas ao som da Deutschland Über Alles seria levado a cabo contra os inimigos do regime. As conquistas sociais dos trabalhadores estariam esmagadas. O progresso, as artes, as ciências sofreriam abalo. Além do que, Werner von Braun e seus assistentes em Peenemunde estariam aperfeiçoando as mortíferas bombas voadoras de longo alcance com ogivas nucleares e outras máquinas bélicas de alta tecnologia a pender como espada de Dâmocles sobre qualquer país que ousasse desafiar o Reich alemão. E se alguma nação pretendesse enfrentar os interesses do Grande Império Germânico novas ondas de panzers ou de bombas V1 e V2 desencadeariam blitzkriegs preventivas para aniquilar pelo terror qualquer tentativa.

A mais feroz das batalhas

Quando o jovem general Rokossovsky, levando a cabo as instruções táticas da Operação Uranus, arquitetada pelo general Zhukov, conseguiu furar, em 19 de novembro, o anel de aço que cercava Stalingrado, a esperança reacendeu. No entanto, a cidade estava sitiada, os seguidos bombardeios da Luftwaffe haviam-na reduzido a escombros. Dia após dia o cerco se apertava e em fins de novembro a zona urbana era invadida. Veio a ordem terminante: defender a todo custo as fábricas Outubro Vermelho e Barricadas que produziam os carros de assalto, a Fábrica de Tratores que construía os blindados T-34 e a estação ferroviária central onde as matérias primas eram desembarcadas.

Iniciou-se então a mais feroz, a mais encarniçada, a mais renhida e sangrenta, a mais dramática das batalhas militares que a História da humanidade conheceu. O terreno coberto de destroços impedia qualquer ação de blindados, a proximidade dos contendores tornava impraticável a cobertura aérea. Só restava calar baionetas e passar a travar a luta casa a casa, corpo a corpo, em cada centímetro de chão. Para ilustrar a tenacidade com que se combatia, basta lembrar que a plataforma semidestruída da estação de trens mudou de mãos sete vezes num único dia. Os operários da Outubro Vermelho empunharam armas e estabeleceram uma muralha de fogo em torno da fábrica. Jamais se havia visto tantas cenas de heroísmo, bravura e coragem, de lado a lado, naquele cenário lúgubre das ruínas da cidade. Nunca antes soldados haviam lutado com tanto denodo para conquistar e defender.

O engano de Hitler

Em 30 de janeiro de 1943, décimo aniversário da subida de Hitler ao poder, o führer fazia uma solene proclamação pelo rádio: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória final da Alemanha foi ali decidida”.

Três dias depois, em 2 de fevereiro, o marechal-de-campo von Paulus assinava diante do general Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado, a rendição do 6º Exército alemão. A transmissão da rendição foi feita em Berlim, através da rádio alemã, pelo general Zeitzler, chefe do Alto Comando da Wehrmacht (OKW) precedida do rufar abafado de tambores e da execução do segundo movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven. A maior e a mais épica das batalhas da 2ª Guerra Mundial que tivera início em 26 de junho havia chegado ao fim. Foram feitos prisioneiros pelos soviéticos 94.500 soldados alemães dos quais 2.500 oficiais, 24 generais e o próprio marechal von Paulus. Foram mortos cerca de 140.000 soldados da Wehrmacht e 200.000 homens do Exército Vermelho. Os soviéticos tomaram do exército inimigo 60.000 veículos, 1.500 blindados e 6.000 canhões. A espinha dorsal do exército nazista e do Terceiro Reich estava irremediavelmente quebrada.

O que moveu o Exército Vermelho?

Os mesmos milhões de lares que tinham vivido momentos de apreensão e pavor explodiram de emoção. Hitler havia mordido o pó da derrota. Corações e mentes voltaram-se para glorificar os heróis combatentes do Exército Vermelho e honrar os que tombaram no campo de batalha pela liberdade. A admiração pela extraordinária façanha impunha a pergunta: o que levou aquele contingente de centenas de milhares de jovens a lutar com tal fúria e obstinação? Certamente o apelo da Grande Guerra Patriótica, livrar o solo pátrio do invasor. Havia mais. A leitura das lancinantes cartas aos familiares escritas no front deixava evidente a determinação de defender as conquistas da Revolução de Outubro por cuja consolidação seus pais, 25 anos antes, haviam derramado sangue enfrentando e derrotando o exército branco e tropas invasoras de catorze países mobilizados para sufocar no nascedouro a revolução bolchevique.

A partir daí o Exército Vermelho arrancou impetuoso rumo a capital do Reich nazista, abrindo em sua passagem os portões macabros de Auschwitz. As tropas anglo-americanas desembarcam na Normandia em 6 de junho de 1944. No dia 2 de maio de 1945, soldados do destacamento avançado do general Koniev hasteiam a bandeira soviética no mastro principal do Reichstag. Cinco dias depois, numa pequena escola de tijolos vermelhos em Reims, França, na madrugada de 8 de maio de 1945, o almirante Friedeburg e o general Jodl assinam, em nome do que restou da máquina de guerra nazista, diante do general Ivan Susloparov pela União Soviética, e do general Walter Bedell Smith pelos aliados, a rendição incondicional.

Os canhões cessaram de troar e as bombas deixaram de cair. Um estranho silêncio pairou sobre o continente europeu pela primeira vez desde 1º de setembro de 1939. O mundo estava livre da sanha nazi-fascista

Texto do Jornalista Max Altman

 ·        lebensraum= círculo da vida 

 

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O Cerco de Leningrado

 

Início do cerco 8 de setembro de 1941; Término 18 de janeiro de 1944

 

Este foi certamente o período mais trágico de toda a história da cidade. Lá vimos a plenitude do sofrimento e do heroísmo. Para cada cidadão de S Petersburgo a Blokada (O Cerco de Leningrado) é uma importante parte de sua herança histórica e para os mais velhos traz recordações que nunca serão esquecidas 

A Ofensiva alemã 

O ataque alemão à União Soviética inicia-se a 22 de Junho de 1941. No dia 27 do mesmo mês, o Conselho de Disputas dos Trabalhadores de Leningrado decidiu mobilizar milhões de pessoas para a construção de fortificações. Várias defesas foram construídas. As tropas Alemães aproximam-se de Leningrado. Uma das fortificações percorria desde o rio Luga até Chudovo, Gatchina, Uritsk, Pulkovo, e depois através do rio Neva. A outra defesa passava através de Petergof  até Gatchina, Pulkovo, Kolpino e Koltushy. Uma outra defesa contra os finlandeses foi construída no norte dos arredores de Leningrado. Em todos os 190 km de barricadas de madeira, 700 km de trincheiras anti-tanque, 5 mil km de trincheiras de terra e madeira e de instalações de ferro e concreto e 25 mil km de trincheiras abertas foram construídas por civis, sendo inclusive o canhão do Cruzador Aurora montado na montanha de Pulkovskie no sul de Leningrado. Contudo, quando as forças soviéticas na frente noroeste no fim de Junho foram derrotadas nas Repúblicas Soviéticas do Báltico,a Wehrmacht tinha forçado a sua passagem por Ostrov e Pskov. A 10 de Julho, ambas as cidades foram capturadas e os alemães alcançaram Kunda e Kingisepp, de onde avançaram para Leningrado a partir de Narva. da região Luzhski e a partir do sudoeste e também do norte e sul do Lago Ilmen e sul do de modo a isolar Leningrado do leste e juntar os finlandeses na margem leste do Lago Ladoga. O bombardeio de Leningrado começou a 4 de Setembro. O bombardeio alemão de 8 de Setembro causou 178 incêndios. Leningrado estava sitiada. No início de Outubro os alemães recusaram-se a assaltar a cidade e a ordem de Hitler a 7 de Outubro, assinada por Alfred Jodl, foi uma lembrança para não aceitar uma capitulação por parte dos soviéticos.

 

Ofensiva finlandesa

Por volta de Agosto, os finlandeses tinham reconquistado o Ìstmo de Carélia, ameaçando Leningrado a partir do oeste, e estavam a avançar através de Carélia a leste do Lago Ladoga, ameaçando Leningrado a partir do norte. Ocorreu, contudo, que as forças finlandesas pararam na fronteira estabelecida em 1939. O quartel-general finlandês recusou o pedido alemão para ataques aéreos contra Leningrado e não avançou mais a sul do rio Svir na cidade ocupada ao leste da Carélia. Em contraste, o progresso alemão foi rápido e por volta de Setembro a Wehrmacht tinha cercado Leningrado. No norte, as forças finlandesas continuaram o seu avanço até chegarem ao Svir em Dezembro, a 160 quilómetros do nordeste de Leningrado.

A 4 de Setembro, Jodl tentou persuadir Mannerheim a continuar a ofensiva finlandesa, o que, diz-se, é que Mannerheim recusou. Após a guerra, o ex-presidente finlandês Ryti disse: «A 24 de Setembro de 1941 visitei o quartel-general do Marechal Mannerheim. Os alemães quiseram direcionar-nos para o cruzamento da antiga fronteira e o prosseguimento da ofensiva contra Leningrado. Eu disse que a captura de Leningrado não era o nosso objetivo e que nós não faríamos parte da ofensiva. Mannerheim e o ministro da defesa Walden concordaram comigo e recusaram as ofertas dos alemães. O resultado foi uma situação paradoxal: os alemães não puderam se aproximar de Leningrado a partir do norte...» Mais tarde foi declarado que não houve qualquer bombardeio sistemático a partir do território finlandês.

 

Mantimentos

Comida

A 2 de Setembro as rações foram reduzidas: os trabalhadores tinham 600 gramas de pão por dia, crianças e dependentes 400 gramas. Grandes quantidades de milho, farinha e açúcar foram perdidos a 8 de Setembro devido à falha de medidas da defesa aérea. Contudo, durante vários dias depois do cerco começar, era possível comer em alguns restaurantes "comerciais" que utilizavam 10% de toda a carne que a cidade consumia. A 12 de Setembro de 1942 foi calculado que as provisões previstas para exército e civis eram em conjunto as seguintes:

Milho e farinha -

- para 35 dias

Massa -

- para 30 dias

Carne -

- para 33 dias

Gorduras -

- para 45 dias   

Açúcar -

- para 60 dias

 Ao mesmo tempo uma nova redução nas rações teve lugar: os trabalhadores recebiam 500 g de pão, os empregados e crianças 300 g e os dependentes 250 g. A distribuição de carne foi diminuída mas a distribuição do açúcar e das gorduras foi aumentada. O exército e a Frota do Báltico tinham algumas rações de emergência mas não eram suficientes. A frota de Ladoga estava mal equipada e tinha sido bombardeada pela aviação alemã. Várias barcas com milho foram afundadas em Setembro. Contudo uma parte significante foi mais tarde recuperada por mergulhadores. Este milho foi depois utilizado no fabrico de pães. A aveia para os cavalos foi também utilizada para alimentação humana, enquanto os cavalos passaram a ser alimentados com folhas de árvores.

Durante o cerco foram efetuadas um total de cinco reduções da comida distribuída: a 2 de Setembro, 10 de Setembro, 13 de Novembro, 1 de Outubro e a 20 de Novembro. O nível de desnutrição só melhorou devido a novos jardins de vegetais improvisados em áreas bombardeadas que cobriam a maioria das terras na cidade por volta de 1943.

Energia

Devido à falta do fornecimento de energia várias fábricas foram fechadas e em Novembro já não existia um serviço de elétricos bondes e trens. A utilização de energia foi proibida em toda a cidade, exceto no quartel-general soviético, nos comitês do distrito, nas bases de defesa aérea, e em algumas outras poucas instituições. Pelo final de Setembro, o fornecimento de óleo e de carvão terminou. A utilização de árvores foi a única opção para energia. A 8 de Outubro o comitê executivo de Leningrado (Ленгорисполком) e o comitê executivo regional (облисполком) decidiram começar a cortar as árvores no distrito de Pargolovo e também no distrito de Vsevolzhskiy no norte da cidade. Por volta de 24 de Outubro, apenas 1% do plano de corte de árvores tinha sido executado.

 

Balanço

O Cerco durou 900 dias, de 8 de Setembro de1941, a  27 de Janeiro de 1944. Dois milhões 887 mil civis (incluindo cerca de 400 mil crianças) assim mesmo as tropas Russas jamais consideraram a opção de renderem-se ao inimigo, apesar dos alimentos e dos combustíveis estarem bastante limitados (para 1-2 meses apenas). Todo o transporte publico foi suspenso. Não houve aquecimento nos rigorosos invernos de 1941-42, não havia água, pouca eletricidade e escassez de alimentos. No auge do inverno de 1942, só se permitiam 125 gramas de alimento. Um pãozinho por dia ! Em apenas dois meses, Janeiro e Fevereiro de 1942, 200 mil pessoas (!!!) morreram de fome e frio em Leningrado. A indústria de guerra ainda continuou funcionando  e manteve as esperanças dos sobreviventes a não se renderem!  

Milhares de pessoas foram evacuadas através do lago Ladoga conhecido como o "Caminho da Vida " ("Doroga Zhizni") – o único caminho que ligava a cidade sitiada ao resto do país. Durante o verão o pessoal atravessava o lago por barcos ou canoas até outros lugares, e no inverno eram levadas de caminhão sobre o mesmo lago congelado, e sob constante bombardeio inimigo.

Enquanto isto a cidade vivia. Tesouros do Hermitage e dos palácios de Petrodvorets, Pushkin, etc. eram escondidos nos porões do Hermitage e da Catedral de St. Isaac. Os estudantes continuavam seus estudos de passavam dos exames. Dmitry Shostakovich escreveu sua Sétima Sinfonia "Leningrad", e ela foi publicamente executada na cidade sitiada.

 Finalmente em Janeiro de 1943 o cerco foi quebrado e um ano depois em 27 de Janeiro de 1944 foi completamente levantado. Foram 641 mil mortos em Leningrado durante o cerco (outros avaliam em 800 mil). A maioria foi enterrada em covas coletivas em diferentes cemitérios. O Cemitério Memorial de Piskariovskoye, onde quase 500 mil pessoas foram enterradas tornou-se o mais  impressionante memorial nacional da guerra.

 Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco_a_Leningrado"

  

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Comentários finais

 

Antecedentes 

A segunda guerra mundial tem suas origens históricas na revolução industrial. E foi uma obvia continuação da primeira  grande guerra.

A revolução industrial se fez sentir principalmente em dois paises . a Inglaterra e a Alemanha  obviamente estes paises se tornaram fortemente industrializados , desta forma com o crescimento necessário em toda a empresa capitalista, estes paises tinham seus governos influenciados pelas suas empresas. A política expansionista de ambos era todavia diferente, a Inglaterra essencialmente colonizadora limitava em seus mercados influentes a introdução e expansão dos produtos alemães que por sua vez utilizava a estratégia de produtos de qualidade superior a preços competitivos. A emulação e o atrito estavam formados.

 O século XIX fez florescer uma variedade de pensadores que analisaram o recrudescimento colonizador do capitalismo, dai novas idéias e filosofias, dentre as quais a mais importante  foi a socialista de Karl Marx. Em alguns pontos da Europa tentou-se aplica-la pacifica ou violentamente. A primeira grande tentativa de aplicação da filosofia  comunista de Karl Marx foi realizada na Rússia,  em 1906.  Esta foi rechaçada pelo governo então vigente. Pelos motivos acima expostos, porem historicamente diferentemente narrados, iniciou-se em 1914 a primeira guerra mundial. Quatro anos depois a Europa encontrava-se pobre e politicamente enfraquecida; o governo russo, mais ainda.

 O clima foi ideal para uma revolução espontânea que se desencadeou em toda a população interessada numa mudança radical. O fenômeno foi historicamente uma repetição da revolução francesa de 1789 em que também o governo se encontrava enfraquecido e desmoralizado. A formação intelectual e moral da Rússia czarista era levada a sério na formação escolar dos indivíduos. Isto favoreceu a geração de cérebros condutores de grande visão e real interesse voltado ao desenvolvimento do país nesta primeira fase. A Rússia se organizou e os pontos de formação intelectual, profissional , de especialização e principalmente o ensino básico deixaram de ser privilégio  de uma elite e passaram a se difundir a toda a população. O analfabetismo foi erradicado. A agricultura e a industria foram racionalizadas.

Todo este processo de implantação durou exatamente 10 anos. Após este período, aplicou-se o primeiro plano qüinqüenal no mundo. A Rússia passou a se desenvolver a taxas de 10% ao ano, enquanto o ocidente entrava na mais profunda crise após o “crack” de 1929.

 Por um lado o sucesso do socialismo implantado na Rússia foi tanto, que imediatamente achou adeptos em todos os paises. Com a meta de enfraquecer os movimentos comunistas que se desencadeavam, O capitalismo teve que ceder vantagens aos trabalhadores , e obviamente enfraquecer a escalada de concentração de riquezas que vinha obtendo.  O processo causava inveja ao mundo ocidental dito capitalista. Tinha que haver uma resposta.

 Na Alemanha derrotada na primeira guerra, e em função do Tratado de Versailhes, muitas atividades militares haviam sido proibidas, a inflação extraordinária que alcançou 3 dígitos ao dia, empobreceu a população. Numa inteligente manobra político-econômica,  percebeu-se que a então mão de obra barata porém capaz, seria o ideal para produzir em grande quantidade, bens de consumo para exportação. A Alemanha se ergueu gerando o clima ideal para o  surgimento de uma nova filosofia capitalista -o Nacional socialismo conhecido pelo nome mais comum de nazismo.

 A gigantesca expansão industrial necessitava ser alimentada. Eram necessários ferro, carvão, petróleo e outros insumos que fossem fornecidos de forma barata, para a sustentação do expansionismo industrial- Que fazer? Obter estes materiais em seus vizinhos mais próximos. Não tardou a invasão nestes paises pelos motivos mais fúteis. Antes porém era preciso saber como se comportaria a opinião publica dos paises consumidores.

 

A Guerra Civil  Espanhola

 

Este foi o acontecimento mais traumático que ocorreu antes da 2ª Guerra Mundial. Durou de 1936 a 1939. Foi um laboratório experimental. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX.

De um lado se posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas às classes e instituições tradicionais da Espanha (O Exército, a Igreja e o Latifúndio) e do outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.

Para a Direita espanhola tratava-se de uma Cruzada para livrar o país da influência do comunismo e da franco-maçonaria e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Para tanto era preciso esmagar a República, que havia sido proclamada em 1931, com a queda da monarquia.

Para as Esquerdas era preciso dar um basta ao avanço do nazi-fascismo que já havia conquistado Itália (em 1922), a Alemanha (em 1933) e a Áustria (em 1934). Segundo as decisões da Internacional Comunista, de 1935, as esquerdas deveriam aproximar-se dos partidos democráticos de classe média e formarem uma Frente Popular para enfrentar a maré de vitórias nazi-fascistas. Desta forma, Socialistas, Comunistas (estalinistas e troskistas) Anarquistas e Democratas liberais deveriam unir-se para chegar e inverter a tendência mundial favorável aos regimes direitistas.

Foi justamente neste conteúdo, de amplo enfrentamento ideológico,  que a Alemanha nazista e a Itália fascista, aproveitaram para apoiar o golpe do Gen. Franco.

A União Soviética, também por medidas de autodefesa solidarizou-se com o governo Republicano.

As estratégias de guerra e defesa, bem como o teste dos novos equipamentos que seriam utilizados na Guerra Mundial que se aproximava, foram aqui realizados.

 

O Japão  invadia a Ásia

No inicio dos anos 30, o Japão  iniciou a invasão da China e criou o Estado Manchukuo sob o cetro de Pu-Yi, o último imperador chinês. De uma forma independente, o Japão estava em pleno expansionismo industrial e matérias primas para mover sua indústria eram necessárias. Era um quadro semelhante a Alemanha nazista. Esta invasão influenciou a direção do governo  nazista. Porque não fazer o mesmo?

Em 1936 uma delegação com grande poder e influência  foi enviada ao Japão para troca de experiências. A Alemanha pagaria com a cessão de tecnologias industriais e científicas para garantir as posições japonesas nos paises invadidos. Foi o Pacto Anti-Komintern,

 Logo em 1937, o império nipônico iniciou a invasão da China em larga escala.

Antevia-se a formação do Eixo Berlim-Roma-Tóquio. Em 1942, o Japão já ocupava a Indochina, a Indonésia, a Malásia, as Filipinas, Papua e Nova Guiné, Hong Kong, as Ilhas Salomão, Cingapura, Birmânia e as ilhas Guam, além de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados da China.

 Os planos Nazistas iam mais longe. Todo este laboratório visava destruir a Rússia, com seu enorme território e intermináveis jazidas minerais em mãos alemães, tornariam o nazi-capitalismo  imbatível. Planos com excesso de pretensões a nosso ver. Visavam os nazistas , fortalecer o Japão, para que uma vez conquistada a Ásia, e por eles (alemães) dominada a Europa, pudessem em conjunto posteriormente promover a invasão da Rússia pelos dois flancos.  O domínio do planeta era a intenção.

 

 

Conclusão

 

Após as invasões alemãs na Europa, a Inglaterra foi o primeiro país a entrar militarmente na guerra,sob o pretexto da invasão a Polônia, todavia é certo que a União Soviética bem anteriormente, sempre se manteve próxima ás invasões alemãs, com tropas de prevenção, evitando invasões em seus territórios. Os Estados Unidos  que só entraram na guerra após Pearl Harbor (7 de  dezembro de 1941) [após o início do cerco de Leningrado -8 de setembro de 1941]  contribuíram enormemente com mão de obra, capital, produção e abastecimento de alimentos e materiais. Muitos outros paises entraram ou foram envolvidos no conflito, a Inglaterra incluiu todos os paises da Commonweath, tais como a Índia, Jamaica, Quênia, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. 

 O custo em vítimas na Segunda Guerra Mundial foi algo sem precedentes. Morreram aproximadamente 46 milhões de pessoas:

quase 26 milhões de soviéticos, 4 milhões e 200 mil alemães, 4 milhões e 320 mil poloneses (a maioria judeus), 2 milhões de japoneses, 400 mil americanos e 370 mil ingleses.

O custo em vidas por parte dos soviéticos, e também em terras arrasadas, em muito superou a todos os demais paises. O que prova, ou ao menos demonstra a intenção e/ou consentimento por parte dos ocidentais na destruição da União Soviética, No entanto, a estes devemos naquele momento, a salvação do mundo do domínio nazista.

A estes homens devemos o heroísmo, a garra, a coragem, a autoconfiança, os sofrimentos, e a determinação não encontrados em outros povos nesta mesma ocasião. 

Estes atos, do mais absoluto heroísmo e com a convicção de resgatar a humanidade, é hoje infelizmente ativamente visto com  desprezo por muitos, sub valorizando suas ações, e estendendo este conceito às  suas idéias e produtos.

  Aqui indagamos o que foram as “Forças Aliadas” ? Qual o seu papel?

  Durante os anos ’30 e inicio dos anos ’40, em plena época de invasões alemãs, os paises capitalistas das futuras “Forças Aliadas”  negociavam sem restrições com o governo nazista, concedendo-lhes todas as vantagens de uma nação livre. Estas prerrogativas jamais foram concedidas a outros sistemas.

 E sabido que: tropas ocidentais libertaram a França no famoso dia “D” com o desembarque de tropas na Normandia em 6 de julho de 1944. iniciando a libertação do continente Europeu da ocupação Nazista durante a segunda Guerra Mundial.

 Todavia ficou claro que a derrota do sexto exército alemão em Stalingrado no inverno de 1942-43 pelo exército Soviético, decidiu o jogo de forças naquele momento.

Por outro lado, é fato sabido que as “Forças Aliadas”, da qual faziam parte a União Soviética não enviaram qualquer contingente de socorro a este país quando invadido, nem tampouco por ocasião do cerco de Leningrado vencido pelas tropas e povo russo em janeiro de 1944. neste mesmo tempo, o exército alemão iniciou seu recuo.

 

 

Ainda a pensar  -  V-2

Sem dúvida, neste período surgiu a mais terrível arma da Segunda Guerra .

Dois nomes vêm logo a tona: von Braun e Dornberger. São sem sombra de dúvidas, mentes previlegiadas por terem concebido  projetado e construído esta inovação, mas também uma terrível arma mortal. O míssil balístico  V-2 - também conhecido como Aggregat 4.

Após a Segunda Guerra, e em tempo de paz foram também responsáveis pelo projeto e aperfeiçoamento dos mesmos em sistemas defensivos infinitamente mais agressivos do que os utilizados durante o conflito mundial.

Em Peenemünde e em Mittelwerk no período  de 1942/1944,   também organizaram a produção desta arma com o sofrido trabalho escravo dos campos de concentração nazistas.

E no ocidente estes senhores são vistos como heróis.....

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O selando da Vitória

Pobeda= Vitória 

GAZ-M20 Pobeda (em russo:ГАЗ-М20 Победа) veículo de passageiros produzido na União Soviética  de 1946 a 1958. Também licenciado para a fábrica Polonesa FSO.

O primeiro destes carros foi produzido pelo engenheiro Andrei A. Lipghart. "Pobeda" significa -Vitória- e tem suas razões.Os primeiros testes foram realizados  na Gorkovski Car Plant (GAZ) em 1943, quando a vitória na Grande Guerra Patriótica já estava definida.

A fábrica foi mais tarde ainda bombardeada mas não paralisou suas atividades. O primeiro protótipo foi apresentado em 6 de novembro de 1944, em comemoração aos 27 anos da Revolução Bolchevique. Após aprovado iniciou sua produção seriada em 21 de junho de 1946. Tornou-se um excelente item de exportação durante muito tempo.

A partir de 1951 foi também produzido  na Polônia pela FSO (Fabryka Samochodów Osobowych) de Varsóvia. Mais tarde,em pequenas quantidades na Car Plant of Pyongyang, na Coréia do Norte.

Nâo foi apenas por suas boas soluções construtivas que o "Pobeda" se tornou notável, Ele tornou-se o símbolo da vitória do Exército Vermelho na guerra.

Hoje o "Pobeda" tornou-se um mito para os colecionadores em todo o mundo. 

O veículo congregava um conjunto dos melhores conceitos novos alemães e norte- americanos surgidos nos anos 30.

 

Tecnologia 

 O Pobeda foi desenvolvido a partir da cabine do “Opel Captain”, sendo porém totalmente metálico. Congregou os avançados princípios do “Chrysler Airflow”,  e utilizava estrutura monobloco que dispensava  chassis. O motor do Pobeba era um quatro cilindros  especialmente desenvolvido  a partir de uma modificação do motor "Dodge"  1939 de seis cilindros. O motor era de 2112 cm³ de capacidade volumétrica e desenvolvia 50 hp. Este motor já era utilizado nos dos jipes Soviéticos usados no conflito (Motor, caixa alongada e transformada e diferencial). Com uma carroceria/chassis extremamente robusta montada em suspensão mais suave, o Pobeda foi entre  os veículos de uso civil, o mais robusto até então construído. Seu de desenho avançado esconde estas características. Seu desenho foi aprovado e várias firmas usaram estas concepções, entre elas o famoso “Standard-Vanguard”.

No início da produção após serem produzidos 700 veículos, os mesmos apresentaram problemas no eixo dianteiro e em 1948 todos os M-20 foram recolhidos para a fábrica para ajuste e reparação das técnicas de produção. Este foi o primeiro “recalling” da história do automóvel. Em novembro de 1948 o problema estava solucionado.

O carro teve uma longa vida e ainda temos muitos deles rodando perfeitamente, Sua carroceria aerodinâmica proporciona um coeficiente de penetração de apenas 0.34. O desenho avançado abriu uma nova tendência mundial de carrocerias que  incorporavam o desenho integrado de paralamas, As dobradiças embutidas e as maçanetas semiembutidas também foram uma novidade, assim como todas as portas com abertura para trás. As idéias já existiam mas pela primeira vez foram adotadas num carro de série; bateria de alta capacidade e motor de arranque com potencia elevada em função do frio local foram também um ponto altamente positivo.

 Existiu também a versão GAZ-72 com tração nas 4 rodas (veja abaixo) 

Nos Estados Unidos o primeiros monobloco foi o Hudson e o Nash  1948 e primiro integrado de paralamas foi o Kaizer/ Frazer de 1946 

The strongest point of the Pobieda appears to be its roadworthiness…
…one need have no fear of driving the Pobieda fast over bad roads even when fully loaded.

/The Motor, UK, 1952/
 

…when you examine the Pobeda's engine, you get the picture of either trying to avoid maintenance by using heavy, apparently sturdy construction, or encouraging the car owner to do it himself.
/Science and Mechanics, USA, 1957/

Деревянная Победа (1944)

Primeiríssimo modelo de demonstração apresentado no verão de 1944. Este especificamente utilizava a transmissão do Opel Kapitan. Note-se a porta traseira abrindo no sentido contrário. Não há maçanetas semiembutidas. Diferenças no emblema e lanternas. Os para lamas possuem perfil baixo; os  para lamas dianteiros possuem uma saia removível para esconder as dobradiças das portas dianteiras. Os para choques são mais finos. Os limpadores de parabrisas funcionam em sentido inverso.

 

Folheto promocional de 1944 !  Avtozavod im Molotova

 

Folheto promocional de 1945   GAZ

  

GAZ M20 Pobeda

Modelo 1950 fotografado em 2002

  

Old Car: Pobeda

Outro modelo  de 1950 fotografado em Moscou em 2005 num desfile de carros antigos.

 

pobeda-cabrio

De 1949 a 1953 foram especialmente produzidos os modelos Cabrio para uso em táxi. Estes modelos eram usados para os turistas apreciarem a cidade.O modelo acima de 1953 foi fotografado num encontro de carros antigos em Oklahoma USA em 2004.

  

 

GAZ-72 com tração nas 4 rodas (1957)

 

Gaz 67 de1942 origem mecânica do Pobeda .

Observe a similaridade das rodas deste jipe e o primeiro protótipo Pobeda.

GAZ 61/40 de 1939/1940

A tração nas 4 rodas era lugar comum na Rússia e desde esta época estes já se produziam os hoje chamados “Off-roads” . Estes veículos foram usados à época da invasão na Finlândia. Note que as rodas são do mesmo tipo das usadas nos jipes .

Ficha Técnica

 Anos de produção: (1945) 1946-1948, 1948-1955-1958
Produção total: 235997 unidades (incluindo 14220 cabriolets)
Construção monobloco, 4x2; 5-passageiros 4-portas sedan (também táxi), 4-portas cabriolet, e pickup (14k b/w), 4WD GAZ-M72
Motor: 50hp/3600rpm, 4-cilindros, 4-tempos 2,112cm³

Comprimento: 4665mm, Largura: 1695mm, Altura: 1590mm
Entre eixos: 2700mm, altura do eixo dianteiro - 210mm, eixo traseiro - 200mm

Bitola dianteira: 1364mm; convergência: 1.5-3.0 mm; camber: 0; caster: 0
Bitola traseira: 1362mm
Raio de curva: 6.3m
Diâmetro/curso: 82/100 mm
Abertura das válvulas: admissão - 0.28mm, exaustão - 0.30mm
Taxa de compressão: 6.2:1

Carburador: 1946-1948 - K-22; após 1948 - K-22A, descendente

Bateria: 6-STE-50, 12V, capacidade - 50 A*h
Platinado tipo: R23,  abertura do contato: 0.35-0.45 mm
Dínamo tipo: G20, 12V
Motor de arranque: ST-9; 1.7hp
Velas: M12/10 18X1.5; abertura do eletrodo: 0.6 - 0.7 mm
Ordem de ignição: 1-2-4-3
Embreagem: seca de prato simples, semicentrífuga
Curso do pedal de embreagem: 38-45mm

Caixa câmbio: 3 velocidades avante + 1 ré

Relações: I - 2.820, II - 1.604, III - 1.000, ré - 3.383
Relações do diferencial: 1946-1948 - 4.7, após 1948 - 5.125, coroa e pinhão helicoidais
Suspensão dianteira: independente, nível em molas helicoidais + 2 amortecedores  hidráulicos de dupla ação

Suspensão traseira: 2 molas semielípticas longitudinais +2 amortecedores  hidráulicos de dupla ação

Freios hidráulicos nas 4 rodas

Curso do pedal do freio: 8-14mm
Peso, com tanque cheio- 1350kg
Máxima velocidade a plena carga: 105 km/h
Inclinação: para frente - 27 graus, para trás - 19 graus
Pneus: 6.00-16 polegadas

Pressão nos pneus (atmosferas): dianteiros - 2, traseiros - 2
Tanque: 55 L
Consumo: 13.5 L/100km (7.6 km/L)
Radiador: 9.5(?10.5) L
Óleo: motor - 6.0 L (incluindo os filtros); caixa de câmbio - 1.6 L; diferencial - 1.1 L
Preço: 16000 Rublos

 

Em comemoração aos 60 anos do dia da Vitória

 este protótipo foi construído

Novo Pobeda S-600 com motor V12 48 válvulas

 

Победа

 

Exibição no Pavilhão do Automóvel por ocasião da comemoração do dia da Vitória

Moscou 25 de Abril a 10 de Maio de 2005

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outra versão comemorativa foi também produzida:

 

russian car pobeda

 

pobeda car renovated

 

new russian car

 

totaly rebuilt car from russia

 

this car is rebuilt

 

 

Links

Embaixada 

http://www.brazil.mid.ru/embrus/home.htm

http://www.brazil.mid.ru/embrus/pobeda-60.htm 

http://www.may9.ru/  

http://www.may9.ru/ru/photo_folder.php?docId=6585

     

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